Em momento de tensão, gato laranja acompanha apreensivo 'cirurgia' em brinquedo favorito

Merlino já havia passado por muita coisa. Resgatado vagando sozinho pelas ruas quentes de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, ele encontrou abrigo graças a um protetor independente.

Mas foi em uma clínica veterinária que esse gatinho ruivo conquistou de vez o coração de todos, especialmente quando algo ‘trágico’ aconteceu: seu brinquedo favorito rasgou.

O brinquedo era um bichinho de pelúcia que Merlino arrastava para todos os cantos, enquanto esperava seu lar definitivo.

Segundo os especialistas em comportamento felino, o ciclo de caça de um gato contempla algumas etapas importantes: encontrar a presa, espreitar, atacar e abater.

E, como um legítimo gato que leva a sério a arte da caça, Merlino atacava o bichinho diariamente. Até que um dia, o inevitável aconteceu e o brinquedo não resistiu à caçada feroz.

Paciente de pano, enfermeiro de pelos

Foi aí que a equipe da Modern Vet, a clínica onde Merlino estava, agiu rápido. Ninguém queria ver o felino triste.

A enfermeira Kate assumiu a missão de "salvar" o bichinho e improvisou uma pequena cirurgia de emergência.

Com linha e agulha na mão, ela costurou cuidadosamente o brinquedo, enquanto Merlino, com um uma touquinha, observava o procedimento de pertinho.

“Ele também queria assistir”, contou um porta-voz da clínica ao The Dodo. “Nossa enfermeira Kate costurou o brinquedo, e o Merlino ficou ali, vestido de enfermeirinho.”

O brinquedo se recuperou, mas essa não foi a melhor notícia. Pouco tempo depois, Merlino encontrou sua família definitiva, em um novo lar na Itália.

Hoje, ele vive feliz e destruindo brinquedos no conforto de uma casa.

“É tão emocionante vê-lo com sua nova família”, disse a equipe da clínica.

Por que os gatos “matam” os brinquedos?

Se você tem um gato, provavelmente já viu ele atacando um brinquedo com intensidade, mordendo, arranhando, ou (o meu favorito) chutando com as patas traseiras.

Esse comportamento é normal e tem explicação: os brinquedos são, para os felinos, substitutos de presas.

Segundo o Class Act Cats, um centro de consultoria sobre comportamento felino dos EUA, as sessões de brincadeira devem imitar uma caçada.

"Gatos são predadores natos. Brincar para eles é uma forma de praticar a caça."

Esse "ciclo de caça" deve envolver seis etapas:

• Encontrar a presa

• Observar e se preparar (tocaia, o momento que o gato dá aquela famosa reboladinha)

• Perseguir

• Capturar (ou não, pois presas fogem)

• Abater (morder, arranhar ou destruir o brinquedo)

• Comer

Dica importante: para completar a experiência, especialistas recomendam que, ao fim da brincadeira, você ofereça um petisco ao gato. Isso simula a recompensa final da caça e ajuda a liberar o estresse.

Mas cuidado com o “erro clássico”:

Muitos tutores cometem o erro de balançar o brinquedo bem na frente do rosto do gato. Isso é ineficaz e, vamos ser sinceros, sem graça. A visão de perto dos gatos não é boa, e nenhuma presa se jogaria na boca do caçador por vontade própria.

Em vez disso, mova o brinquedo ao redor do ambiente, passe por trás de móveis ou dentro de túneis. Brinquedos que “fogem” e se escondem despertam muito mais interesse e respeitam o ciclo instintivo do animal.

Outra vez que uma pelúcia foi para o ‘centro cirúrgico’

No início do ano, nós mostramos aqui, no Amo Meu Pet, a história da Febrinha, uma cachorrinha dramática que passou pela mesma situação que o Merlino.

• Cachorrinho faz drama inacreditável ao ver o que acontecia com seu melhor amigo de pelúcia

Quando a pelúcia favorita dela rasgou, a tutora, Ciça Vidoti, tentou consertá-la tranquilamente. Mas Febrinha começou a uivar, chorar, e até se jogar de costas em total desespero.

“Por essa razão não é permitido familiar acompanhando o procedimento”, brincou um seguidor nos comentários do vídeo.

“Vamos ser solidários. É o melhor amigo dela numa cirurgia. Ela tá nervosa”, comentou outro.

Segundo a tutora, Febrinha é manhosa, vocal e ama expressar suas emoções.