Será que era essa a solução? Família resolve presentear golden retriever que vivia cabisbaixo com novo filhote
Por Beatriz Menezes em Aqueça o coração
Muitos tutores já perceberam que seus cães simplesmente não se adaptam a viver sozinhos.
Embora recebam carinho, passeios e atenção de seus donos, alguns pets parecem precisar de algo a mais, como a companhia de outro animal para se sentirem completos.
Foi exatamente isso que aconteceu com a golden retriever Pacha, que vivia cabisbaixa até ganhar um irmãozinho chamado Bucket.
A mudança foi tão marcante que a família que vive em Vancouver, no Canadá, resolveu contar a história no Tik Tok.
A solidão pode afetar profundamente os cães
Cães são animais essencialmente sociais. Herdaram de seus ancestrais lobos a necessidade de viver em grupo, formando laços fortes que garantem segurança e bem-estar.
Quando esse instinto não é atendido, eles podem apresentar sinais claros de tristeza. Sendo assim, ficam apáticos, perdem o interesse por brincadeiras, passam a se isolar ou desenvolver comportamentos repetitivos.
No caso de Pacha, isso ficou evidente nos vídeos compartilhados por seus tutores.
Em uma das gravações mais emocionantes, a cadela aparece andando devagar pelo apartamento, carregando um brinquedo na boca e olhando para o chão. Apesar de receber carinho da família, seu olhar transmitia melancolia.
“Era assim que nossa vida era com um cachorro”, escreveram os donos na legenda, descrevendo um período em que nada parecia animar sua amiga de quatro patas.
Percebendo que algo estava faltando na rotina de Pacha, a família decidiu apostar em uma solução, e a decisão foi adotar outro cão. Em junho passado, eles deram as boas-vindas a Bucket, um filhote da mesma raça.
O encontro foi registrado em vídeo, e a reação de Pacha com o pequeno foi imediata e cheia de curiosidade, alegria e, sobretudo, alívio por não estar mais sozinha.
Desde então, a casa mudou completamente. Agora, a golden que vivia cabisbaixa aparece em gravações sorridente, correndo pelos campos ao lado da irmãzinha, dividindo o sofá com ela e até trocando carinhos em momentos de descanso.
“Conseguir uma irmã para Pacha foi a melhor decisão que já tomamos”, afirmaram os tutores em uma publicação que rapidamente viralizou.
Além da alegria contagiante, a dupla também chamou atenção pela cumplicidade.
Pacha, que antes parecia desmotivada, agora se mostra protetora e brincalhona, quase como se tivesse assumido o papel de irmã mais velha.
Embora o caso de Pacha seja um exemplo positivo, adotar um segundo pet não é uma fórmula mágica. Cada cão tem sua própria personalidade e necessidades, e nem todos aceitam dividir o território ou a atenção dos tutores.
Outro ponto importante é o impacto para os tutores. Ter dois cães significa dobrar gastos com alimentação, cuidados veterinários e tempo dedicado às atividades físicas.
Por isso, adotar um segundo pet deve ser uma decisão consciente, e não apenas uma tentativa de resolver um problema momentâneo.
Solidão em pets: um problema comum
Boa parte dos pets que vivem em ambientes urbanos passam longos períodos sozinhos devido à rotina de trabalho de seus donos.
Esse cenário favorece o crescimento de casos de ansiedade por separação e comportamentos relacionados à falta de companhia.
Além da adoção de um segundo pet, outras medidas podem ajudar a reduzir a solidão dos animais.
Entre elas estão o enriquecimento ambiental com brinquedos interativos, passeios regulares, treinos de socialização e até a contratação de serviços de creche canina.
O poder das redes sociais na conscientização
Histórias como a de Pacha e Bucket ganham repercussão justamente porque despertam identificação em milhares de tutores.
No TikTok, onde os vídeos da dupla já ultrapassam milhões de visualizações, comentários de pessoas que vivenciam situações semelhantes não param de surgir.
“Para, isso é tão adorável.”
“Estou tentando me convencer a ter outro golden.”
“Derreteu. Meu. Coração.”
Assista o vídeo de Pacha se transformando ao ganhar uma irmã:
Embora nem sempre a solução seja adotar outro pet, a história reforça um ponto essencial mostrando que os animais também têm necessidades emocionais e sociais que não podem ser ignoradas.
Atender a essas demandas faz parte de um cuidado responsável, garantindo qualidade de vida e fortalecendo o vínculo entre humanos e seus melhores amigos.