‘Elvira e sua pulga’: Cadela gigante resgatada de maus-tratos ganha melhor amiga minúscula

"É o amor mais lindo que já vi na vida. São minhas duas preciosidades."

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em Aqueça o coração

Quando a tutora Álita Pedrosa decidiu adotar mais um pet, ela tinha dúvidas se Elvira, uma fila brasileira gigantesca, se daria bem com uma companheira pequenininha.

Mas a resposta veio da forma mais fofa e emocionante possível.

“Pegamos a Elvira há uns dois anos”, contou Álita ao Amo Meu Pet. “Ela foi resgatada pelos meus sogros da fazenda do vizinho, onde sofria maus-tratos. Estava presa numa corrente, apanhava e era só pele e osso.”

Com o tempo e muito amor, Elvira se transformou. Forte, afetuosa e apegada, ela roubou o coração de Álita.

“Sempre que eu ia caminhar, olhar a paisagem, ver o lago, a Elvira me acompanhava. Estava sempre comigo. Então pedi para o meu esposo trazermos ela para morar com a gente”, relembra.

Foi assim que Elvira se tornou a ‘bebê’ do casal. E ela foi a única por dois anos. O plano de ter uma segunda cachorrinha existia, mas vinha com receios.

Como Elvira é muito grande e pesada, ela não sobe no sofá nem na cama. Mas e se um cão menor conseguisse, será que ela não ficaria com ciúmes?

“Tínhamos medo de que [...] a Elvira se sentisse deixada de lado por achar que a outra estaria mais próxima de nós”, contou.

O tempo passou, até que o destino, ou melhor, uma visita à casa da tia, colocou Mily no caminho do casal.

“Foi amor à primeira vista! Quando a Mily cresceu um pouquinho, levamos ela para casa.”

Mas o medo persistia. Mily ficou isolada nos primeiros dois dias, por segurança. Ela era minúscula, e Elvira… bem, Elvira é um tanque de guerra carinhoso.

Só que Mily não queria saber de isolamento. Ela chorava muito. Até que Álita decidiu deixar a filhote dar uma voltinha.

Foi aí que a história mudou.

Amor à primeira farejada

Assim que viu a Elvira pela primeira vez, Mily não quis mais desgrudar.

“Foi impressionante ver o cuidado que a Elvira teve com ela”, contou. “O choro acabou. E se tirássemos a Mily de perto da Elvira, ela fazia um escândalo.”

Desde então, a pequenininha não larga da grandona. Dorme em cima dela, segue por todos os cantos e não quer se afastar da irmã mais velha nem durante as refeições.

“Tenho que pegar a Mily no colo pra Elvira comer tranquila. Senão ela vai lá e quer comer junto.”

Recentemente, Álita compartilhou essa amizade fofa no TikTok (@litapedrosa) e derreteu o coração de milhares de pessoas. A legenda resume: “Quando a gente achou que ia ter ciúmes… nasceu uma amizade linda!”

“A Elvira nitidamente confortável com a sua nova pulga”, brincou um usuário.
“Eu tenho minhas dúvidas se a Elvira se deu conta da existência da Mily”, brincou outro.
“Eu procurando onde está Mily em todos os takes kkkkk”, disse um terceiro.
“A Elvira sendo uma senhora de suéter de crochê, impossível essa amizade dar errado”, comentou mais um.

No final, Elvira, que passou uma vida sendo rejeitada e ferida, encontrou não só um lar cheio de carinho, mas também uma parceira inseparável.

“A Mily virou literalmente um carrapatinho da Elvira. É o amor mais lindo que já vi na vida”, afirma Álita. “São minhas duas preciosidades.”

Cães grandes e pequenos podem viver juntos?

De acordo com o American Kennel Club (AKC), cães de portes muito diferentes podem sim viver (e se amar) sob o mesmo teto, desde que os tutores tomem alguns cuidados.

A treinadora Amber Quann explica que o segredo está em respeitar o temperamento, a idade e a experiência prévia dos cães. Cães com traços predatórios muito marcados, por exemplo, podem não ser ideais para conviver com cães muito pequenos.

Mas não há nenhuma regra proibitiva. A integração deve ser feita de forma gradual, com supervisão, reforço positivo e, claro, respeito aos limites dos dois cães.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.