Gato persa e peludo chega para ser tosado com groomer famoso - e volta irreconhecível para casa

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Quem acompanha o trabalho de Junior Borja, do Garbo Pet Salon, já está acostumado a ver transformações incríveis — geralmente em cães. Porém, em fevereiro, foi um gato que roubou a cena.

Um persa peludo, cheio de nós nos pelos e nada contente com a situação, acabou nas mãos do groomer mais carismático de Foz do Iguaçu, no Paraná.

Mas o maior desafio era, além de deixar o bichano apresentável, sair ileso.

“Tosar cão já é difícil. Agora imagina tosar um gato?”, brincou Junior nas redes sociais.

O gatinho chegou com o pelo completamente embolado, daqueles casos em que não tem escova que resolva.

Mesmo contra a vontade do felino (e com algumas patadas no processo), a tosa era inevitável.

Primeiro, Junior tirou os nós mais grossos com a tesoura, cortou as unhas e higienizou as orelhas. Até aí, tudo sob controle.

Aí veio o banho e, para evitar ainda mais estresse, o shampoo foi aplicado com o pelo ainda seco. Na hora de enxaguar, tudo foi feito com muito cuidado.

Para secar, Junior cobriu a cabeça do gatinho com uma toalha, abafando o barulho do secador, que costuma ser o terror dos felinos.

Mas o maior desafio ainda estava por vir: o acabamento.

Na hora de passar a máquina, o gato disse “chega”. E disse com as garras.

Junior tentou continuar, desviando das patadas.

“Gato é gato, não tem muita conversa. Ou ele deixa, ou ele não deixa”, brincou.

No fim, o acabamento foi feito como deu — e o bichano, mesmo emburrado, ficou com o visual bem mais leve.

“O importante é sair vivo”, disse Junior, que também aproveitou para alertar sobre a importância de procurar um profissional experiente quando o assunto é tosa em gatos.

Por que gatos não devem tomar banho?

Em resumo, banho em gatos não só é desnecessário na maioria das vezes, como também pode ser perigoso (e não só pra você).

“Banho em gato é extremamente nocivo, porque ele tira a identidade olfativa do gato, altera a microbiota da pele e pode deixá-lo predisposto a doenças”, explicou o veterinário especialista em comportamento felino Dan Baeta em suas redes sociais.

O estresse causado pelo banho pode, inclusive, desencadear reações graves em gatos mais sensíveis ou com problemas de saúde.

O veterinário comentou que existem casos de felinos que passaram mal e até faleceram após banhos estéticos.

Segundo ele, banhos só devem ser dados em duas situações: quando o veterinário recomendar, por conta de alguma doença de pele, ou quando o gato tiver entrado em contato com alguma substância perigosa.

Fora isso, o melhor é deixar o bichano cuidar da própria higiene — como ele sempre fez.

E como cuidar do pelo?

Escovação é o segredo. Gato rolou na terra? Escova. Está trocando de pelo? Escova. Apareceram nós? Escova.

Segundo o VCA Hospitals, gatos de pelagem longa, como os persas, precisam de escovação diária para evitar emaranhados — principalmente atrás das orelhas, nas axilas e nas patas traseiras.

Já os de pelo curto podem ser escovados com menos frequência, mas também se beneficiam muito do hábito.

Além de manter a pelagem bonita e saudável, a escovação ajuda a reduzir a ingestão de pelos (e as temidas bolas de pelo). E mais: escovar o gato é uma forma de carinho e vínculo.

Se os nós forem muito grandes ou difíceis de remover, o ideal é procurar um profissional. Nada de usar tesoura em casa — a pele do gato é fina e fácil de cortar acidentalmente.

No caso do persa que foi parar no salão do Junior, a tosa foi a melhor saída. E ainda que ele não tenha gostado muito, com certeza ficou bem mais leve. E bonito, claro — mesmo de cara fechada.

Redatora.