'É da raça dengo': Tutora mostra como seu cachorro se comporta e acaba descobrindo 'nova' raça de cachorros
Por Larissa Soares em Cães
Se dengo fosse uma raça de cachorro, provavelmente seria igual ao Chiquinho. Esse chihuahua mix carinhoso conquistou não só a família que o adotou, mas também milhares de internautas.
Mas quem vê Chiquinho se derretendo no colo das tutoras, não imagina que ele teve um começo de vida difícil.
O cãozinho sofreu maus-tratos e só encontrou paz depois de ser resgatado por protetoras.
“Chiquinho era maltratado pelos antigos donos e foi resgatado por umas titias muito queridas. Quando a mamãe Vi viu a publicação sobre a adoção, logo se apaixonou por esse pequenino”, contou a tutora no Instagram dos cães.
Desde então, a vida do cãozinho mudou por completo. Agora, o que não falta é amor e muito colo.
‘É da raça dengo’
Em um vídeo recente que viralizou nas redes, Chiquinho aparece em vários momentos diferentes, mas sempre da mesma forma apaixonante.
Em várias cenas, ele aparece se jogando no colo da tutora, como se aquele fosse o único lugar do mundo em que ele gostaria de estar.
E o olhar… ah, o olhar! É o tipo de olhar apaixonado que dispensa legendas.
Nos comentários, internautas se derreteram:
“Ele é perfeito”, disseram muitos.
“Eu não resistiria se deitasse em mim assim”, comentou outra pessoa.
“Ele toda hora: obrigado, mamãe”, imaginou mais um.
“Ownn, ele é muito bebêzinho dengoso”, disse outro.
“É da raça dengo”, concluiu um internauta.
E não tem como discordar. Se existir um padrão oficial para essa “nova raça”, Chiquinho seria o representante número um.
Por que alguns cães são tão carinhosos?
De acordo com o veterinário Zac Pilossoph, em entrevista ao Daily Paws, o comportamento afetuoso em cães tem ligação com a forma como eles se relacionam com a família.
O contato físico é uma maneira de reforçar laços, assim como fariam com outros cães em um grupo.
Quando um cão se encosta, se esfrega ou busca o colo, ele está, na verdade, dizendo: “você faz parte da minha matilha”.
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Já a especialista em comportamento animal Kristyn Echterling-Savage alerta que nem sempre o aconchego significa apenas carinho.
Alguns cães procuram proximidade também quando estão com medo, seja por tempestades, fogos de artifício ou sons que os assustam.
Nesses casos, é importante identificar o contexto para não reforçar o medo sem querer.
Nem todo cão é como o Chiquinho e está tudo bem
É comum pensar que todos os cães gostam de abraços e cafunés, mas isso não é verdade.
A especialista explica que cada cachorro demonstra afeto de uma forma: alguns adoram dormir no colo, outros preferem apenas deitar perto, e alguns podem não gostar de contato físico direto.
O portal PetMD lembra que há diferentes motivos para um cão evitar carinho.
- Histórico de maus-tratos: infelizmente, experiências negativas no passado podem deixar o animal desconfiado do toque humano.
- Dores: problemas articulares ou até pequenas lesões podem fazer o contato ser desconfortável.
- Personalidade: além disso, existem cães que simplesmente “nasceram assim” e não apreciam muito contato físico, do mesmo jeito que algumas pessoas não gostam de abraços.
Isso não significa que eles não amam seus tutores. O amor canino pode se manifestar de várias maneiras.
Como os cães demonstram afeto
De acordo com a especialista em comportamento Fiona Whelan, existem muitos sinais de amor que vão além do aconchego:
- Festa quando você chega em casa: pular, correr e abanar o rabo são formas de dizer o quanto você fez falta.
- Lambidas: embora alguns tutores não gostem, lambidas são um gesto de carinho, liberando endorfinas tanto no cão quanto em quem recebe.
- Rabo abanando: quanto mais rápido, mais feliz e animado o cão está.
- Trazendo brinquedos ou ossos: é como se fosse um presente.
- Seguindo você pela casa: sinal de apego e segurança.
- Dormindo junto ou perto: herança do instinto de matilha, mostra confiança.
- Apoiar-se em você: gesto de conforto e proteção.
- Olhar nos olhos: libera ocitocina, o famoso “hormônio do amor”, fortalecendo o vínculo.
- Tentar confortar você: muitos cães percebem quando o tutor está triste e se aproximam para oferecer apoio.
Mesmo que o seu pet não seja do “time dos dengosos profissionais” como Chiquinho, é muito provável que ele esteja demonstrando amor de outras formas, basta observar.
Amor além dos carinhos
A especialista Kristyn Echterling-Savage reforça que o vínculo com os cães pode (e deve) ser construído de várias maneiras além do carinho físico.
Brincadeiras, passeios, treinos de reforço positivo e até momentos de descanso lado a lado são formas poderosas de fortalecer a relação.
“Embora abraçar seja divertido, muitas outras atividades são essenciais para o bem-estar físico, emocional e social do cachorro”, explica.
Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.
