Cão mistura de pitbull é encontrado escondido em tubo de obra - e ele não estava só

Em um dia quente de primavera na cidade de Saint Louis, Missouri, nos Estados Unidos, um cachorro de rua encontrou abrigo em uma pilha de canos em um canteiro de obras. Ele permaneceu lá até que funcionários da obra o encontraram.

Os rapazes dobravam a esquina para chegar até a construção para mais um dia de trabalho quando ouviram sons estranhos vindos de um dos canos.

Ao se aproximarem da pilha, depararam-se com um par de olhos azuis cristalinos e um rosnado nada amigável. Era o cão, uma mistura de pitbull.

Os funcionários acreditaram estar lidando com uma mãe protetora, pois o animal não deixava que eles se aproximassem dos canos de forma alguma.

Deixar a pequena família canina ali não era uma opção! Por isso, logo entraram em contato com o abrigo de animais Stray Rescue of St. Louis.

A diretora do abrigo, Donna Lochmann, foi quem recebeu o chamado e, assim que chegou ao local, suspeitou o mesmo que os funcionários: a cachorrinha devia estar protegendo sua ninhada.

“Ela estava meio que colocando a cabeça para fora do cano e rosnando para nós”, disse Lochmann ao The Dodo. “Ela estava apenas protegendo seus filhotes como uma boa mãe deveria”.

Não foi fácil conquistar a confiança da pet! Donna tentou persuadi-la com guloseimas. Ela jogou pedaços de linguiça várias vezes para tentar fazer a cachorra sair de dentro do cano, em vão.

Até que, depois de muito insistir, a pet saiu para pegar um dos pedaços, e foi nesse momento que a mulher conseguiu agarrá-la com uma coleira.

Bom, com a primeira parte concluída, veio a parte mais difícil: conseguir puxar a pet em segurança de dentro do cano. E quando conseguiu, teve uma surpresa: ela não era uma fêmea, e sim um macho.

Donna se impressionou ao ver que, em vez de estar lidando com uma mãe protetora, estava lidando com um pai protetor, ao qual chamou de Peter Piper.

“Já tive momentos em que o pai estava lá com a mãe, mas não me lembro de outro resgate em que fosse apenas um pai com filhotes e nenhuma mãe”, disse Lochmann. “É definitivamente raro quando isso acontece.”

Tendo colocado o pai em segurança no carro, Donna, junto de seu parceiro de trabalho, foram em busca de resgatar os filhotes. Com algum esforço, conseguiram resgatá-los.

“Esses caras eram um pouco mais complicados porque decidiram sentar bem no meio dos canos, o que dificultou um pouco”, disse Lochmann. “Mas, um de cada vez, conseguimos retirá-los.”

Todos reunidos, Donna levou a pequena família para o abrigo. Mesmo em segurança, Peter ainda rosnava para seus salvadores, na tentativa de afastá-los dos filhotes.

“Peter ainda não estava tentando proteger os filhotes de nós após o resgate”, disse Lochmann. “Você poderia dizer que eles estavam todos aliviados.”

Chegando no abrigo, todos passaram por uma avaliação médica, constatando que estavam bem. Estima-se que os filhotes tenham quatro meses de idade.

Os pequeninos receberam os nomes: Penelope Piper, Paisley Piper e Patrick Piper.

O paizão soube cuidar muito bem de sua ninhada, né? Todos do abrigo ficaram encantados em saber do amor desse cão por seus filhotes.

Os quatro foram encaminhados para lares temporários. Logo, Penelope encontrou seu lar definitivo. Já Peter e os outros dois filhotes aguardam para serem adotados.

Torço para que eles não demorem a encontrar seus respectivos lares para sempre.

Por que os cães machos não têm instintos paternos?

Segundo o portal de notícias Wisdom Panel, ao longo do tempo, os cães machos perderam parte do seu instinto de cuidar dos filhotes.

Isso se deve ao fato de que os humanos assumiram muitos dos papéis que um cão-pai desempenharia. Fornecemos comida diária e abrigos seguros para os cães, eliminando a necessidade de caçar e proteger a ninhada.

Atualmente, os cães machos não estão sempre presentes no nascimento dos filhotes, o que reduz ainda mais seus instintos paternos em comparação com os lobos.

No entanto, os cães possuem uma característica inata de gostar de companhia e de fazer parte de um grupo, pois são animais sociais.

Mesmo que não tenham um vínculo especial com seus filhotes, com o tempo eles podem brincar e interagir com seus parentes, assim como fariam com outros cães ou até mesmo humanos.

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