Policial vê pequena bola de pelos sobre gelo derretido e descobre cena que parte o coração

Em uma noite fria de fevereiro, um policial que patrulhava as estradas da Nova Escócia, no Canadá, avistou uma pequena bola de pelos branca à beira da estrada.

Ao se aproximar com a viatura, o policial percebeu que o animal era um coelho, gravemente ferido, deitado sobre uma poça de neve derretida.

Deixá-lo ali não era uma opção!

Com cuidado, o policial colocou o coelhinho dentro da viatura e o levou até a delegacia, na esperança de conseguir ajuda a tempo.

Recomeço

Ao chegar à delegacia, o policial entrou em contato com a Honey's Bunnies Rabbit Rescue, uma organização especializada no resgate e reabilitação de coelhos domésticos, e pediu ajuda para salvar o animalzinho.

Quem atendeu ao chamado foi Lindsay Macaulay, coproprietária da Honey's Bunnies Rabbit Rescue, que ficou em choque ao ver o estado do coelhinho.

Em entrevista ao The Dodo, Lindsay contou que havia algo claramente errado: ele estava sangrando e não conseguia mover as patas traseiras. Sem perder tempo, ela o levou para uma consulta veterinária.

As notícias dadas pelo veterinário não foram animadoras: o coelhinho apresentava hemorragia interna, anemia e a cauda deslocada. A suspeita era de que ele tivesse sido abandonado e, em seguida, atropelado por um carro.

Após ficar em observação e receber analgésicos para aliviar a dor, o coelhinho recebeu alta. Lindsay o levou para casa com o coração apertado, temendo o pior.

No entanto, ao olhar nos olhinhos confiantes do pequeno, sentiu que ele não estava pronto para desistir - e ela também não.

No dia seguinte, Lindsay entrou em contato com uma veterinária especializada em coelhos e, juntas, iniciaram uma nova etapa no tratamento para salvar Puddles, nome carinhoso que ela deu ao pequeno sobrevivente.

Além das sessões de laserterapia para estimular a circulação sanguínea, Puddles precisaria permanecer em repouso absoluto na gaiola por várias semanas para se recuperar.

Lindsay contou que temia pela recuperação de Puddles, pois sabia que coelhos são criaturas muito sensíveis.

Segundo ela, quando estão doentes ou feridos, eles demonstram isso claramente: deixam de se alimentar e evitam qualquer tipo de interação.

Mas ao contrário do que Lindsay imaginava, tudo o que aquele pequenino queria era carinho, e surpreendentemente, ele não rejeitava comida.

Puddles estava determinado a lutar pela própria vida.

A amizade

E foi nessa jornada de recuperação que Puddles fez uma amizade mais do que especial.

Lindsay é tutora de três gatos, e Wren, um deles, foi quem mais se aproximou de Puddles.

Com delicadeza e curiosidade, começou a passar mais tempo ao lado do coelhinho, chegando até a cochilar bem pertinho dele, como se soubesse que seu novo amigo precisava de conforto.

“Eles são um casal muito carinhoso”, disse Lindsay. “O Puddles costuma vir aqui e abaixa a cabeça para a Wren... para que ela possa limpá-lo. Então, não é incomum entrar na minha casa e ver, sabe, o gatinho e o coelho dormindo juntos na cama, se limpando.”

Lindsay acredita que a amizade entre os dois floresceu porque, assim como Puddles, Wren também havia passado por traumas antes de ser resgatado, alguns meses atrás.

Diante dessa conexão especial, Lindsay decidiu que não seria apenas um lar temporário, mas sim o lar definitivo de Puddles.

“Não fui só eu que me apaixonei por ele”, contou Lindsay. “Agora Wren também está se apaixonando por ele.”

Com amor e cuidado, Puddles se recuperou bem, embora tenha ficado com algumas sequelas, como deficiência visual e dificuldades de mobilidade.