Spitz assume papel de mãe de gatinhos e hoje sofre com a vingança felina em casa
Por Beatriz Menezes em Comportamento
A rotina de um spitz dedicado à criação de filhotes de gatos tomou um rumo inesperado quando os filhotes de uma gatinha se viraram contra ele.
O perfil @luhepets, administrado pela criadora de conteúdo Luana Rivera compartilha vídeos da rotina de uma casa com três cães e vinte gatos. Mas entre todos esses pets é Leon quem se destaca pela entrega quase maternal que teve com a ninhada da gata Bela.
As primeiras imagens que viralizaram mostram o cachorro acompanhando cada etapa do crescimento dos gatinhos, sempre atento ao bem-estar deles, como se entendesse que aquela era sua missão.
Só que a história ganhou um capítulo surpreendente quando os filhotes cresceram e passaram a transformar o próprio cuidador em alvo preferido de brincadeiras intensas.
Em um vídeo do dia 4 de novembro, Luana conta que o comportamento de Leon ultrapassou qualquer expectativa. Ele adotou os pequenos como se fossem seus filhos desde o primeiro dia, aproximando-se da gata e tentando participar até do momento da amamentação.
Era a rede de apoio inabalável de Bela, a tutora brinca que, em uma casa onde não existia rota de fuga e em que a compra de sachê não era uma opção imediata, Leon acabou assumindo a responsabilidade de forma tão profunda que parecia ter se tornado o pai oficial.
A dedicação rendeu meses de interação constante com os gatinhos, noites sem descanso e um afeto tão evidente que virou marca registrada do perfil.
Porém, a fase de fofura absoluta chegou ao fim quando a filhote cresceu e decidiu transformar o antigo cuidador em seu brinquedo favorito.
A situação trouxe um humor novo à narrativa porque, segundo a tutora, a gatinha não apenas viu nele um alvo perfeito para pular, correr e arranhar como também desenvolveu uma espécie de fascínio pelo verdadeiro pai biológico, que sempre se manteve distante da paternidade.
Em vídeos posteriores podemos ver uma filhotinha perseguindo Leon pela casa, puxando o pelo dele e insistindo em interações nada delicadas.
A tutora brinca dizendo que o cachorro, que passou meses trocando fraldas imaginárias e oferecendo o que seria a melhor criação possível, virou o saco de pancada quando os filhotes ganharam autonomia.
A relação se repetiu com outros filhotes que chegaram pouco depois. Quando Gael ainda era um gatinho pequeno, Leon novamente assumiu o papel de cuidador.
Ele se aproximou, ofereceu atenção e tratou o filhote como se fosse mais um de seus filhos adotivos. Só que, conforme cresceu, o gato tomou exatamente o mesmo rumo da irmã.
Voltou-se contra o spitz e transformou o cão em seu alvo preferido de brincadeiras, demonstrando que o comportamento tinha sido passado adiante com perfeição.
A tutora relatou que, naquela altura, já não havia dúvidas sobre a origem da ideia de infernizar o cachorro. Era uma espécie de legado familiar, agora compartilhado entre os felinos.
Embora o cachorro estivesse sempre disposto a acolher, acabou cercado por gatos com personalidades fortes e uma inclinação natural para dominar o ambiente.
Mesmo diante das provocações, Leon continua sendo um dos animais mais queridos do perfil e adora a proximidade com os felinos.
O comportamento dos gatos, agora crescidos e cheios de energia, demonstra uma adaptação confortável à presença do cão, mesmo que isso signifique transformar o tutor improvisado em alvo das brincadeiras.
O Amo Meu Pet entrou em contato com a tutora e segue aberto a atualizações sobre o cotidiano de Leon, Bela, os filhotes e toda a família de quatro patas.
Assista:
A rivalidade entre cães e gatos realmente existe?
Segundo a imaginar.vet.br a ideia de que cães e gatos são inimigos naturais faz parte do imaginário coletivo desde a infância.
Desenhos animados, filmes e vídeos virais reforçam essa imagem cômica de perseguições e disputas territoriais, mas a convivência real entre as espécies mostra que essa rivalidade não passa de um mito construído pela cultura popular.
Quando observamos o comportamento dos animais, percebemos que expectativas humanas muitas vezes distorcem a interpretação das interações entre eles.
Cães e gatos têm histórias evolutivas distintas e formas de comunicação próprias, o que explica diferenças na maneira como reagem ao ambiente.
Os felinos tendem a ser mais territoriais e assumem rapidamente áreas da casa como domínio, enquanto cães podem ou não apresentar esse comportamento, dependendo da socialização e das experiências de vida.
Animais muito mimados ou acostumados à atenção exclusiva, por exemplo, podem resistir à chegada de outro pet, independentemente da espécie.
Mesmo assim, o conflito não é uma regra biológica. As interações que parecem rivalidade são, na verdade, respostas individuais influenciadas por rotina, espaço e manejo.
Quando o tutor promove apresentações graduais, respeita o tempo de cada animal e oferece recursos suficientes como caminhas, arranhadores, comedouros separados e rotas de fuga, a convivência tende a se estabilizar.
Em muitos lares, cães e gatos vivem de forma pacífica, cada um preservando seu comportamento natural e compartilhando o ambiente sem grandes disputas.
No fim, não existe inimizado pré-determinada entre as espécies. Existem indivíduos com necessidades e personalidades diferentes que podem aprender a dividir o mesmo espaço com tranquilidade.
Com paciência, observação e manejo adequado, a relação entre cães e gatos pode ser não apenas harmoniosa, mas também afetuosa e enriquecedora para ambos.










