Gata grávida que foi jogada em caminhão do lixo consegue sobreviver e encontra paz para ter seus 'bebês'
Por Ana Carolina Câmara em Gatos
Uma gatinha grávida foi cruelmente jogada no lixo e acabou sendo recolhida junto com os sacos pelo caminhão. Assustada, em um ato de desespero e coragem, conseguiu saltar para fora e escapar de um destino trágico.
Graças à sua atitude e, depois, com a ajuda da equipe de Célio Studart, deputado federal do Ceará, essa lindinha teve a chance de um verdadeiro recomeço.
Hoje, ela vive em um lar seguro, recebendo todo o amor, os cuidados e a dignidade que sempre mereceu.
O resgate
O caso aconteceu em Fortaleza, e comoveu a todos que tomaram conhecimento. A felina de pelagem branca havia sido colocada cruelmente dentro de uma caixa de papelão, destinada a ser recolhida junto ao lixo, como se sua vida não tivesse qualquer valor.
No momento em que foi jogada na caçamba, a caixa acabou se virando, e foi exatamente nessa brecha que a gatinha encontrou a chance de lutar pela vida.
Mesmo grávida, reuniu forças em um ato de coragem e desespero para pular do caminhão em movimento. Foi nesse instante que um olhar atento e de bom coração percebeu a cena e não hesitou em ajudar.
A equipe de Célio Studart foi imediatamente acionada e, graças à rápida intervenção, a pobrezinha não só foi resgatada, como também recebeu os primeiros cuidados veterinários, garantindo sua segurança e a dos filhotes que ainda carregava no ventre. O atendimento foi fundamental para estabilizar a gatinha e oferecer a ela a primeira chance real de um futuro diferente.
O destino, felizmente, sorriu para essa guerreira. Pouco tempo depois, a lindinha deu à luz três filhotes saudáveis, cada um trazendo ainda mais esperança para a sua história. Cada miado parecia celebrar a força de uma mamãe que venceu o abandono para viver um novo capítulo cercada de amor e cuidado.
Quando chegaram à idade do desmame, os filhotes encontraram rapidamente um lar amoroso. Em cada casa, passaram a receber todo o carinho e os cuidados que mereciam.
A mãezinha também não precisou esperar muito para encontrar o seu lar para sempre. Ela foi acolhida pela parteira profissional Cindy Pimenta, que a recebeu com todo o amor e transformou sua vida de maneira definitiva.
A gatinha, agora batizada de Jade, teve sua história marcada por uma declaração emocionante de Cindy, que compartilhou seu sentimento em seu perfil do Instagram, @enfacindypimenta:
“Te amo, minha Jade! Doeu em mim ver o que você passou, mas prometo que nunca mais será maltratada ou abandonada. Aos poucos, aquele olhar triste vai se transformar com todo o amor que eu tenho para te dar. @celiostudart, parabéns pelo seu trabalho lindo…”
Essa história não apenas revelou a força de Jade, mas também destacou a importância do trabalho realizado por Célio Studart, parlamentar engajado na causa animal. Ele é coautor da lei federal n.º 14.228/2021, que pôs fim à cruel era das carrocinhas.
A legislação trouxe um marco civilizatório: proíbe a eutanásia indiscriminada de cães e gatos saudáveis em centros de zoonoses e canis públicos, permitindo-a apenas em casos de doenças graves ou infectocontagiosas incuráveis, comprovadas por laudo veterinário. O texto ainda garante às entidades de proteção animal o direito de acesso irrestrito à documentação que justifique qualquer procedimento.
A sanção dessa lei nasceu após uma votação inédita no Congresso e, posteriormente, foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal, consolidando o fim dos sacrifícios como regra. Para Célio Studart, essa é uma das maiores conquistas pelos direitos dos animais no Brasil, um passo essencial para que histórias como a de Jade e seus filhotes encontrem cada vez mais finais felizes.
Repercutiu
A história dessa guerreirinha ganhou visibilidade quando foi contada em vídeo e compartilhada no perfil do Instagram de Célio Studart (@celiostudart), no dia 26 de abril.
A publicação rapidamente acumulou milhares de visualizações e comentários emocionados de pessoas comovidas com a trajetória de Jade.
"Como alguém tem coragem? Graças a Deus que tudo terminou bem", comentou uma internauta.
"Oh, ela é muito fofinha e parece bem mansinha… que bom que agora tem um lar e um anjo que a adotou", escreveu outra.
"Os animais merecem a melhor parte dessa terra", declarou uma terceira.
Assista:
Já se passaram mais de 11 meses desde que Jade foi adotada por Cindy. A parteira lembra que, no início, a gatinha era arisca e bastante magra, ainda marcada pelo abandono e pela desconfiança.
Com o tempo, porém, os cuidados, a segurança de um lar amoroso e o carinho diário fizeram toda a diferença, transformando Jade em uma companheira dócil, saudável e cheia de vida.
"Minha jade! Meu amor ! Ela está sendo bem cuidada! Parece outra gatinha! Te amo, Jade", declarou Cindy.
E você, também tem ou conhece uma história de superação animal que merece ser contada? Compartilhe com a gente e ajude a espalhar mais amor, esperança e inspiração para o mundo.
Abondono de animais no Brasil
O abandono de animais no Brasil é um problema grave e, felizmente, criminosa.
Desde 1998, a Lei Federal nº 9.605/98, também conhecida como Lei de Crimes Ambientais, considera o abandono - junto a maus-tratos e negligência - como crime previsto no artigo 32, sujeitando o autor a detenção de três meses a um ano, além de multa. Casos mais extremos, como o que resulta na morte do animal, têm pena aumentada de um sexto a um terço.
Em 2020, a legislação ganhou reforço com a Lei Federal nº 14.064/20, que aumentou a pena de detenção para até cinco anos - especialmente em casos envolvendo cães e gatos. A nova lei também prevê a proibição da guarda do agressor, além de tornar obrigatório o trâmite desses casos na Vara Criminal, e não mais no Juizado Especial.

Apesar de todo esse amparo legal, os números permanecem alarmantes. Estima-se que cerca de 30 milhões de animais vivam nas ruas do país, sendo aproximadamente 20 milhões entre cães e 10 milhões gatos.
Essa situação causa sofrimento aos animais e também traz sérios impactos sociais - como problemas de saúde pública (zoonoses), desequilíbrios ecológicos e custos elevados com controle populacional.
É fundamental que a sociedade compreenda a importância da guarda responsável e entenda que o abandono não é apenas um ato desumano, mas um crime tipificado com penas reais.
Denunciar é um dever de todos: procure a delegacia ou promotorias, ou acione o Disque Denúncia, levando o máximo de informações possíveis, fotos, vídeos, testemunhas, local e hora. Quem abandona comete um ato ilegal que fere os direitos dos animais e a nossa responsabilidade ética como cidadãos.
Redatora e apresentadora do Canal Amo Meu Pet.
Com formação em Design de Produtos e especialização em Design de Interiores pela Universidade de Passo Fundo, a Ana encontrou sua verdadeira paixão ao unir criatividade, comunicação e o amor pelos animais.
Apaixonada por contar histórias que tocam o coração, ela estudou Escrita Criativa com o escritor Samer Agi e participa do programa JournalismAI Discovery, organizado pela Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres e a Iniciativa de Notícias do Google, buscando se aprofundar no universo digital.
Hoje, dedica-se a produção de conteúdos que informam, emocionam, conscientizam e arrancam sorrisos.