Na Alemanha é altamente improvável encontrar um cão ou gato abandonado nas ruas

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Na Alemanha, é bastante comum encontrar cachorros acompanhados de seus donos em ônibus, vagões de trem, restaurantes, bares e lojas pela cidade. Ao mesmo tempo, é altamente improvável encontrar um gato ou cão abandonado nas ruas.

O maior abrigo de animais da Europa se encontra em Berlim, capital alemã. Por lá, moram cerca de 1.400 animais, sob os cuidados de 170 funcionários e 800 voluntários.

O “Tierheim Berlin” é mantido pela organização não-governamental Bem-Estar Animal na Alemanha, mantido por doações de pessoas físicas.

Para manter o abrigo em pleno funcionamento, são necessários €9 milhões de euros (R$ 40 milhões) por ano.

Julia Sassenberg, representante e voluntária da entidade, explica que eles são rigorosos na hora de entregar um animal para adoção. “Quem escolhe adotar aqui precisa preencher uma longa ficha sobre a sua vida. Depois, o animal passa uma semana na casa da pessoa, em uma espécie de teste. Nós também fazemos visitas regulares à casa dos adotantes”.

A voluntária explica que tais cuidados são para a vida toda. “Ninguém pode vender ou abandonar um cachorro ou gato adotado aqui. Se por algum motivo a pessoa não quiser mais ficar com o bichinho de estimação precisa trazê-lo para nós. Quando o animal morre, também temos que ser comunicados”.

Regras mais incisivas e o acompanhamento sempre presente dos voluntários evitam que os animais sejam abandonados ou maltratados.

Quando um indivíduo decide adotar um cão ou gato na Alemanha, é necessário registrá-lo junto ao governo. Os animais recebem um microchip com documentação vinculada ao seu dono.

Para viajarem entre os países da União Europeia, por exemplo, os animais precisam até de passaporte.

Adotar e manter um pet na Alemanha não é barato. É necessário pagar um imposto anual, que varia de cidade a cidade. Na capital, por exemplo, o imposto é de €120, cerca de R$ 531, para o primeiro cachorro e de €180, cerca de R$ 797, para os demais animais.

O Tierheim Berlin ainda abriga coelhos, pássaros, porcos, cabras, ovelhas e até répteis. Boa parte desses animais não estão disponíveis para adoção.

O abriga ajuda a acolher animais que foram abandonados na Alemanha e também que chegaram ao país vindos do leste europeu, atravessando a fronteira ilegalmente.

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Gabriel Pietro têm 20 anos, é redator e freelancer. Fundou o Projeto Acervo Ciência em 2016, com o objetivo de levar astronomia, filosofia e ciência em geral ao público. Em dois anos, o projeto alcançou milhões de internautas e acumulou 400 mil seguidores no Facebook. Como redator, escreveu para vários sites, como o Sociologia Líquida e o Segredos do Mundo. Ainda não sabe se é de humanas ou exatas, Marvel ou DC, liberal ou social-democrata. Ama cinema, política, ciência, economia e música (indie). Ainda tentando descobrir seu lugar no mundo.