"Que sufoco": Família fica aflita com gatinho preso no telhado por 2 dias até ter uma ideia genial para ajudá-lo
Por Larissa Soares em Proteção Animal
Dois dias. Foi esse o tempo que um pequeno gatinho branco passou preso no telhado da casa da mãe de Murilo Bastos, sem comida, sem água e sem qualquer forma segura de sair dali.
Assustado, miando baixinho e sempre escondido, ele parecia ter sido esquecido pelo mundo. Até que uma família decidiu que não permitiria que aquele desfecho fosse o final da história.
“Ele foi rejeitado pela mãe que o deixou nesse telhado sozinho. O lugar era muito alto e de difícil acesso”, contou Murilo no Instagram, onde publicou o vídeo do resgate.
A mãe de Murilo, já desesperada, chorava porque não conseguia ajudar o filhote. A cada tentativa, o pequeno desaparecia pelas frestas. Murilo, então, resolveu agir.
Resgate difícil
A única possível rota de acesso era a janela do banheiro, que não tinha abertura suficiente para passar o corpo inteiro.
O jeito foi improvisar: Murilo desparafusou a janela inteira para conseguir se esticar até o telhado.
Tudo isso equilibrado a uma boa altura e torcendo para não espantar ainda mais o filhote. Mas o gatinho não tornaria nada fácil.
“Apesar de fraco, ele se escondia quando tentávamos resgatá-lo”, relembra Murilo.
O medo, somado à desorientação, deixava o trabalho ainda mais delicado. Eles tentaram atraí-lo com ração, mas o filhote apenas observava de longe. Então surgiu outra ideia: trazer a mãe dele.
“A vizinha conseguiu trazer a mãe dele para ver se conseguíamos atraí-lo, mas ela o rejeitava e se escondia”, contou Murilo.
O plano, que parecia promissor, desmoronou rápido. A gata, colocada no telhado com a ajuda de uma corda, não demonstrou qualquer interesse no filhote.
“Operação vassoura”
Sem desistir, eles tentaram novamente com uma caixa de transporte. E aí veio a engenharia criativa: amarraram a mãe na caixa, posicionaram tudo estrategicamente e esperaram.
Até que a curiosidade venceu o medo.
O filhote foi se aproximando, passo por passo, até decidir entrar na caixa. No mesmo instante, a família agiu. A porta foi empurrada com o cabo de uma vassoura, garantindo que o gatinho não escapasse.
“E finalmente ele entrou na caixa e foi resgatado”, celebrou Murilo. “Que sufoco”, completou na legenda.
Veja o vídeo:
“Vcs são demais!!! Trabalho em equipe!!! Adorei a vassoura em ação! Kk”, comentou uma seguidora.
“Foi emocionante mesmo. Que bom que tudo terminou bem!!”, disse outra.
“Eu amo quem ama os bichinhos”, escreveu mais uma.
O filhote agora está salvo, seguro e acolhido, exatamente como deveria ter estado desde o início.
Outros resgates impressionantes
Em outro canto do mundo, na Califórnia, EUA, uma mulher escutou sons estranhos vindo do banheiro. Era um uivo fininho, insistente.
Quando ela encostou o ouvido na parede, percebeu que não era coisa da cabeça: havia gatinhos chorando lá dentro.
Ela ligou para a Fundação Kirkland, especializada em resgates.
O socorrista Joey Phipps chegou rapidamente e, pouco depois, recebeu apoio de Brandi e Sydney Sherman, do Fresno TNR.
Depois de vasculharem o banheiro, perceberam que os filhotes haviam caído do sótão e escorregado por uma abertura entre as paredes.
Não havia outra alternativa: era preciso abrir buracos no banheiro.
Com muito cuidado, Phipps perfurou a parede até encontrar o primeiro gatinho: um pequeno focinho cinza coberto de poeira. O segundo estava ainda mais escondido, atrás da pia.
“Assim que a dona da casa percebeu a necessidade de uma reforma inesperada, Joey fez os buracos, retirou os pequenos e os entregou para limpeza”, relatou a Fundação.
Os filhotes sobreviveram, foram avaliados e encaminhados para a adoção.
Resgate ninja em Cabo Frio
Já em Cabo Frio (RJ), a protetora Carol Midori protagonizou um dos resgates mais rápidos já vistos, tão rápido que mal deu tempo de a gatinha miar.
Duas tricolores tinham se escondido em um telhado. Uma delas entrou dentro de um cano estreito, e o risco era enorme: se chovesse, a água poderia arrastá-la para o fundo.
A gatinha estava apavorada e não saía do buraco. Foi preciso apelar para o mais poderoso dos atrativos felinos: um sachê.
Carol colocou o pratinho e esperou. A filhote farejou, deu um passinho tímido, depois outro... até que a resgatadora agiu com a precisão de um ninja.
“Foi rápido mesmo, o gato nem deu tempo de gritar direito kkkkk”, comentou um seguidor.
“Valha minha Nossa Senhora!”, brincou outro.
“Não mi deixaro nem mastigar”, imaginou um terceiro.
Apesar da velocidade, o resgate foi necessário pela urgência. “Só quem resgatou um gatinho sabe que não se pode perder a oportunidade”, disse uma internauta.
Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.













