Há 3 anos sem família, cachorrinha caramelo conhecida por ser a pet perfeita não 'entende' por que ainda não foi adotada

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em Proteção Animal

Há três anos, a vida de Juju mudou drasticamente. A cadelinha de porte médio, com cerca de 15 kg, foi encontrada em um morro demolido próximo à Rodovia Rio-Santos, em São Sebastião (SP), após ter sido abandonada.

Desde então, ela vive sob os cuidados do grupo de proteção animal Caiçarinhas, do Litoral Norte de São Paulo, mas segue no mesmo morro aguardando pela chance de conhecer o aconchego de uma família.

Do abandono ao resgate

Segundo voluntários, Juju foi localizada junto de sua filha, ainda filhote, em situação de risco e vulnerabilidade. As duas sobreviveram graças ao apoio de protetores independentes, que forneciam ração e acompanhamento veterinário.

Enquanto a filha encontrou um lar definitivo recentemente, Juju continua sem ser adotada.

“Ela é calma, carinhosa e muito parceira. Pessoalmente é encantadora”, explicou Renata Monteiro, voluntária do Caiçarinhas.

Por que a espera continua

De acordo com a equipe, alguns interessados chegaram a se manifestar, mas sempre havia a tentativa de adoção conjunta com a filha.

Com isso, Juju permaneceu sem família. Agora, com quatro anos de idade, segue pronta para recomeçar.

“Ela se adapta facilmente a outros cães, convive bem em diferentes ambientes e já está acostumada com a rotina de cuidados. Não entendemos por que ainda não foi adotada, já que reúne tudo o que as pessoas procuram em um animal de estimação”, reforçou Renata.

O lar ideal para Juju

Por ser tranquila e sociável, a cadelinha pode conviver tanto com famílias quanto com tutores que vivem sozinhos. Seu porte pequeno e temperamento dócil facilitam a adaptação em diferentes espaços, inclusive casas menores.

Um convite à adoção responsável

Enquanto muitos filhotes encontram rapidamente uma casa, cães adultos como Juju acabam permanecendo esquecidos em abrigos e projetos de acolhimento. Sempre importante lembrar que a adoção responsável pode transformar destinos.

“Quando vemos um animal ganhar uma nova chance, sentimos que todo o esforço vale a pena. Esperamos que agora seja a vez da Juju”, concluiu Renata.

Para conhecer Juju e outros cães que aguardam adoção, acompanhe o trabalho do projeto Caiçarinhas no Instagram @caicarinhas.protecaoanimal.

A importância da castração para evitar histórias de abandono

O caso de Juju e sua filha mostra como a falta de castração ainda resulta em histórias de sofrimento.

Enquanto Maitê, hoje rebatizada de Ursa, conseguiu um lar, a mãe continua vivendo há três anos em situação de vulnerabilidade no litoral norte de São Paulo.

Ambas foram abandonadas e só sobreviveram graças ao apoio de protetores independentes. Se tivessem sido castradas, provavelmente esse ciclo de abandono e incertezas teria sido evitado.

De acordo com a ONG Indefesos veterinários reforçam que a castração é uma medida de saúde e bem-estar, recomendada antes dos seis meses de idade, principalmente para fêmeas, antes do primeiro cio.

Além de controlar a população, o procedimento reduz riscos graves como câncer de mama, infecções uterinas e gravidez psicológica.

No caso dos machos, a castração também é benéfica: previne câncer de próstata e testículos, diminui a agressividade e reduz as chances de fugas e marcação excessiva de território.

Outro ponto importante é que hoje existem diversos programas municipais que oferecem castração a baixo custo ou até gratuita, justamente para incentivar os tutores a adotarem essa prática.

O investimento é pequeno se comparado ao impacto que pode causar na vida dos animais.

Além de evitar o nascimento de ninhadas indesejadas, a castração garante qualidade de vida, longevidade e reduz o número de cães e gatos abandonados.

Beatriz é jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Escrita Criativa e Editoração pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera. Apaixonada por narrativas envolventes e pelo universo pet, ela também possui certificação em Storytelling para Marketing Digital pela Santander Open Academy, o que complementa sua habilidade de transformar histórias reais em conteúdos informativos e inspiradores. Dedica-se à produção de reportagens que valorizam a convivência ética e afetiva entre humanos e animais de estimação, promovendo empatia, informação de qualidade e o respeito aos animais.