Casal descobre seu 'maior erro' após pegar filhote caramelo especial para sua cachorrinha fiapo de manga
Por Beatriz Menezes em Aqueça o coração
No início de agosto, a cadelinha Fiby, também chamada de Fiapo de Manga, ganhou um irmãozinho especial. Seus tutores, Karoliny Morais e o marido, decidiram adotar outro pet para que ela tivesse companhia durante o dia, já que passava muito tempo sozinha.
Foi assim que Tuco, um filhote caramelo sem as duas patinhas dianteiras formadas, chegou à família em Patos, Paraíba.
A história de Tuco começou com abandono. Ele foi encontrado em uma casa demolida e resgatado por uma mulher que faz parte de uma ONG da cidade.
“Eles têm parcerias com médicos veterinários e ajudam através de doações. Como ele era filhote e tem deficiência, não teve como ficar com os demais cachorros, porque brigavam com ele. Então foi para a casa de uma das cuidadoras da ONG”, contou Karoliny.
Apesar de ser divulgado em postagens nas redes sociais da instituição, o pequeno não despertava interesse de adotantes.
Foi a sogra da tutora, engajada em ajudar animais de rua, quem mostrou os vídeos de Tuco ao casal.
“De início, confesso que ficamos receosos, pensando em como seria a adaptação e com a nova irmãzinha também, que é muito agitada. Só que a reação dela foi totalmente fora do que imaginávamos. Ela aceitou muito bem e hoje protege muito ele.”
Segundo Karoliny, o filhote já demonstra independência no dia a dia.
“Ele se adapta muito bem à condição dele, consegue fazer as necessidades sozinho e se alimentar também. Pensamos futuramente, quando ele desenvolver mais, em fazer uma prótese para melhorar a mobilidade das patinhas.”
A tutora acredita que a história de Tuco serve como exemplo para incentivar a adoção de animais com deficiência.
“O que a gente aprende é que a deficiência não define quem eles são. Tuco nos mostrou que amor, carinho e vontade de viver estão acima de qualquer limitação. Então, para quem ainda tem receio, eu diria: dê uma chance. Você não vai estar apenas transformando a vida de um animal, mas também a sua.”
Nos registros publicados por Karoliny, a cumplicidade entre os irmãos é evidente.
“Ela se abaixa para brincar com ele. A mensagem que eu deixo é que adotar um pet com deficiência é compreender que eles não precisam de pena, mas de oportunidade. Eles têm a mesma capacidade de amar, brincar e trazer alegria.”
Os dois estão tão adaptados que até dividem o brinquedo, ou seja, o rolo de papel higiênico que virou objeto de disputa.
Tuco e Fiby hoje são melhores amigos, e o casal sabe que fez a escolha mais acertada ao dar um irmão à cachorrinha e um lar ao filhote especial.
Animais com deficiência ainda estão entre os mais rejeitados nos abrigos e lares temporários do Brasil.
Muitos passam anos à espera de uma família, enfrentando preconceito e a ideia equivocada de que precisam de cuidados impossíveis.
No entanto, iniciativas como a do Instituto Cãodeirante vêm provando o contrário: esses pets podem ter uma vida plena, cheia de amor e dignidade, como qualquer outro.
O Instituto nasceu inspirado na história de Marrom, um cão cadeirante que transformou a vida de seus tutores e se tornou símbolo de superação.
Desde então, a organização atua como uma ponte entre protetores, ONGs e adotantes, promovendo visibilidade, conscientização e ferramentas para melhorar a qualidade de vida de cães e gatos especiais.
Aqui no Amo Meu Pet, já contamos histórias que reforçam essa missão.
Entre elas estão a de Pretinho, um cãozinho cheio de vitalidade, e Oliver, um gatinho resiliente que encontrou acolhimento mesmo diante das dificuldades.
Conheça o Pretinho:
Assista a história do Oliver:
Você tem ou já adotou um pet especial? Deixe seu comentário contando essa história, vamos adorar conhecer!