Gatos diferenciam seus próprios nomes de outras palavras, diz pesquisa

Por
em Notícias

Uma pesquisa divulgada pela revista norte-americana Scientific Reports afirma que os gatos são capazes de reconhecer sons familiares e distingui-los de outras palavras. Em outras palavras, essas habilidades indicam que os felinos sabem quais são os nomes que os humanos os chamam.

O estudo mostrou também que os gatos domésticos respondem às expressões faciais humanas. No entanto, uma coisa é distinguir o som, outra, é respondê-lo: pesquisadores da Universidade de Tóquio, no Japão, escreveram em um artigo que os gatos realmente escutam as pessoas - mas preferem ignorá-las.

"Acho que muitos tutores sentem que os gatos sabem seus nomes, ou a palavra 'comida', mas até agora não havia evidências científicas para comprovar isso", disse Atsuko Saito, psicólogo da Universidade Sophia em Tóquio.

Atsuko e seus pares aproveitaram essa curiosidade mútua para realizarem a pesquisa. Eles pediram aos donos de gatos que dissessem quatro nomes com sílabas semelhantes, seguidas do nome do animal.

Aos poucos, os felinos perderam o interesse em cada substantivo, porém reagiram aos seus nomes - movendo a cabeça, o rabo ou as orelhas; também mudaram a posição das patas traseiras ou, claro, miaram. Tanto gatos solitários quanto gatos acompanhados foram sensíveis às reações.

O resultado do estudo também levantou uma questão interessante sobre os que vivem nos chamados “Cat Coffee’s” - as cafeterias japonesas com gatos, muito famosas por lá.

No local, os clientes passam tempo com os gatinhos e apreciam quitutes - estes reagem ao ouvir o próprio nome e os nomes dos outros felinos. De acordo com os pesquisadores, como nestes locais os gatos são chamados, por vezes, ao mesmo tempo, torna-se mais difícil para eles associarem-se aos próprios nomes.

Compartilhe o post com seus amigos!

Gabriel Pietro têm 20 anos, é redator e freelancer. Fundou o Projeto Acervo Ciência em 2016, com o objetivo de levar astronomia, filosofia e ciência em geral ao público. Em dois anos, o projeto alcançou milhões de internautas e acumulou 400 mil seguidores no Facebook. Como redator, escreveu para vários sites, como o Sociologia Líquida e o Segredos do Mundo. Ainda não sabe se é de humanas ou exatas, Marvel ou DC, liberal ou social-democrata. Ama cinema, política, ciência, economia e música (indie). Ainda tentando descobrir seu lugar no mundo.