Jovem que sempre se disse 'cachorreira' explica por que virou a maior defensora dos gatos
Por Larissa Soares em Gatos
Antigamente, Marjorie Vicentin sempre se disse 100% “do time dos cachorros”. Ela cresceu acreditando naquela velha mentira de que gatos eram traiçoeiros e nunca imaginou que um dia se renderia a esses felinos.
Mas a vida, como sempre, deu um jeitinho de mudar essa história.
“Eu cresci com a minha mãe falando que ‘gato não é amoroso, gato é traiçoeiro’”, contou ela em um vídeo do TikTok.
Até que Lua, uma gata frajola, decidiu ‘invadir’ o quintal dela. “E está comigo há dois anos”, explicou.
A convivência foi suficiente para transformar a jovem, que agora se declara a “maior defensora de gatos da face da Terra”.
O encanto
“Eu passei a entender por que o povo fica tão viciado em gato e quando vê tá com três gatos morando na casa”, disse Marjorie.
No vídeo, ela listou alguns dos motivos que a fizeram se apaixonar por esses animais:
- São extremamente limpos. “Quando o gato faz o xixizinho dele na areia e você vê ele cavando para esconder, aquilo ali é a coisa mais linda da face da Terra.”
- Não têm cheiro. Segundo ela, “eles não fedem por nada, a não ser a boca”.
- Baixa manutenção. “Você brinca um pouco com eles e, depois de um tempo, eles falam: ‘quer saber, f*da-se você, vou deitar no meu canto’.”
São independentes, mas afetuosos. Gatos sabem demonstrar carinho no tempo deles, e isso acabou conquistando a jovem.
Marjorie faz questão de destacar que ainda ama cachorros, mas aprendeu a amar os gatos de uma forma diferente.
E até entrou no universo da “psicologia das cores dos gatos”, acreditando que cada tonalidade pode trazer uma proteção distinta para dentro de casa.
A teoria da energia
Um ponto curioso que ela citou no vídeo foi a ideia de que os gatos percebem a energia das pessoas.
“Fora que o gato te mostra quando a pessoa que vai na sua casa é ziquizira porque o gato simplesmente some, não aparece. Não vem perto quando a pessoa tem energia ruim.”
Essa crença popular não surgiu do nada. Muitos tutores relatam que seus felinos reagem de forma diferente dependendo de quem entra em casa. Mas será que existe fundamento nisso?
O que a ciência e os especialistas dizem
De acordo com o portal Catster, há fortes indícios de que os gatos realmente conseguem perceber mudanças sutis na energia. Ou melhor, no humor e no estado emocional das pessoas.
Eles podem não entender nossas palavras, mas são extremamente intuitivos. Mudanças na postura, na expressão facial, no tom de voz e até no cheiro que exalamos quando estamos estressados ou ansiosos são rapidamente captadas por eles.
Evidências anedóticas e estudos científicos mostram que os gatos conseguem identificar emoções humanas e responder a elas.
Em alguns casos, eles até passam mais tempo próximos de pessoas deprimidas, como se percebessem que alguém precisa de companhia extra.
O exemplo mais famoso talvez seja o de Oscar, um gato que vivia em um centro de enfermagem em Rhode Island, nos Estados Unidos. Ele ficou conhecido por prever a morte de pacientes, deitando-se ao lado deles pouco antes do falecimento.
Especialistas acreditam que Oscar não estava “sentindo a alma ir embora”, mas detectando alterações químicas e hormonais que o corpo libera nessa fase.
Além disso, os gatos têm um olfato muito apurado, capaz de perceber essas mudanças invisíveis para nós.
Emoções fortes, como medo, tristeza ou alegria, podem alterar hormônios e odores corporais.
E é justamente essa sensibilidade que faz os felinos parecerem “detectar energias”.
Como eles reagem a essas mudanças?
Segundo o Catster, quando um gato percebe energia negativa ou um humor pesado, ele pode reagir de diferentes formas:
- Se esconder. É a resposta mais comum: buscar um local seguro e ficar longe até que a situação melhore.
- Agressividade. Em alguns casos, o gato pode se sentir ameaçado e responder com rosnados, patadas ou até mordidas.
- Indiferença. Simplesmente se afastar e ignorar a pessoa, mantendo a paz.
Por outro lado, quando percebem emoções positivas ou vulnerabilidade, muitos gatos se aproximam, ficam mais carinhosos e até trazem conforto ao tutor.
Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.