Gato que sofreu maus-tratos e esteve na lista de eutanásia encontra amor em um novo lar

Joey é um gatinho de pelagem preta e branca que chegou ao abrigo Houston Humane Society, em Houston, Texas, nos Estados Unidos, após ter sofrido muito ao longo da vida.

O Houston Humane Society tem como missão promover o bem-estar dos animais, oferecendo resgate, cuidados médicos, abrigo seguro e programas de adoção responsável, além de desenvolver ações de conscientização para combater os maus-tratos e reduzir o abandono.

A chance de Joey encontrar um lar para sempre através desse abrigo era grande, e foi exatamente o que aconteceu. Quando Hannah Powell soube de sua história, percebeu imediatamente que não era apenas uma adoção, mas o início de um vínculo especial que mudaria a vida dos dois para sempre.

A adoção

Em 2023, Hannah Powell perdeu seu gatinho de infância, e a morte dele deixou um vazio imenso em seu coração, marcado pela saudade de anos de companheirismo e amor incondicional.

Veja:

Inconsolada, Hannah não conseguia abrir seu coração para uma nova adoção. Mas, conforme o tempo passou, a dor deu lugar a uma sensação de preparo, e ela finalmente se sentiu pronta para acolher outro gatinho em sua vida.

Foi então que Hannah planejou visitar o Houston Humane Society, com o intuito de conhecer todos os gatinhos disponíveis para adoção e, assim, deixar o coração escolher qual deles se tornaria seu novo companheiro de vida.

Contudo, Hannah não precisou visitar muitas baias, pois logo se deparou com uma que trazia uma placa do lado de fora.

Nela estava escrito que o gatinho era um verdadeiro sobrevivente de crueldade animal, tendo passado por 10 traumas distintos, um deles tão grave que havia sido até recomendada a eutanásia. Era a casinha de Joey.

Assim que leu essas informações, Hannah contou em entrevista à Newsweek que 'começou a chorar imediatamente' e que 'sabia que ele era pra ser dela'.

Joey e mais cinco gatos foram resgatados quando tinham entre cinco e seis meses de idade, de uma casa onde sofreram graves maus-tratos e negligência, vivendo em condições insalubres e sem receber os cuidados básicos necessários para sua sobrevivência.

Após uma avaliação médica, Joey foi diagnosticado com fraturas no crânio, hematomas na cabeça, tímpano rompido, inclinação da cabeça, lesão cerebral, além de desidratação e complicações hepáticas.

"Em termos de deficiência, ele tem disfunção cognitiva leve e uma deficiência menor nos membros anteriores", disse Hannah. "Ele anda com as pernas arqueadas e, embora consiga andar, correr e pular, tem pouco equilíbrio, o que o deixa um pouco instável e seus saltos nem sempre são precisos. Ele pula para o lado ou simplesmente erra. Ele tende a cair com frequência ou simplesmente esbarrar em alguma coisa."

Apesar de sua condição, Joey é um gatinho ativo, cheio de energia e com uma vontade enorme de viver. Ele adora explorar, brincar com seus brinquedos favoritos e buscar o carinho de Hannah sempre que pode, mostrando que sua alegria é mais forte que qualquer marca do passado.

Hannah, por sua vez, está mais do que preparada para cuidar de um gatinho com as necessidades especiais de Joey, oferecendo paciência, amor incondicional e todos os cuidados que ele precisa para ter uma vida confortável e feliz.

A jovem contou que, nos primeiros dias após a adoção, manteve Joey no banheiro, criando um espaço seguro para que ele pudesse se adaptar com calma ao novo ambiente. Só depois que começou a se sentir confortável é que passou a explorar o restante do apartamento.

"Acho que chorei porque era como se ele soubesse que estava em casa e seguro, como se tivéssemos um entendimento mútuo", disse Hannah.

Vendo o quanto Joey estava feliz e adaptado, após um mês da adoção Hannah decidiu ampliar a família com um segundo gatinho, a Mama. Pouco tempo depois, chegou também o terceiro, Salem.

Para surpresa e alegria da jovem, Joey mostrou o quanto é carinhoso ao receber os novos companheiros, acolhendo-os com paciência e afeto, como se sempre tivesse feito parte da vida deles.

Saiba que, muitos gatos aceitam outros gatos, mas não é automático. Depende do perfil individual, da socialização prévia e, principalmente, de como a apresentação é feita. Com introdução lenta e estruturada, a chance de convivência pacífica (ou até amizade) aumenta bastante.

Como aumentar as chances de dar certo:

• Apresentação por etapas: primeiro cheiro (troca de caminhas/toalhas), depois contato visual controlado e, só então, encontros curtos e supervisionados.
• Recursos em dobro: ofereça múltiplas “estações” (água/comida, arranhadores, tocas, prateleiras/perchas) e caixas de areia suficientes (regra prática: 1 por gato + 1 extra). Isso reduz competição e stress.
• Tempo e paciência: introduções lentas e metodológicas protegem o bem-estar físico e mental dos gatos e favorecem vínculo a longo prazo.

Sorte da Hannah que Joey é um gatinho tranquilo, de temperamento dócil e coração generoso, o que tornou muito mais fácil a chegada de novos companheiros e a adaptação da família felina em seu lar."

Repercutiu

Hannah compartilhou a história de adoção de Joey no seu perfil do TikTok @hann_roxy, no dia 31 de agosto. Na publicação, declarou:

"Sr. Joey, não trocaria você por nada nesse mundo, amigo."

A publicação acumulou mais de 106,7 mil visualizações e milhares de comentários cheios de emoção.

"Obrigada por amá-lo", escreveu um internauta.

"Este pobre bebê. Estou com tanta raiva. Odeio que ele tenha sofrido tanto. Eu simplesmente não entendo como alguém pode fazer isso com um . Dê carinho e beijos na cabeça dele!!!", comentou outra.

"Humanos que maltratam animais merecem a punição mais severa. Nesta vida e na próxima", desabafou uma terceira.

Assista:

Joey é um verdadeiro guerreirinho que sobreviveu a dores inimagináveis e mostrou uma força admirável, transformando sua história de sofrimento em um exemplo de coragem e superação, até finalmente encontrar o amor e a segurança nos braços de Hannah.

Assim como aconteceu com Joey, que sobreviveu a maus-tratos e encontrou um final feliz ao ser resgatado, milhares de animais no mundo ainda enfrentam crueldade diária.

No Brasil, esse tipo de violência é considerado crime pela Lei 9.605/98, que prevê pena de 2 a 5 anos de reclusão, além de multa e a proibição de guarda do agressor. Mesmo assim, muitos casos seguem invisíveis e sem denúncia.

Por isso, é fundamental que cada pessoa faça a sua parte: denunciar maus-tratos, apoiar abrigos e incentivar a adoção responsável.

Só assim será possível garantir que mais animais tenham uma nova oportunidade de vida, com amor e proteção.