Em cena comovente, bebê gambá se agarra a sua mãezinha durante exame no veterinário

Por
em Notícias

O amor entre mãe e filho ultrapassa barreiras, como comprova esta linda história envolvendo uma mamãe gambá chamada Demeter e seu filhinho. O caso aconteceu na Tasmânia, Austrália.

No início de janeiro, Demeter foi encontrada em apuros, enroscada em uma rede de futebol.

Felizmente, a cena foi percebida por populares que entraram em contato com a equipe do santuário de animais, Bonorong Wildlife Hospital, que foi até o local para resgatar Demeter.

Após resgatar a gambá, a equipe teve uma linda surpresa: Demeter não estava só. A gambá carregava vários filhotinhos em sua bolsa.

Longe dos perigos da rua, os funcionários do Bonorong Wildlife Hospital deram início aos exames para verificar os seus ferimentos, quando mais uma vez, foram surpreendidos.

Enquanto a equipe de resgate a examinava, um dos filhotinhos se recusou a sair do seu lado e ficou esfregando o rosto em suas costas enquanto Demeter estava anestesiada.

“Nossa equipe veterinária estava verificando se a rede não havia cortado seus membros e causado ferimentos – algo que comumente vemos em animais emaranhados”, contou Maya Risberg, do Bonorong Wildlife Sanctuary, ao The Dodo. “Felizmente, este não foi o caso de Demeter. Nós a reidratamos e seus filhos, mas nenhum outro tratamento foi necessário.”

Apesar do susto inicial, Demeter e os seus gambazinhos estavam bem e não corriam risco de vida. A atitude do filhote, porém, marcou positivamente a equipe, que explica o comportamento do animal.

“Os filhotes de gambá, como outros filhotes, são suscetíveis à predação, por isso precisam da proteção de suas mães. Eles também dependem do leite materno para se alimentar, por isso devem ficar sempre por perto. Eles geralmente ficam com as mães por cerca de sete meses antes de começarem a se aventurar por conta própria”, disse Risberg.

Como felizmente a família de gambás estava bem, após os exames clínicos necessários, Demeter e seus filhotes foram devolvidos ao seu lugar: a natureza,

Curiosidades sobre gambás

Os gambás Brushtail são marsupiais amplamente encontrados na Austrália, reconhecidos por suas caudas longas e grossas com uma ponta preênsil. São adaptados para viver perto de humanos, inclusive em áreas urbanas como Sydney. Essas criaturas solitárias e noturnas conseguem se alimentar de plantas que seriam venenosas para outros animais, semelhante aos coalas. Além disso, são capazes de atacar insetos, pequenos invertebrados e ovos.

Acasalamento

Os padrões de acasalamento da espécie variam amplamente. Os gambás na Austrália tropical praticam a monogamia, escolhendo um único parceiro durante a vida. Outros adotam a poligamia, envolvendo vários parceiros, enquanto alguns apresentam variações intermediárias. Estudos revelaram que gambás da montanha adaptam seu comportamento de acasalamento com base na disponibilidade de comida.

Filhotes

Como marsupiais, os gambás têm bolsas e dão à luz filhotes vivos, inicialmente cegos e surdos. Para completar seu desenvolvimento, os filhotes rastejam até a bolsa da mãe, competindo por uma teta. O leite é crucial para seu crescimento, e a sobrevivência depende da capacidade de agarrar um mamilo. Os lábios dos filhotes se unem à teta para garantir uma conexão segura.

Amamentação

O tempo de amamentação varia, mas após esse período, os filhotes geralmente permanecem com a mãe. Mesmo após o desmame, muitos marsupiais se escondem na bolsa para proteção contra predadores e para se manterem aquecidos.

Extinção

Embora algumas espécies, como o gambá comum, estejam estáveis, muitas outras espécies estão em perigo de extinção. Graças aos incêndios, à exploração madeireira e às alterações climáticas, o gambá-fada, ou gambá de Leadbeater, é considerado criticamente ameaçado. Da mesma forma, o planador de mogno está listado como ameaçado devido à rápida velocidade com que seu habitat está sendo desmatado para agricultura, pecuária e madeira. Só na Austrália, até um quarto das 27 espécies de gambás e planadores do país estão listadas como ameaçadas, como explica o National Geographic.