Homem constrói casa na árvore para gato tímido ter sua tão preciosa privacidade e resultado encanta

O dia em que Lisa encontrou um pequeno gato laranja escondido atrás de uma máquina no trabalho, ela provavelmente não imaginava que aquele encontro mudaria a sua vida para sempre.

“Um dos rapazes me chamou e disse: ‘Ei, Lisa, tem um gatinho no prédio dois. Acho que alguém o abandonou.’ Fui até lá e encontrei o Ravioli, todo sujinho”, contou ela ao canal GeoBeats Animals.

Lisa acolheu aquele gatinho laranja coberto de graxa, levou-o para casa e deu um banho.

“Ele amou todo mundo. Adorou até o nosso cachorro”, relembra.

Nos primeiros dias, Ravioli se mostrou um gato dócil, mas reservado. Gostava de companhia, sim, mas tinha seu próprio ritmo.

“Ele é meio solitário, gosta de ficar no cantinho dele”, disse Lisa.

O cantinho, no caso, não era o sofá ou a cama, mas uma velha nogueira-pecã no quintal da família.

Foi ali que o gato tímido encontrou o seu refúgio particular. No alto de um dos galhos, onde podia observar tudo em silêncio.

Lisa conta que o marido logo percebeu o apego do gato à árvore e resolveu agir.

“Ele percebeu que o Ravioli adorava ficar lá em cima e decidiu construir uma escada que levasse até o topo. E um dia simplesmente pensou: ‘Por que não construir uma casinha lá para ele?’”, lembra.

Um projeto feito com amor

A ideia que começou como uma brincadeira se transformou em um pequeno projeto arquitetônico felino.

O marido de Lisa levou cerca de duas semanas para finalizar a construção. “Ficou a coisa mais fofa do mundo”, disse ela.

O resultado é uma casa na árvore com direito a cobertura, janelas e espaço suficiente para Ravioli se espreguiçar e dormir tranquilo. É lá que ele passa boa parte do dia, observando o movimento da propriedade de 13 acres que a família possui.

“Assim que ele vê eu e meu marido saindo, começa a miar e desce correndo para nos cumprimentar”, contou Lisa. “Ele costuma passear pelo bosque, mas sempre volta para a sua árvore. À noite, entra na casinha, e eu levo a comida até lá. É como se ele recebesse as refeições ‘entregues em casa’.”

A estrutura se tornou uma espécie de “refúgio particular”, mas Ravioli também tem outras opções de hospedagem.

“Temos casinhas aquecidas para gatos na varanda dos fundos, então, se estiver frio, ele se aconchega lá. E temos outra casa na árvore no bosque, que meu marido construiu para nossa filha. E Ravioli usa essa como sua ‘casa de férias’.”

Uma vida de luxo

O vídeo de Ravioli publicado pelo GeoBeats conquistou o coração dos internautas, que se encantaram com a dedicação do casal e a tranquilidade do gato.

“Ele tem uma casa na árvore, uma casa de férias e uma casa aquecida? Onde posso obter o formulário de adoção para esta família, por favor?”, brincou um usuário.

“Que menino fofo! A casa na árvore dele é linda”, disse outro.

“Meus quatro gatos laranjas estão reclamando que não têm uma casa na árvore. Acho que eles estão tramando alguma coisa depois de ver este vídeo”, brincou mais uma pessoa.

Por que os gatos gostam de ficar no alto?

Como descendentes de caçadores e, ao mesmo tempo, presas em potencial, os felinos aprenderam a buscar locais altos tanto para caçar quanto para se proteger.

“Observar a área de um local elevado permite que os gatos vejam os arredores em busca de comida e se mantenham seguros contra predadores”, explica a veterinária Hannah Hart, em um artigo no PetMD.

Além da questão instintiva, o comportamento de ficar nas alturas também tem um lado emocional. Locais altos oferecem silêncio e isolamento, o que é apreciado por gatos mais tímidos, como Ravioli.

“Quando os gatos estão estressados ou doentes, eles podem procurar lugares altos com mais frequência para se sentirem seguros e protegidos”, diz.

Esses espaços também ajudam na convivência entre gatos, já que ampliam o território vertical. Em lares com mais de um felino, um pode preferir o chão, enquanto o outro reivindica o topo das estantes ou prateleiras.

E há ainda o fator conforto: o ar quente sobe, tornando as alturas lugares mais aquecidos para descansar, especialmente durante o inverno.