"Reencontro de almas!": Instantaneamente vira-lata de rua repousa cabeça no colo de menininha que sonhava ter um cão

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em Aqueça o coração

Lavínia, de apenas 5 anos, queria muito um cachorro. O que a menina não imaginava é que o destino levaria esse desejo tão a sério a ponto de entregar o "presente" com iniciativa própria.

Numa noite aparentemente comum, durante um churrasco em família, uma figura simpática e de pelagem preta se aproximou.

Sem cerimônia, a cachorrinha foi direto até Lavínia e começou a enchê-la de lambidas, como se já se conhecessem há tempos.

“A cachorra escolheu ela”, escreveu a mãe, Letícia Massaretto, ao compartilhar o momento no Instagram (@laviniaefamilia). “Adotamos ou não?”, perguntou ela na legenda.

Nos comentários, o público foi unânime:

“Ainda pergunta?? Nem é adoção, é reencontro de um membro da família desaparecido”, brincou uma seguidora.

Para acalmar os corações ansiosos, Letícia respondeu confirmando o que todos esperavam.

“Simmm, claro que adotamos ELA”, contou.

Mas também fez questão de explicar que o processo exigiria cuidado.

“Ela já é um cachorro adulto e que era de rua, então é uma adaptação que exige muita atenção, pois ela tenta fugir e não queremos que ela volte para as ruas…”.

Em um vídeo seguinte, Letícia mostrou o momento em que ela e Lavínia reencontram a cachorrinha pelo bairro e finalmente a levam para casa.

“SIM, nós ADOTAMOS um cachorro de rua! Amigo não se compra. Não compre, adote”.
“Não tenho nem palavras para descrever esse momento, é um reencontro de almas! Muito amor envolvido”, completou.

Mas, como a própria Letícia já havia adiantado, a adaptação não foi isenta de desafios.

“Primeira fuga concluída com sucesso — já resgatada novamente”, brincou.

Por que cães recém-adotados tentam fugir?

Segundo o MaxFund Animal Adoption Center, esse comportamento é tão frequente que tem até um nome: Síndrome da Fuga.

Ela pode acontecer nas primeiras horas, dias ou até semanas após a adoção, especialmente em cães que viviam nas ruas ou em abrigos.

Do ponto de vista humano, parece lógico o cão querer ficar num local onde recebeu cama nova, comida garantida, carinho e segurança.

Mas, para o cachorro, “casa” é o lugar onde ele estava antes, mesmo que esse lugar fosse a rua ou um abrigo.

O novo lar, por mais amoroso que seja, ainda é um território desconhecido e pode causar medo.

Por isso, é importante entender o ponto de vista do cão, ter paciência e tomar alguns cuidados para evitar fugas.

O que fazer para evitar fugas?

A MaxFund orienta que os primeiros dias de um cão de rua no novo lar sejam reconhecidos como um “período crítico”. Algumas recomendações importantes incluem:

  • Redobrar a atenção com portas e portões: muitos cães fogem simplesmente quando alguém abre a porta por descuido.
  • Nunca deixar o cão sozinho no quintal: cercas podem ser escaladas, cavadas ou vencidas com criatividade.
  • Cuidado extra nos passeios: usar guias seguras, coleiras bem ajustadas ou modelos como a martingale ajuda a evitar escapes.
  • Evitar parques sem coleira no início da adoção.
  • Manter a rotina calma: visitas, festas e passeios desnecessários podem aumentar o estresse do animal.
  • Ficar mais tempo em casa, sempre que possível, para fortalecer o vínculo e transmitir segurança.

O centro também reforça que o processo pode levar semanas ou meses, e que paciência é parte fundamental da adoção responsável.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.