Após perder cachorrinha idosa, família encontra irmã de ninhada em publicação nas redes e decide adotar
Por Ana Carolina Câmara em Cães
Em 2013, Vickie e sua filha, Shelley, adotaram a cachorrinha Dakota no abrigo de animais Pasadena Humane, localizado na Califórnia, nos Estados Unidos.
Durante 12 anos, Dakota viveu cercada de amor, cuidados e carinho, desfrutando da vida que todo cãozinho merece: passeios tranquilos, momentos de brincadeira, conforto e a presença constante de uma família dedicada.
Em 2025, Dakota faleceu de câncer, deixando uma tristeza imensa em Vickie e Shelley.
Mas o destino ainda guardava uma surpresa emocionante. Pouco tempo depois, a irmã de ninhada de Dakota cruzaria o caminho da família, encontrando espaço em suas vidas e trazendo de volta a alegria que parecia perdida.
O encontro
No dia 21 de agosto, a Pasadena Humane compartilhou em seu perfil do Facebook a história de Ginger.
Eles contaram que a cachorrinha havia sido adotada em 2013, ainda filhote, e que agora, aos 12 anos, retornava ao abrigo em busca de um novo lar e de uma família disposta a lhe oferecer amor nessa fase tão especial da vida.
Em entrevista à People, Kevin McManus, diretor de relações públicas e comunicações da Pasadena Humane, contou que o antigo tutor devolveu Ginger ao abrigo porque estava enfrentando sérios problemas de saúde e não conseguia mais oferecer a ela os cuidados necessários.

Na publicação, o abrigo destacou as inúmeras qualidades de Ginger: uma cachorrinha calma, tranquila, que faz as necessidades no lugar certo, caminha sem coleira, adora receber beijos e, acima de tudo, ama estar perto de suas pessoas favoritas.
Além disso, compartilharam várias fotos, incluindo uma dela ainda filhote ao lado de sua irmã de ninhada. Foi justamente essa imagem que fez com que Ginger passasse menos de 9 dias no abrigo antes de ser adotada novamente.
Isso porque Vickie e Shelley, ao verem a publicação, reconheceram de imediato a cachorrinha que aparecia ao lado de Ginger na foto de filhote: era a Dakota, a irmã que elas haviam adotado 12 anos antes.
“A filha de Vickie viu uma publicação nas redes sociais ao abrir o Facebook uma manhã. Ela e Vickie reconheceram a foto de filhote na postagem porque a tinham visto 12 anos antes, quando adotaram Dakota, a irmã de Ginger”, explicou Kevin.
A publicação tocou o coração de mãe e filha, que imediatamente souberam que precisavam adotar Ginger, em memória de Dakota, como uma forma de manter vivo o laço especial que haviam construído com sua primeira companheira.
Então, no mesmo dia em que viram a publicação, Vickie e Shelley não pensaram duas vezes e foram até o abrigo, determinadas a dar a Ginger uma nova chance de viver cercada de amor e carinho.
No abrigo, elas ainda contaram que, na época, quase adotaram Ginger, mas quando Dakota foi apresentada, houve uma conexão imediata. Agora me diga se não foi o destino unindo novamente essas histórias.
"Ficamos todos surpresos!", disse Kevin sobre a reação do Pasadena Humane à notícia inesperada. "É difícil quando um cachorro é devolvido ao abrigo depois de tanto tempo, e cães idosos geralmente levam um tempo considerável para serem adotados, então a situação é um pouco mais triste. Quando nossa equipe de adoções compartilhou essa linda história, muitas lágrimas de felicidade rolaram."
Recomeço
A adoção de Ginger encheu de alegria os funcionários e voluntários do abrigo, que compartilharam a boa notícia em uma atualização para os seguidores:
“Estamos muito gratos por Ginger estar agora em casa com sua ‘família extensa’. Embora não possa se reunir fisicamente com sua irmã, Ginger terá a chance de viver o resto da vida cercada pelo amor, pela memória e pelo espírito de Dakota.”
Kevin torce para que a história de Ginger inspire outras pessoas a olharem com carinho para os cães idosos que ainda aguardam nos abrigos. Para ele, cada adoção mostra que nunca é tarde para oferecer uma segunda chance e que todo animal merece viver seus últimos anos cercado de amor e cuidados.
"A maior lição que aprendemos é que esperamos que as pessoas percebam que adotar um animal de estimação idoso de um abrigo é uma das coisas mais generosas e compassivas que se pode fazer. Ginger teve muita sorte — sua transição de um lar amoroso para outro aconteceu muito rapidamente. Esse não é o caso de muitos animais idosos em abrigos por aí", diz Kevin.
Que Ginger seja muito feliz com sua nova família e que seus anos dourados sejam cheios de amor, conforto e cuidado. Que cada momento seja vivido cercada por pessoas que a amam incondicionalmente.
Por que adotar um cão idoso pode ser o maior gesto de amor da sua vida?
Adotar um cão idoso é um gesto de amor que pode transformar tanto a vida do animal quanto a do tutor. Apesar de serem incríveis companheiros, eles costumam ser os que mais demoram a encontrar um lar.
Segundo aASPCA (American Society for the Prevention of Cruelty to Animals), cães com mais de 7 anos levam, em média, quatro vezes mais tempo para serem adotados do que filhotes.Um dos motivos é o preconceito. Muitas pessoas acreditam que um cão idoso terá apenas problemas de saúde ou pouca energia.
Mas a realidade é diferente: cães mais velhos costumam ser calmos, já sabem fazer as necessidades no lugar certo, são menos destrutivos e se adaptam bem a rotinas tranquilas. Além disso, grande parte deles já chega ao novo lar com algum treinamento básico, o que facilita a convivência.
Outro ponto é que, embora possam precisar de acompanhamento veterinário mais frequente, a recompensa emocional é enorme. Um pet idoso devolve em forma de carinho, gratidão e companheirismo todo o cuidado recebido. Eles parecem compreender a segunda chance que receberam e criam forte laços com quem os adota.
É verdade que a expectativa de vida pode ser menor do que a de um filhote, mas isso não deve ser visto como um obstáculo, e sim como uma oportunidade: oferecer anos de qualidade de vida para quem já passou por muito e merece um final feliz.
Se você está pensando em adotar, considere abrir seu coração para um cão idoso. Eles não têm o apelo da juventude, mas carregam em seus olhos uma história de resiliência e a promessa de um amor puro e incondicional. Adotar um cão idoso é mais do que um ato de compaixão, é a chance de mudar o mundo de um animal - e deixar que ele mude o seu também.
Redatora e apresentadora do Canal Amo Meu Pet.
Com formação em Design de Produtos e especialização em Design de Interiores pela Universidade de Passo Fundo, a Ana encontrou sua verdadeira paixão ao unir criatividade, comunicação e o amor pelos animais.
Apaixonada por contar histórias que tocam o coração, ela estudou Escrita Criativa com o escritor Samer Agi e participa do programa JournalismAI Discovery, organizado pela Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres e a Iniciativa de Notícias do Google, buscando se aprofundar no universo digital.
Hoje, dedica-se a produção de conteúdos que informam, emocionam, conscientizam e arrancam sorrisos.