Golden retriever que estava em luto há 6 meses aprende a brincar novamente com ajuda de gatinho

Por
em Cães

Cooper é um golden retriever de oito anos que viveu muitas alegrias ao lado de Owen, seu irmão canino da mesma raça, de seis anos.

Juntos, a duplinha brincava, caminhava e dividia momentos de pura cumplicidade. Corriam pelo quintal como se o mundo fosse só deles, compartilhavam os mesmos brinquedos, exploravam cada cantinho lado a lado e até descansavam juntinhos, deitados um ao lado do outro.

Os cães gostam de estar juntos porque, além de serem animais naturalmente sociais, encontram no companheiro a sensação de segurança, a alegria da brincadeira e o conforto da amizade.

Cooper e Owen eram mais que irmãos: eram parceiros inseparáveis, que transformavam cada dia em uma nova aventura.

Confira:

Segundo Emily Fryem, tutora dessa fofa duplinha de douradinhos que vive em Oklahoma, nos Estados Unidos, “minha vida é infinitamente melhor por causa de um casal de golden retrievers. Eles enchem meus dias de alegria, amor e me mostram diariamente o verdadeiro significado de companheirismo.”

Tão apaixonada por eles, em fevereiro de 2025 Emily realizou um sonho: levou Cooper e Owen ao Encontro Golden 2025, no Colorado. Ao descrever a experiência, resumiu em uma frase encantadora:

"Que dia divertido com milhares de golden retrievers! É assim que os céus gostam?”

Lá, goldens de todas as idades e tamanhos corriam livres, brincavam sem parar e se reuniam em bandos dourados que pareciam iluminar a paisagem.

Para muitos tutores, era como viver um sonho: ver tantos golden retrievers juntos, compartilhando alegria, energia e a essência de uma raça feita para estar perto das pessoas.

Assista:

Foi então que algo inesperado aconteceu...

Apenas alguns dias após a viagem para o Encontro Golden, Emily desabafou dizendo que jamais imaginava que aquela seria a única viagem ao lado de Cooper e Owen juntos.

Pouco depois do evento, Owen faleceu, deixando um vazio imenso no coração de sua tutora e também no de seu irmão canino, que perdeu não apenas um companheiro de brincadeiras, mas seu parceiro inseparável de vida.

Segundo Emily, "Owen desenvolveu uma grande massa no lado do rosto. Levei-o imediatamente ao veterinário e me deparei com o pior pesadelo de qualquer tutor: câncer".

O câncer já havia tomado conta de Owen e os veterinários não lhe deram muita estimativa de vida. Naquele mesmo dia, antes da partida, Emily decidiu levá-lo de volta para casa para que pudesse se despedir de Cooper, seu inseparável irmão de quatro patas.

"O câncer era muito agressivo e a massa continuou a crescer hoje, e eu podia perceber que ele estava desconfortável e não era mais ele mesmo, então tive que deixá-lo partir", desabafou Emily em um post no Instagram.

Emily conta que Owen amava a todos e, em troca, era amado por todos. “Esse cachorro recebeu mais beijos de estranhos do que qualquer pessoa que eu conheço!”, revelou emocionada a tutora.

"A maior alegria da vida é ter um cão — e, ao mesmo tempo, também é a maior dor do coração. Foi uma honra e um privilégio ser sua mãe e ser amada por ele." Eu o amarei e sentirei sua falta para sempre. E obrigada, Deus, pela viagem que nunca esquecerei".

Saudade eterna

Desde a partida de Owen, Emily passou a sentir uma imensa saudade do douradinho, mas encontrou em Cooper a força para seguir em frente.

Era a ele que ela se agarrava para aliviar a dor, compartilhando no companheirismo dele o conforto e a luz que tanto precisava naquele momento difícil.

Contudo, Cooper também estava triste, e ao contrário de sua tutora, não tinha em quem se apoiar. Sem o irmão ao seu lado, ele demonstrava a ausência em pequenos gestos: o olhar perdido, as brincadeiras interrompidas e a espera por alguém que já não voltaria.

Você sabia que os cães também sentem luto, seja pela perda de outro animal ou pela ausência de um tutor ou companheiro próximo? Pesquisas científicas e observações clínicas confirmam que eles podem apresentar mudanças claras de comportamento nessas situações.

Um estudo publicado na revista Scientific Reports mostrou que 86% dos cães apresentaram alterações comportamentais após a morte de um companheiro canino, como dormir mais, comer menos e buscar mais atenção dos tutores.

Além disso, uma revisão científica conduzida por Uccheddu et al. (2022), publicada na base da U.S. National Library of Medicine (PMC), confirma que cães demonstram padrões emocionais compatíveis com o luto, mesmo quando não presenciam a morte do outro animal.

Essas evidências demonstram que o luto canino não é apenas uma percepção humana, mas um processo real que afeta seu bem-estar físico e emocional.

Percebendo que, com o passar do tempo, Cooper não reagia bem à ausência do irmão, Emily tomou uma decisão: adotar um novo companheiro.

Foi assim que, em junho, o gatinho Colin chegou à família, trazendo consigo uma nova energia e a chance de preencher parte do vazio deixado por Owen.

"Perder Owen foi a maior decepção que já experimentei na minha vida. Cooper me ajudou a curar, e agora estou observando sua cura", disse Emily.

Veja:

A companhia de outro pet pode ajudar no luto. Embora não substitua quem se foi, a presença de um novo amigo pode trazer distração, interação e afeto, preenchendo parte do vazio e ajudando a reduzir o estresse.

Segundo o VCA Hospitals, cães e gatos são animais sociais e, por isso, ter outro companheiro pode devolver a eles o senso de rotina e segurança. É importante, no entanto, que essa adaptação seja feita com calma e respeito ao tempo do pet enlutado.

Cooper não precisou de tempo para interagir com seu novo irmãozinho. Em questão de minutos de convivência, ele se abriu para Colin e hoje os dois são inseparáveis.

Emily fez um vídeo e compartilhou em seu perfil do TikTok, @itsemilyfrye, no dia 28 de agosto, mostrando o quanto Cooper estava se divertindo com o gatinho. Na legenda, escreveu:

"O sorriso dele no final... não merecemos cachorros. E eu certamente não o mereço. Meu maior presente, meu Cooper."

A publicação acumulou milhares de visualizações e dezenas de comentários cheios de carinho:

“Os bichinhos de estimação sofrem mesmo! Parece que estão brincando de esconde-esconde!”, escreveu uma internauta.
“Eu não tinha percebido o quanto meu cachorro sentia falta do irmão quando ele faleceu, até que conseguimos um resgate. Esse resgate trouxe meu cachorro mais velho de volta à vida”, disse outra.
“Nossa, eles são tão fofos juntos!”, comentou uma terceira.

Assista:

Que Cooper e Colin sigam compartilhando momentos de alegria, mostrando ao mundo que o amor entre animais é capaz de curar até as maiores tristezas.

Redatora e apresentadora do Canal Amo Meu Pet.

Com formação em Design de Produtos e especialização em Design de Interiores pela Universidade de Passo Fundo, a Ana encontrou sua verdadeira paixão ao unir criatividade, comunicação e o amor pelos animais.

Apaixonada por contar histórias que tocam o coração, ela estudou Escrita Criativa com o escritor Samer Agi e participa do programa JournalismAI Discovery, organizado pela Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres e a Iniciativa de Notícias do Google, buscando se aprofundar no universo digital.

Hoje, dedica-se a produção de conteúdos que informam, emocionam, conscientizam e arrancam sorrisos.