"Olha o tamanhinho": Era só uma ida ao mercado, mas o dia termina com rostinho fofo resgatado e dormindo quentinho

O Sistema de Distribuição de Gatos parece estar trabalhando em regime de plantão extra neste fim de ano. Se você acha que as entregas de presentes dependem apenas de trenós, a história da Letícia e do Luis prova que o destino utiliza métodos mais inusitados, como bueiros de rua.

O casal saiu de casa em busca de ingredientes para o jantar, mas o cardápio da noite mudou drasticamente quando um miado alto interrompeu o trajeto.

No dia 22 de dezembro, a publicação desse resgate no perfil @leticia.creation no Instagram alcançou a marca de 1,4 milhão de visualizações em menos de um dia, gerando uma onda de comoção que já soma centenas de milhares de interações.

O episódio começou de forma rotineira até que o barulho vindo do bueiro chamou a atenção. No local, um filhote muito pequeno estava preso e demonstrava sinais de cansaço. Luis tentou remover a grade metálica sem sucesso e precisou buscar ferramentas na casa da mãe para viabilizar a retirada do animal.

A estratégia inicial de usar uma pá foi adaptada quando perceberam a fragilidade do felino. Com o auxílio de uma vassoura, eles conseguiram posicionar o animal sobre a pá e puxá-lo para a superfície em segurança.

A dinâmica familiar do casal já incluía cinco gatos antes dessa ocorrência. Mesmo com a casa cheia, a decisão de acolher o filhote foi imediata. Antes de seguirem para a residência, Letícia e Luis passaram no mercado para adquirir suprimentos básicos como shampoo e alimentação específica para filhotes.

O cansaço do animal era visível, já que ele adormeceu logo após ser colocado em uma caixa de papelão, possivelmente devido ao tempo em que permaneceu tentando sair da galeria pluvial.

Ao chegarem em casa, os tutores adotaram protocolos de segurança recomendados por veterinários. O novo hóspede foi instalado em um banheiro isolado no segundo andar da residência.

Essa medida é fundamental para evitar o contato entre animais de rua e os pets da casa antes da realização de exames laboratoriais. A preocupação principal envolve doenças virais como a Imunodeficiência Felina e a Leucemia Felina, conhecidas pelas siglas FIV e FeLV.

O isolamento garante que a saúde dos outros cinco gatos permaneça preservada enquanto o estado clínico do resgatado é avaliado de forma detalhada.

O filhote recebeu o nome de George em uma alusão direta ao personagem do livro e filme It, A Coisa, de Stephen King.

Diferente do personagem fictício que encontra um destino trágico no bueiro, este George teve um desfecho de sorte. A alimentação foi o primeiro passo da recuperação. Como o gato já possuía dentes, recebeu sachê misturado com água para garantir a hidratação e facilitar a ingestão.

A fome do animal impressionou os novos tutores, que relataram que ele comeu diversas porções seguidas antes de finalmente descansar.

O processo de higienização foi outro ponto alto do registro compartilhado nas redes sociais. George estava coberto de lama e infestado de pulgas por causa do tempo que passou no esgoto.

O banho foi realizado com água morna na pia da cozinha para remover a sujeira profunda. Letícia observou que a água saía escura nas primeiras lavagens e que o corpo do animal era muito magro por baixo da pelagem suja.

Após o banho, George foi seco com secador para evitar o resfriamento e finalmente pôde dormir de forma confortável e segura.

A repercussão na internet foi instantânea:

“Vim aqui só dizer uma coisa: 6 é par e tá tudo certo (2026 tem que ser 6 gatos)”

“‘Pode ser que a gente coloque pra adoção’, hahaha seeeiiii dona Letícia. 6 é par, esse gato foi um presente para você e o Luís de natal. Depois desse ano pesado veio aí um presente inesperado.”

“O it: it malia”

Foram alguns dos comentários.

Confira o vídeo abaixo:

Enquanto os testes de saúde não ficam prontos, George segue em observação e recebendo os cuidados necessários para recuperar o peso. O casal prometeu atualizar os seguidores sobre os próximos passos da jornada do pequeno sobrevivente.

Se George ficará com a família ou se irá para um novo lar, apenas o tempo dirá. Por enquanto, ele desfruta de uma realidade muito diferente daquela encontrada no fundo de um bueiro frio.

Adotei um gato de rua, o que fazer primeiro?

Confira dicas da ONG Miados Que Salvam

1. Visita imediata ao veterinário

Não pule esta etapa. O profissional deve realizar exames de sangue e os testes de FIV e FeLV, que são doenças silenciosas e cruciais de detectar cedo. Além disso, o médico aplicará vermífugos e iniciará o protocolo de vacinas para proteger o novo morador e os animais que você já possui.

2. Quarentena e segurança

Se você já tem outros gatos, mantenha o novato em um cômodo separado até que todos os exames fiquem prontos. Aproveite esse tempo para conferir se todas as suas janelas possuem telas. Gatos resgatados podem tentar fugir por medo ou instinto nos primeiros dias de adaptação.

3. Banheiro e alimentação

Gatos são exigentes com higiene. Ofereça uma caixa de areia em local discreto e uma ração de alta qualidade adequada à idade dele. Lembre-se que animais de rua costumam estar desidratados, então espalhe potes de água pela casa ou use fontes para estimular o consumo.

4. Respeito ao tempo do animal

A rua é um ambiente hostil e o gato pode chegar traumatizado. Não force carinho. Deixe que ele explore o ambiente e venha até você quando se sentir seguro. Ofereça esconderijos, como caixas de papelão, para que ele tenha um refúgio caso se assuste com barulhos novos.

5. Castração

Assim que o veterinário liberar, agende a castração. Além de evitar ninhadas indesejadas, o procedimento reduz as chances de fugas, brigas por território e doenças graves no futuro, garantindo uma vida longa ao seu novo companheiro.

Você já foi contemplado(a) com o sistema de distribuição de gatos? Conta pra nós sua experiência!