Sem entender falecimento, cachorrinha ainda espera que sua amada ‘mini humana’ volte para casa

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O luto não tem idioma, nem espécie. E Bella, uma cadelinha idosa de 12 anos, têm mostrado isso na prática.

Bella conheceu Ariana no dia em que ela chegou do hospital. A bebê mal tinha aberto os olhos para o mundo e já havia ganhado sua guardiã fiel.

Desde então, as duas se tornaram inseparáveis.

Em vídeos compartilhados pela Fundação Ariana Rye, criada pelos pais da menina, é possível ver a amizade entre as duas florescendo.

Bella aparece deitada sob o berço, como se estivesse protegendo a pequena. Depois, sentada com a menininha no colo, colada como sombra.

Diagnosticada com paralisia cerebral e transtorno do espectro da neuropatia auditiva, Ariana encantou todos ao seu redor com sua luz e coragem.

Mas, infelizmente, em abril de 2024, ela faleceu durante uma viagem da família.

Bella estava presente durante a viagem e também foi levada ao velório. O gesto, segundo a família, foi para dar à cadela o encerramento que ela também merecia.

Mas como explicar a morte para quem ainda espera a porta se abrir?

Mais de um ano depois, Bella continua a visitar o quarto da melhor amiga.

"Ela fica deitada na cama o dia todo, todos os dias", disseram os tutores à Newsweek. "Eu costumo dar espaço a ela. Ou entro lá quando quero conversar com a Ariana."

Os donos contam que colocaram um novo cobertor para proteger o edredom, pois a cachorrinha passa tanto tempo ali que acaba sujando.

“Ela está confusa e com o coração partido”, diz o vídeo da fundação.

As imagens comoveram milhões.

“Ela tinha um brilho dourado... está tudo bem, ela verá seu sol em breve”, comentou um internauta.

Outro resumiu o sentimento de muitos:

“Pensei que esse seria um vídeo saudável e não me faria chorar”.

E chorar é exatamente o que Bella tem feito, à sua maneira.

Luto animal

Segundo o Hospital Veterinário da Universidade Estadual do Colorado, os animais de estimação também vivem o luto — e isso vai muito além da suposição.

Diversas pesquisas em biologia evolutiva, neurociência e comportamento animal mostram que cães, gatos e outros animais têm vidas emocionais profundas.

Eles sentem perda. Eles choram com o corpo, com a ausência, com a mudança de comportamento.

No caso de Bella, ela ficou mais quieta, mais reclusa, mais apegada ao lugar que antes era dividido com sua "mini humana".

A orientação dos especialistas é tratar o luto animal com o mesmo carinho e paciência que teríamos com um humano em sofrimento.

Mudanças na alimentação, no sono e no comportamento podem ser temporárias, mas exigem atenção.

Criar novas rotinas, envolver o pet em atividades, oferecer companhia e estímulo são passos importantes para ajudar na reorganização emocional da "matilha".

Redatora.