Mulher mostra sua python “adestrada” e internautas ficam incrédulos com sua obediência

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em Mundo Animal

Você consegue imaginar uma cobra domesticada? À primeira vista parece impossível, né? Afinal, muita gente associa esses animais apenas ao instinto selvagem.

Mas a verdade é que existem pessoas que convivem com cobras de maneira tranquila, criando rotinas, vínculos e até momentos de companheirismo que surpreendem qualquer um.

Um exemplo disso é a história de Beatriz Lopes, moradora de Jacareí, em São Paulo. Ela tem como animal de estimação uma cobra da espécie python, e a relação das duas mostra como esses animais podem ser muito mais dóceis e curiosos do que a maioria imagina.

Cobra domesticada, será?

Beatriz e seu marido, André Poloni, adestrador com mais de 20 anos de experiência, vivem literalmente rodeados por animais.

A casa deles parece um pequeno refúgio da natureza: são mais de 100 animais, incluindo espécies domésticas e várias consideradas exóticas, todos dividindo o mesmo espaço em perfeita harmonia.

É quase um santuário particular, onde cada canto guarda uma história curiosa e um comportamento diferente para observar.

É importante lembrar que, no Brasil, a posse de animais exóticos como cobras, macacos e outras espécies só é permitida quando eles nascem em cativeiro, vêm de criadouros autorizados e possuem toda a documentação exigida pelos órgãos ambientais, como o Ibama e as secretarias estaduais.

Beatriz e André fazem questão de reforçar que todos os animais sob seus cuidados são legalizados e recebem acompanhamento constante.

Veja alguns deles:

Entre os muitos animais que vivem com o casal, um dos mais impressionantes é a Trena, a cobra python que Beatriz e André criam desde que ela tinha um ano. Hoje, ela tem oito anos.

A relação dos três é antiga, e Beatriz compartilhou uma foto em 2021 em que aparece segurando a serpente com carinho.

Na legenda, ela brinca dizendo: “Já quase não consigo mais segurar a Trena, e ela ainda nem chegou na metade do tamanho que vai ter. Não é à toa que demos esse nome pra ela!"

Confira:

Quatro anos se passaram e, hoje, Trena atingiu um tamanho impressionante: cerca de 90 kg e impressionantes 6 metros de comprimento. Uma gigante de respeito, que surpreende qualquer pessoa que a vê pela primeira vez.

Beatriz mantém um perfil no Instagram, @_bia.lopes, com mais de 200 mil seguidores, e em outubro publicou um vídeo que deixou os internautas impressionados. Nele, a gigantesca Trena aparece obedecendo ao comando da tutora e entrando calmamente em seu recinto.

Sim, essa lindinha não vive solta pelo quintal. Ela tem um espaço enorme, preparado especialmente para ela, com toda a estrutura necessária para garantir conforto, segurança e bem-estar.

A obediência de Trena à Beatriz fez muita gente se perguntar: afinal, uma cobra pode ser domesticada?

O vídeo que deu origem à dúvida foi publicado com a legenda “Vc já tinha visto cobra adestrada?” e rapidamente viralizou. Em pouco tempo, acumulou mais de 47,6 milhões de visualizações e milhares de comentários surpresos.

Nos comentários, os internautas não esconderam o choque e a curiosidade.

“Amiga, se tu parar de postar alguma coisa, a gente já entendeu o recado.”
“Quando eu penso que já vi de tudo…”
“E eu aqui com medo de um lagarto kkkkk.”

Confira:

A reação geral foi de espanto, humor e admiração diante da tranquilidade e da confiança entre Beatriz e sua python gigante.

Mas afinal, será que a Trena é domesticada mesmo? A resposta é não.

Beatriz explica que Trena simplesmente ama o seu recinto e, sempre que sai, quer voltar rapidinho para o lugar onde se sente segura.

Sabendo disso, Beatriz aproveitou um momento em que a cobra naturalmente retornaria sem qualquer problema e gravou a cena.

No vídeo, parece que Trena está seguindo um comando como um animal adestrado, mas, na verdade, ela apenas estava voltando para o espaço que considera confortável.

Assim, o que muita gente entendeu como adestramento foi, na verdade, a python sendo guiada pelo próprio instinto e preferência.

Trena estaria planejando atacar a tutora?

Alguns internautas ainda perguntam se Beatriz não tem medo de que a cobra possa engoli-la, mas ela esclareceu essa dúvida em uma publicação.

Segundo Beatriz, a ideia de que cobras “medem” suas presas antes de atacar é um mito. Esses animais apenas exploram o ambiente com o corpo, percebendo cheiros, vibrações e temperatura. A famosa teoria de que elas “medem para ver se cabe” surgiu de puro medo e desinformação.

Ela explica que, quando uma cobra para de comer, geralmente é por estresse, mudança de ambiente, variações de temperatura ou algum problema de saúde, e não porque estaria planejando atacar o tutor.

Quando uma cobra se estica ao lado de algo ou alguém, está apenas se alongando ou regulando a própria temperatura corporal.

Beatriz também lembra que cobras não calculam o tamanho da presa de forma consciente. Muitas vezes até tentam engolir animais maiores do que deveriam, o que pode causar ferimentos graves ou até levar a cobra à morte.

Assista:

Um casal apaixonado por animais

Beatriz e André moram em um terreno com cerca de três mil metros quadrados, espaço mais do que suficiente para garantir que todos os seus animais vivam com conforto e segurança.

Cada área é planejada com cuidado para que nenhum deles corra risco e, ao mesmo tempo, não ofereça perigo para ninguém ao redor.

O casal também tem uma filha de nove anos, a Alice, e faz questão de transmitir a ela o mesmo amor pelos animais que guia toda a família.

Desde pequena, Alice cresce cercada por diferentes espécies e aprende, todos os dias, sobre respeito, cuidado e responsabilidade com cada vida que divide aquele espaço com eles.

"A gente incentiva o contato dela com os animais, porque faz parte da nossa vida, da nossa rotina. Tanto eu quanto o pai dela amamos. Achamos importante esse cuidado com os animais, independentemente da espécie. É importante tratar todos bem, com respeito e amor", contou Beatriz ao G1.

Veja:

Cobra como animal de estimação

Ter uma cobra como animal de estimação exige cuidados muito específicos e um compromisso real com o bem-estar do animal.

Diferente de cães e gatos, as cobras precisam de um ambiente controlado, com temperatura, umidade e iluminação ajustadas para reproduzir seu habitat natural.

Também necessitam de um terrário seguro, espaçoso e preparado com esconderijos, substrato adequado e pontos de aquecimento.

A alimentação costuma ser feita com roedores congelados, oferecidos em intervalos longos, e o manejo deve ser sempre calmo e cuidadoso para evitar estresse.

Além disso, é fundamental manter acompanhamento com veterinários especializados e garantir que o animal seja totalmente legalizado, comprado de criadouros autorizados e com documentação em dia.

Ter uma cobra é uma experiência fascinante, mas só é segura e ética quando feita com responsabilidade, conhecimento e preparo.

Redatora e apresentadora do Canal Amo Meu Pet.

Com formação em Design de Produtos e especialização em Design de Interiores pela Universidade de Passo Fundo, a Ana encontrou sua verdadeira paixão ao unir criatividade, comunicação e o amor pelos animais.

Apaixonada por contar histórias que tocam o coração, ela estudou Escrita Criativa com o escritor Samer Agi e participa do programa JournalismAI Discovery, organizado pela Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres e a Iniciativa de Notícias do Google, buscando se aprofundar no universo digital.

Hoje, dedica-se a produção de conteúdos que informam, emocionam, conscientizam e arrancam sorrisos.