Família paga R$ 500 em teste de DNA para cachorro e descobre o que eles já desconfiavam
Por Larissa Soares em Cães
Quem acompanha os carismáticos Bambino e Rogerinho no Instagram (@viralatacaramelo) — o “caramelo dos botões” e o “lorde morcego” — sabe que eles são dois legítimos representantes do clubinho dos vira-latas.
Mas a tutora dos dois, Carla, resolveu ir além da aparência e das suposições.
Movida pela curiosidade, decidiu investir mais de R$ 500 em um teste genético importado dos Estados Unidos para descobrir a composição exata das raças que formam o Rogerinho.
Carla já tinha feito um teste de DNA brasileiro anteriormente, mas desconfiou do resultado, já que o teste apontou 15,02% de Poodle miniatura e 12,26% de Rottweiler. Poodle? Só se for o branco do olho.
Então ela resolveu apostar alto e investiu no teste da Embark, uma das empresas de genética mais renomadas dos EUA.
Além da linhagem canina, Carla queria algo ainda mais importante: saber a idade real do Rogerinho.
Como acontece com muitos cães resgatados, ele foi adotado adulto, e sua origem — incluindo data de nascimento — é um mistério.
“Eu morro de medo que ele seja mais velho do que a gente acha que ele é”, disse a tutora em um vídeo.
A coleta foi feita com um cotonete de saliva, mas para enviar a amostra foi uma saga.
Como os Correios brasileiros não enviam material biológico para fora do país, uma amiga de Carla que viajou para Nova York levou a amostra pessoalmente e postou nos EUA.
Depois de toda a burocracia, espera e expectativa… o resultado chegou. E trouxe uma revelação bombástica.
Rogerinho é 100% “American Village Dog” — ou, em bom português, vira-lata das Américas, o cão de rua típico, nosso conhecido de longa data.
"Quinhentos reais pra me falarem que o Rogerinho é vira-lata", lamentou, entre risos, a tutora. “Isso era só me perguntar que eu respondia”, completou Rogerinho.
Mas o melhor é que antes de enviar a amostra, Carla precisou selecionar uma raça na lista oferecida pela empresa.
Escolheu justamente “American Village Dog”, já que era a única que fazia sentido. Resultado: o teste confirmou a própria escolha.
Mas nem tudo foi piada. O resultado da idade veio como um balde de água fria.
Carla acreditava que Rogerinho tinha 9 anos, mas o teste indicou que ele tem, na verdade, 11 anos. “Chorei”, confessou, pensando que teria menos tempo com ele do que imaginava.
Depois do susto, ela levou o peludo ao parque para aproveitar o dia e acabou rindo de si mesma.
“O bicho tá ótimo. Se não fosse castrado, teria passado o rodo no parque todo”, brincou.
E no fim das contas, se tem uma coisa que o DNA de Rogerinho não precisou provar, é que ele é 100% único e 1000% amado.
Como o teste de idade funciona?
O Teste de Idade da Embark é baseado em um processo avançado de metilação do DNA.
Em termos simples, conforme os cães (e outros mamíferos) envelhecem, o nível de metilação — pequenos marcadores químicos no DNA — muda de maneira previsível.
Cientistas conseguem usar essas alterações como um “relógio biológico” para estimar a idade do animal.
Segundo a empresa, o teste consegue acertar a idade de 77% dos cães com uma margem de erro de até 12 meses.
Ele analisa milhares de marcadores no genoma e fornece uma data de nascimento estimada, com base num intervalo de predição.
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