Cão caramelo é flagrado tirando cochilo em vitrine, dona de loja aparece e conta sua história
Por Beatriz Menezes em CãesNa madrugada do dia 22 de julho, em Maringá (PR), uma imagem inusitada surpreendeu quem passava por uma das ruas da cidade.
Entre as peças em exposição de uma loja de roupas, repousava tranquilamente um cachorro vira-lata caramelo.
Deitado sobre algumas roupas, o cão parecia ter encontrado ali um abrigo improvisado e ao mesmo tempo acolhedor para escapar das baixas temperaturas.
A cena, registrada em vídeo pela internauta Gina Ribeiro de Oliveira, capturou a atenção não apenas por sua fofura, mas por transmitir uma mensagem poderosa no meio da pressa cotidiana e das vitrines comerciais, ainda há espaço para empatia.
“Bom dia, pessoal! Numa madrugada de terça-feira, eu passando por uma loja... Olha aqui! Olha quem que tá aqui dormindo dentro da vitrine, gente! Olha que folgado, sossegado, olha aqui! Dormindo, olha, tranquilo! Tá frio, né, gente? A loja tá fechada... E ele tá tranquilo aqui, ó!”, narra Gina no vídeo, visivelmente emocionada com o que presencia.
O conteúdo logo se espalhou pelas redes sociais e conquistou o Brasil. O perfil da Rádio Maringá FM 97.1 republicou o vídeo no Instagram e a publicação disparou.
Foram mais de 336 mil visualizações, 33 mil curtidas e quase 2.700 comentários, em sua maioria exaltando a atitude da loja e o carisma do cão.
Nos comentários, a comoção foi geral. Internautas exaltaram não apenas a fofura do animal, mas também a atitude acolhedora da loja. Algumas das reações foram:
“Meninas de Maringá, sejam clientes de quem abraça a causa animal, a loja é diferenciada.”
“Essa loja merece milhões de clientes... Para um serzinho puro e inocente se sentir assim tão à vontade... Sinal que aí só tem gente do bem!”
“Parabéns pela atitude em acolher esse nenéin.”
Quem é o cãozinho da vitrine? Loja explica
Diante da comoção nas redes, o próprio perfil da loja responsável pelo espaço, identificado como @pluspaty, se manifestou explicando que o cão flagrado na vitrine não era um invasor, mas sim o mascote oficial do estabelecimento.
“O nosso pocoioooo, gente! Nosso mascotinho tem a casinha dele, mas esquecemos a porta aberta e ele preferiu dormir na vitrine”, respondeu a loja em tom bem-humorado.
A revelação trouxe ainda mais simpatia para o caso, mostrando que o cão caramelo faz parte da rotina do comércio e é tratado com cuidado e carinho pelas funcionárias.
O fenômeno dos cães caramelo: por que tanto amor?
A cena viral resgata o afeto do brasileiro pelos chamados "cães caramelo", um símbolo cultural não oficial, mas muito presente nas ruas, nas casas e agora também... nas vitrines.
Com sua pelagem cor de doce de leite, porte médio e expressão sempre amistosa, esse tipo de vira-lata representa a resiliência e o afeto dos cães sem raça definida (SRD).
Em muitas cidades do Brasil, cães caramelo fazem parte da paisagem urbana e frequentemente são adotados como mascotes por estabelecimentos comerciais, igrejas, postos de combustível e até faculdades.
São cães que, mesmo sem pedigree, conquistam espaço pelo coração.
Veja abaixo:
Uma lição de marketing afetivo
A espontaneidade do momento registrado por Gina acabou se tornando um exemplo de marketing afetivo e orgânico.
Sem qualquer planejamento de campanha, a loja Plus Paty ganhou visibilidade, engajamento e prestígio ao demonstrar que se importa com mais do que vendas… se importa com vidas.
Vira-lata conquista loja em Sorocaba
Negão, um vira-lata magro e assustado que entrou sozinho em uma loja de calçados no centro de Sorocaba (SP), encontrou mais do que abrigo, encontrou um lar e virou funcionário do mês.
Tudo começou quando Alexandre Raszl Peres e sua esposa Kelly abriram a porta da loja e, para surpresa, viram o cãozinho se acomodar atrás do balcão.
O casal acreditava que era um animal perdido e publicou a foto nas redes sociais. Sem respostas, decidiram acolhê-lo, oferecendo cama, comida e atendimento veterinário.
Com o tempo, Negão ganhou espaço na rotina e passou a recepcionar clientes.
Hoje, ele é parte essencial e faz a comunicação da loja, participando de publicações e conquistando o carinho dos clientes.
Uma adoção casual que se transformou em vínculo profundo e viral orgânico. Negão é hoje mais que um mascote ele é parte da equipe.
Farmácia em Macapá adota cão de rua e o transforma em colaborador oficial
Na cidade de Macapá (AP), um cão que vivia pelas ruas ganhou uma nova função: segurança canino da farmácia Cuida Bem Farma.
Alfredo, como passou a ser chamado, aparecia frequentemente na área criada para os pets da clientela, onde havia brinquedos, água e ração.
Funcionários e clientes se encantaram com sua presença tranquila e decidida. Sem encontrar um novo tutor, o estabelecimento tomou uma decisão de adotá-lo com direito a uniforme e crachá que o identificam como membro da equipe.
“Alfredo veio à farmácia um dia e o vimos com mais frequência. Ele passou o dia lá, até que um dia nosso patrão o viu e o incentivamos a adotar o cachorrinho", contou Letícia Brito, designer gráfica da empresa.
As imagens do cão vigilante se espalharam e renderam elogios em redes sociais por promover cuidado, inclusão e humanização.
Cão é adotado por gerente de banco após meses frequentando agência no RS
Durante cerca de três meses, um cachorro de rua buscou abrigo diário em uma agência bancária em Terra de Areia, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
Acolhido pelos funcionários, o cão batizado de D'Alessandro passou a fazer parte da rotina da equipe, chegando cedo, aproveitando o ar-condicionado e até dormindo no local.
Com autorização da gerente, ganhou ração, atenção e até um crachá simbólico de “estagiário de vigilante”.
Apesar do carinho, à noite ele seguia vulnerável, buscando abrigo em igrejas ou faculdades. Quando apareceu com a orelha machucada, a gerente Fernanda Peres decidiu adotá-lo de forma definitiva.
“Tenho uma chácara, e lá ele vai ficar seguro, com espaço, comida e carinho”, disse ela. A adoção aconteceu em 22 de julho de 2021.
D'Alessandro deixou para trás a rotina nas ruas e ganhou uma nova vida com conforto e proteção no campo.