'Se loco, não compensa': Pitmonster gigante desiste de entrar ao ver como gato o encarava e cena diverte

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Um pitmonster mostrou que coragem não tem nada a ver com tamanho. Braddock, conhecido no Instagram como “pitmonster”, viralizou nas redes sociais depois de recuar diante da postura de um gato em uma clínica veterinária.

O vídeo, publicado em 28 de março, já acumula mais de 780 mil visualizações, 76 mil curtidas e quase 900 comentários, divertindo tutores de pets em todo o Brasil.

Lis Acacia Guerra e Gustavo Guerra são os tutores de Braddock, que reúne mais de 4.900 fãs online.

Moradores de Curitiba, no Paraná, eles convivem diariamente com um cão que, apesar do apelido “monster”, está mais para um cavalheiro respeitoso do que para um valentão.

A cena que conquistou a internet começou de forma simples. Braddock caminhava com a guia até a porta da clínica quando avistou o recepcionista mais intimidador possível: um gato.

O felino, com olhar firme e alguns sons de alerta, deixou claro que aquele espaço tinha dono. Foi o suficiente para que o cão parasse em frente à entrada e ficasse imóvel.

O tutor Gustavo ainda tentou convencê-lo a seguir em frente. Do outro lado da porta, Lis chamava pelo cachorro, incentivando-o a entrar.

Nada adiantou. Braddock preferiu preservar a integridade física e a dignidade, mesmo que isso significasse recuar diante de um adversário com, no máximo, 5 quilos.

“Essa vai pro feed porque se eu conto ninguém acredita…”, escreveu a família na legenda do vídeo.

br>Nos comentários, internautas se divertiram com a cena. “A autoconfiança dos gatos deveria ser encapsulada e vendida”, disse Paula.

br>Isabel entrou no clima da piada e escreveu: “Eu acho um absurdo um animal tão perigoso desses andar por aí sem focinheira! E se ele atacasse o pobre do pitbull? O bichinho todo se tremendo e a jaguatirica ali indo para cima…”.

br>Outro seguidor resumiu com humor: “O gato: entra aqui se tu é monster mesmo”.br>

No fim, a disputa foi resolvida de maneira inesperada. Sem conseguir convencer o pitbull a atravessar a porta, Gustavo precisou pegá-lo no colo.

Se não fosse isso, possivelmente a cena ainda estaria em looping na frente da clínica.

Braddock mostrou que nem sempre é preciso enfrentar uma situação para provar sua força.

Já para os seguidores do pitmonster, fica a certeza de que, por trás da aparência imponente, existe um cão que prefere a paz ao confronto.

Assista:

De onde surgiu o Pit Monster

De acordo com a revista Cães & Cia, o Pit Monster é resultado de anos de seleção que começaram ainda na década de 1990.

Na época, alguns exemplares de American Pit Bull Terrier se distanciaram do padrão original por apresentarem estrutura mais pesada, musculatura reforçada e temperamento equilibrado.

Esses cães, inicialmente chamados de Pitbulls XL nos Estados Unidos, acabaram conquistando criadores brasileiros, que investiram em linhagens importadas e em cruzamentos estratégicos para chegar ao que conhecemos hoje.

A proposta sempre foi clara: unir aparência imponente a um temperamento dócil.

Criadores como Pedro Sangreal, de Guaratinguetá, e Lucas de Oliveira, de Sorocaba, destacam que a primeira reação de quem encontra a raça é se impressionar com o tamanho da cabeça e a força física.

Logo em seguida, no entanto, a surpresa vem pelo lado oposto: o comportamento tranquilo, companheiro e acessível até para famílias com crianças.

Segundo Beatriz Taques, presidente da International Bully Coalition (IBC), entidade que oficializou a raça em 2016, o Pit Monster nasceu justamente desse contraste.

O cão é robusto, de ossos largos e mandíbula bem marcada, mas seu padrão exige equilíbrio de temperamento.

Hoje, além da IBC, entidades como a Sobraci e a Cinobras também reconhecem o Pit Monster, que segue em expansão no Brasil e já desperta interesse de criadores no exterior.

Padrão e Características do Pit Monster

O Pit Monster é um cão musculoso, equilibrado e de grande força, com aparência imponente, mas temperamento dócil e companheiro.

Possui cabeça larga e focinho profundo, corpo robusto, membros musculosos e movimentação poderosa e confiante.

A pelagem é curta, macia e aceita todas as cores, e a raça não exige grooming especial.

Segundo a ALKC, o Pit Monster está no grupo de raças em desenvolvimento, com altura mínima de 54‑62 cm para machos e 50‑58 cm para fêmeas, e peso mínimo de 50 kg para machos e 45 kg para fêmeas, priorizando sempre harmonia corporal.

A AIC reforça que apenas cães com genealogia Pit Monster podem ser registrados, mantendo a integridade da raça.

Beatriz é jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Escrita Criativa e Editoração pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera. Apaixonada por narrativas envolventes e pelo universo pet, ela também possui certificação em Storytelling para Marketing Digital pela Santander Open Academy, o que complementa sua habilidade de transformar histórias reais em conteúdos informativos e inspiradores. Dedica-se à produção de reportagens que valorizam a convivência ética e afetiva entre humanos e animais de estimação, promovendo empatia, informação de qualidade e o respeito aos animais.