Veterinária dá dicas de como evitar 'síndrome do cão Chico' em pets

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SEU PELUDO FICA MUITO SOZINHO E SEM ATIVIDADE? ELE PODE DESENVOLVER SÍNDROME DA ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO (OU "SÍNDROME DO CÃO CHICO")

A Síndrome da Ansiedade da Separação acontece com mais frequência, quando seu melhor amigo, seu filho tem um elo emocional muito forte com você e por isso, com a sua ausência ele sente uma solidão intensa.

Essa frustração pode ser traduzida através de comportamentos como tristeza, automutilação (se morder ou coçar até ferir), xixi e cocô no lugar errado, uivos e latidos excessivos, até a destruição de objetos e móveis da casa, podem ser sinais da SÍNDROME DA ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO, se o seu pet passa a mudar o comportamento, ele está precisando de muita atenção, não só de amor, mas de uma rotina com passeios, brincadeiras, limites, enriquecimento ambiental e muitas vezes ajuda de um especialista.

É preciso estar atento para perceber quando essas ações tornam-se consequências deste problema.

O fato do pet se sentir extremamente amado, cria um elo emocional intenso, afinal não gosta de se sentir assim? O cãozinho passa a idolatrar você o que acaba tornando sua ausência insuportável para ele.

Isso acontece porquê esses anjinhos são animais que gostam de companhia (matilha) e, por isso, estão geneticamente programados para não ficar sozinhos, por isso uma socialização inadequada, mudanças de rotina repentinas, frustração por falta de atividade física (que é essencial para o bem- estar do animal), juntando tudo, não é de estranhar que um cachorro desenvolva um estado de pânico, ansiedade e nervosismo desesperador para ele, nesse momento ele se sente ameaçado, em perigo, e ativa um estado de alerta que muitas vezes tem como resultado o desenvolvimento da síndrome.

Então nesse momento o seu melhor amigo, está infeliz, triste, estressado e ansioso, é preciso fazer algo, intervir e acabar com essa situação.

As causas mais comuns dessa síndrome são:

  • Passar muitas horas sozinhos;
  • Mudança de rotina;
  • Mudança de ambiente ou casa;
  • Osciosidade e frustação;
  • Experiências traumáticas ( ex: quando seu pequeno foi separado muito cedo da mãe e dos irmãos).

É importante ressaltar que se chegou em casa e encontrou objetos ou móveis estragados, tudo destruído, de nada servirá gritar, repreender ou castigar o cachorro, ele não irá entender, só repreenda se pegá-lo em flagrante no ato que quer corrigir.

Cuidado com a afetividade excessiva, é imprescindível não responder a essas demostrações de carinho da mesma forma, para prevenir ou tratar a ansiedade por separação, você deve se manter firme e não se deixar levar pela situação, você deve proceder da mesma forma durante a despedida. Se, ao sair, ele chorar, latir, pedir copiosamente que volte, você não deve ceder e se aproximar para fazer carinhos e dar beijinhos, embora você pense que isso o acalmará, saiba que piorando terrivelmente o seu estado. Aja com naturalidade.

Essas crianças precisam acostumar-se a ficarem sozinhas em casa desde pequeno, saia durante o dia, sem hora estabelecida e cada vez demore mais para que seu peludo interprete essa situação como normal.

Os brinquedos são uma ótima opção, sendo essenciais quando você for ficar ausente, dessa forma os brinquedos, utilizados de maneira correta, ajudaram seu animal a não ficar oscioso e sentir sua ausência, já que a melhor forma de educar quem a gente ama, é através do reforço positivo, de forma a proporcionar um ambiente interessante, que ative a curiosidade e a atenção através do enriquecimento ambiental, dessa forma o animal se sentará relaxado e feliz, assim você não deixará que ele associe o fato de ficar sozinho com algo negativo.

Lembre-se, a melhor saída é sempre identificar o motivo que faz o seu pet se sentir dessa forma e encontrar uma solução, você não precisa fazer isso sozinho, consulte um especialista, ele lhe dará orientações preciosas que você deve seguir para devolver a estabilidade e a saúde emocional do seu melhor amigo.

Movida pelo amor à profissão e focada em resultados, fez graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (2004), Acupunturista e Anestesiologista, possuí mestrado em Ciência Animal pela Universidade Federal do Piauí (2006) e doutorado em Biotecnologia da saúde pelo RENORBIO - UFPI pela Universidade Federal do Piauí (2012). Foi professora adjunto da Universidade Estadual do Piauí, Faculdade Maurício de Nassau e do Instituto de Ensino Superior Múltiplo, coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Extensão do Instituto de Ensino Superior Múltiplo. Atualmente é sócia-proprietária da Bichos e Mimos Clínica Veterinária e Hotel, responsável pelo setor de Anestesiologia e Unidade de Cuidados Intensivos. Coordena o projeto “Mimar é o Bicho” que consiste na realização de atividade assistida por animais em colônias de férias e escolas, oferece treinamentos e consultoriais para profissionais do segmento pet. Idealizadora do projeto cápsulas de amor, que consiste no tratamento da saúde emocional do paciente assistido, através do toque,  musicoterapia e contação de histórias, que são capazes de transmitir ao animal sensação de acolhimento e amor, melhorando o sistema imunológico. Colunista do portal O Dia, Cidade verde, portal vegpedia, revista saúde premium e portal utilitá. Participa semanalmente do quadro sobre cães e gatos na rádio RJ "Vida Animal" e na Boa Fm no quadro "Hora do Pet", é destaque no mercado pet, única médica veterinária indicada pelo guia local Indica. Co-autora dos livros Empreendedoras de Alta Performance e Maravilhosamente.

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