Cachorro detecta e avisa quando tutor sofre alterações na glicemia: 'Ele mudou minha vida'

Oddie consegue sentir possível crise diabética com 20 minutos de antecedência

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Talvez você não saiba, mas os cachorros - quando treinados - podem detectar alterações no nível de açúcar no sangue dos humanos, ou seja, sentir quando seus tutores podem estar próximos de sofrer uma crise diabética. Exemplo disso, é o Oddie, um doguinho que alerta seu tutor quando há perigo.

Aos 16 anos, Pablo, um jovem que mora em Cuenca, na Espanha, convive com o diagnóstico da diabetes há quatro anos. Desde então, ele usa uma bomba de insulina que ajuda-o a monitorar continuamente o nível de sua glicose. Mas nada disso se compara ao suporte que ele recebe de Oddie.

“A tecnologia avançou muito desde as injeções de insulina, mas foi Oddie quem deu a ele a qualidade de vida atual”, contou a mãe de Pablo, Ana, ao El Diario.

Na época, a tia de Pablo contou à família sobre a existência de cães de assistência para pessoas com epilepsia ou diabetes. Motivados com a possibilidade de encontrar um melhor amigo de quatro patas que pudesse lhe ajudar, a família pesquisou sobre o assunto na internet.

Foi quando encontraram a Fundação Canem, com sede em Zaragoza - local que destina cães treinados para ajudar pessoas com diagnóstico de diabetes e epilepsia de forma gratuita. Pablo fez um cadastro, enviou relatórios médicos.

“Queríamos ver como funcionavam e como funcionava o adestramento, se era feito com garantias, como tratavam os cachorros… Adoramos assim que chegamos. Eles nos explicaram tudo detalhadamente. São cães fortes, longevos, inteligentes, com porte manejável para viajar, escalar lugares e olfato muito desenvolvido”, explicou a mãe de Pablo.

Logo depois da visita, a família de Pablo foi informada que havia um cachorro disponível. Após quatro meses, ele estava pronto para conhecer sua família.

“Sem saber como ele era ou conhecê-lo, no começo fiquei super nervoso, mas assim que o vi, tudo mudou. Ele me recebeu super feliz, fiquei muito feliz e foi muito emocionante. Agora Oddie é um da família, ele mudou minha vida e não falha uma única marca, ele é meu companheiro em todos os lugares”, contou Pablo.

Como funciona o alerta?

Pablo explica que diferente de monitores contínuos de glicemia, que vão avisando em tempo real, os cães de alerta detectam muito antes uma alteração.

“Ele antecipa 20 minutos antes de um episódio de glicose baixa ou alta no meu sangue. Isso porque, antes que esse episódio ocorra, os humanos liberam uma substância que os cães são treinados para detectar. Nesse ponto, ele olha para mim, senta-se e começa a latir", explica.

O jovem também descreveu que o latido é diferente quando isso acontece, que Oddie fica sério e já avisa.

“Na primeira vez fiquei muito impressionada porque notei e a princípio não acreditei porque o marcador dava níveis normais, mas ele ficava me chamando pedindo atenção e de fato eu estava com hipoglicemia. Nem um único falhou desde então. Mudou a minha vida e vejo o meu futuro de uma forma diferente”.

Como funciona o treinamento

Os cães de alerta pesam entre sete e nove quilos e são treinados a partir dos dois meses e meio. Durante esse período, eles moram com uma família temporária e vão para a fundação no período da manhã para receber o treinamento.

A partir desse treinamento, os cães realizam uma ação combinada: detecção pelo nariz e emissão do sinal de alerta. Isso permite que seu usuário aja antes que uma situação de risco surja.

Incrível, não é?

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