'Virei uma galinha': Jovem compra 5 pintinhos, mas não contava que eles teriam 'dependência emocional'
Por Ana Carolina Câmara em Mundo Animal
Cinco pintinhos foram os bichinhos que Maitê Silveira, moradora de Florianópolis, Santa Catarina, decidiu ter como animais de estimação.
Talvez ela não imaginasse que esses filhotes dariam tanto trabalho. Eles desenvolveram uma dependência emocional tão grande que fizeram Maitê declarar, em tom bem-humorado: "Virei uma galinha!".
Pois é... Ser mãe de pintinhos não é uma tarefa tão fácil quanto parece. A missão exige abdicação, paciência e muita dedicação, afinal, eles não desgrudam dela por nada.
"Virei uma galinha!"
Por serem muito pequeninos, ao comprar os filhotes, Maitê decidiu mantê-los dentro de casa. O que ela não imaginava é que isso mudaria completamente sua rotina.
Na ausência da mãe, os pintinhos passaram a sentir falta de algo ou alguém para se aconchegar. E resolveram esse problema da forma mais fofa possível: transformaram o pescoço de Maitê em um ninho.
Isso mesmo! Por volta das 17 horas, os filhotes começam a piar sem parar, e só se acalmam lá pelas 22h, quando Maitê os coloca juntinho ao pescoço para dormir.
É nesse momento que eles finalmente se sentem seguros e confortáveis.
Veja:
Maitê deixou claro que não comprou os pintinhos com a intenção de abatê-los, mas sim para criá-los de forma responsável, com o objetivo de ter ovos frescos em casa.
Para ela, as aves são muito mais do que simples galinhas, são companheirinhas. Cada uma ganhou um nome e uma descrição que reflete sua personalidade.
A Neide é a mais bravinha do grupo, cheia de atitude. A Judite se destaca por ser extremamente doce e tranquila. Já a Márcia é a mais apegada à tutora, seguindo Maitê por todos os cantos.
A Jurema também é muito mansinha. E por fim, a Gertrudes, que segundo Maitê, é a mais diferente de todas.
Repercussão
Maitê compartilhou um vídeo mostrando os desafios que viveu nos primeiros dias com os pintinhos em casa. A publicação foi postada no seu perfil do TikTok, @maitesilveira, no dia 12 de junho.
O vídeo viralizou, alcançando mais de 3,3 milhões de visualizações e gerando milhares de comentários divertidos.
"A moça visivelmente exausta... Ser mãe solo e não ter rede de apoio é muito triste, ainda mais com tantos bebês", brincou uma internauta.
Assista:
Mas ao que tudo indica, a fase mais intensa da “maternidade” de Maitê já passou. Os pintinhos cresceram, estão mais independentes e agora dormem no galinheiro — que, por sinal, é um verdadeiro luxo!
Confira:
Que fofuras!
Por que os pintinhos agiram assim?
O comportamento dos pintinhos relatado por Maitê é explicado por um fenômeno natural chamado imprinting filial.
Segundo a revista Frontiers in Physiology, esse processo ocorre logo após o nascimento, quando os pintinhos se fixam emocionalmente no primeiro ser vivo em movimento que veem, geralmente a mãe ou, no caso, a tutora humana que os acolheu.
Essa fixação faz com que os filhotes busquem constantemente proximidade, aconchego e proteção com a figura que reconheceram como referência.
É por isso que eles insistiam em se aninhar no pescoço de Maitê: ela passou a ser, para eles, uma substituta da galinha-mãe.
O estudo também explica que essa memória de vinculação é armazenada em regiões do cérebro associadas à memória de longo prazo, o que reforça o apego intenso nos primeiros dias de vida.
Redatora e apresentadora do Canal Amo Meu Pet.
Com formação em Design de Produtos e especialização em Design de Interiores pela Universidade de Passo Fundo, a Ana encontrou sua verdadeira paixão ao unir criatividade, comunicação e o amor pelos animais.
Apaixonada por contar histórias que tocam o coração, ela estudou Escrita Criativa com o escritor Samer Agi e participa do programa JournalismAI Discovery, organizado pela Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres e a Iniciativa de Notícias do Google, buscando se aprofundar no universo digital.
Hoje, dedica-se a produção de conteúdos que informam, emocionam, conscientizam e arrancam sorrisos.