'Ele todo derretido': Filhote que conheceu o pior do ser humano finalmente descobre o amor e momento comove

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em Proteção Animal

Athos não conhecia quase nada de bom da vida. Com apenas quatro meses, ele e seus irmãos já tinham experimentado o pior do ser humano.

Encontrados sofrendo maus-tratos em uma comunidade de Campinas, todos os filhotes estavam assustados e desconfiados e dois deles estavam machucados por pedras.

O que deveria ser a fase mais doce da vida de um filhote acabou marcada por medo, fome e violência.

“Eles estão com medo do ser humano e por isso o quanto antes encontrarem famílias amorosas, mais rápido esqueceram o pior do ser humano”, publicou a GAVAA (Grupo de Apoio a Vida Animal e Ambiental), responsável pelo resgate.

O vídeo que emocionou milhares

Athos precisava de alguém disposto a reescrever sua história do zero e esse dia finalmente chegou. Após semanas aguardando uma chance, Athos foi adotado e o vídeo desse momento encantou milhares.

No registro, Athos aparece tímido, com as orelhinhas baixas, o corpo todo encolhido, sem entender muito bem o que estava prestes a acontecer.

Mas basta sua nova tutora se aproximar para algo dentro dele mudar. Ele se aproxima devagar, cheira, hesita… e então simplesmente se entrega.

Se derrete no colo dela, como se naquele instante tivesse descoberto que amor também existe para ele.

"O momento em que cãozinho abandonado conhece o amor e respeito”, escreveu o GAVAA.
“Parabéns para essa mulher que adotou esse anjinho. Que venham muitas bênçãos para eles”, escreveu um seguidor nos comentários.
“Ele todo derretido”, observou outra pessoa.
“E essa carinha dele de conforto se largando no colo dela? Que demais! Todos merecem uma vida assim!”, disse mais um.

Athos parecia, enfim, entender que estava seguro.

O amor muda tudo

Às vezes, tudo o que um cãozinho traumatizado precisa é experimentar o amor de verdade.

Um desses casos é o do filhotinho Salva, resgatado no Peru pela protetora Estefanía. Ele vasculhava lixo no meio da rua, sujo, faminto e tomado por pulgas e carrapatos.

Ao ver humanos se aproximando, gritou de desespero, já que na cabecinha dele o contato humano era sinônimo de dor. Mas Estefanía não desistiu.

“Não foi a melhor apresentação. Mas eu estava tentando salvar você. No seu olhar se refletia a dor. Mas essa dor se transformaria em amor”, escreveu a protetora.

Os primeiros dias foram difíceis. Salva se escondia, tremia, evitava qualquer toque. Mas no quarto dia, algo começou a se abrir dentro dele.

Ele se aproximou timidamente da porta do quarto de Estefanía, como se pedisse permissão para tentar confiar. A partir dali, dormiu em uma caminha pela primeira vez, latiu, brincou e até ‘sorriu’.

“4 meses de abandono versus 9 dias de amor. Nota a diferença?”, escreveu ela.

Hoje, Salva se tornou um cachorro alegre e cheio de vida.

De uma gaiola de 50 cm para um sofá macio

Outro caso que viralizou recentemente foi o de Juju, uma shih-tzu resgatada de um canil clandestino em Minas Gerais.

Ela viveu anos encolhida em uma gaiola de 50x50 cm, sem enxergar nada além das grades, sem carinho e sem qualquer cuidado básico.

Chegou tão debilitada que já havia perdido os dentes inferiores e tinha medo até de pessoas caminhando perto dela.

“Ela tem muito medo. Humanos, que deveriam protegê-la, a ameaçaram e maltrataram. Nossa missão agora é mostrar que nem todos são assim”, contou a nova tutora, Barbara Andrade.

Em poucos dias, Juju já havia tomado banho, descansado no sofá e até aceitado colo, sempre aos poucos, sempre no ritmo dela. Ganhou também o apoio de Aurora, a spitz da família, que passou a guiá-la nessa nova vida.

Assim como Athos, Juju só precisava de algo que nunca tinha recebido: segurança.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.