Gato ganha próteses de titânio após perder as patinhas em frio de -40 °C

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No início deste ano, um gatinho chamado Ryzhík foi encontrado enfrentando um frio extremo de -40 °C em Novosibirk, na Sibéria, com as patas congeladas e gangrena pelo corpo, espalhando-se rapidamente.

Notícias como esta são comuns na Rússia, haja visto a intensidade e imprevisibilidade do inverno no norte do país. Também é comum que animais como Ryzhík sejam sacrificados, uma vez que a qualidade de vida do animal é severamente prejudicada após as amputações.

No entanto, esse gatinho ganhou uma segunda chance de viver: foi adotado por uma família e levado a uma clínica veterinária especializada em membros artificiais na própria cidade de Novosibirsk, onde tudo aconteceu.

Após a realização de uma tomografia computadorizada e modelagem 3D do gato, os médicos conseguiram produzir quatro patinhas de titânio para Ryzhik.

"Nós realizamos diversas cirurgias protéticas nos membros inferiores e superiores. Ele com certeza é o primeiro gato no mundo a experimentar esses procedimentos", afirmou o cirurgião Serguei Gorshkov.

Os implantes foram extremamente bem-sucedidos, não havendo falhas no seu funcionamento ou nas próteses. Elas são compostas por partes esponjosas para que a pele e os ossos do animal possam crescer em volta do titânio.

Trata-se de um caso semelhante ao do gato Oscar, de 2009. O felino de Jersey, no Reino Unido, teve suas pautas arrancadas acidentalmente por um colheitadeira e recebeu um tratamento pioneiro para ganhar próteses, que, até então, eram usadas apenas por humanos.

De acordo com os médicos, Ryzhík está se adaptando bem às próteses, tanto que nunca tenta as arrancar, como um gato travesso faria.

Apesar de permanecer fisicamente incapacitado, o bichano consegue se movimentar com maior destreza e agilidade do que antes.

Agora, a Clínica Gorshkov busca atender outros animais como Ryzhík. Estando prestes a patentear uma técnica para próteses em aves, os especialistas estão trabalhando para consertar bicos de diversos papagaios e pretendem fabricar gorros para proteger vacas do frio e da chuva.

Fonte:>Tecmundo

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Gabriel Pietro têm 20 anos, é redator e freelancer. Fundou o Projeto Acervo Ciência em 2016, com o objetivo de levar astronomia, filosofia e ciência em geral ao público. Em dois anos, o projeto alcançou milhões de internautas e acumulou 400 mil seguidores no Facebook. Como redator, escreveu para vários sites, como o Sociologia Líquida e o Segredos do Mundo. Ainda não sabe se é de humanas ou exatas, Marvel ou DC, liberal ou social-democrata. Ama cinema, política, ciência, economia e música (indie). Ainda tentando descobrir seu lugar no mundo.