'Isso é ser menina': Mulher filma reação de grupo de meninas ao verem o animal mais fofo em árvore
Por Larissa Soares em Aqueça o coração
Um grupo de meninas, por volta dos sete anos, estava curtindo um dia tranquilo em um parque quando alguém muito fofo apareceu.
Entre risadinhas e conversas, uma delas aponta para uma árvore e, em segundos, todas estão de pé, encantadas com a visão de um filhote de esquilo que subia o tronco com suas patinhas minúsculas.
“Olha, é um bebê esquilo!”, diz uma.
“Meu Deus, ele é tão fofinho!”, responde outra, já em tom de completo desespero emocional.
O vídeo, publicado por Ashley Rose no TikTok, captura perfeitamente o momento em que a inocência e o instinto de cuidado se misturam em um só som: um coro coletivo de “awwwn”.
“Essas reações foram ainda melhores do que ver o próprio esquilo bebê”, escreveu Ashley na legenda.
O vídeo ultrapassou 1,5 milhão de visualizações e 219 mil curtidas, com comentários de gente que se identificou demais com a cena.
“É assim que eu reagiria e tenho 48 anos”, disse uma internauta.
Muitos também imaginaram o que se passava na cabeça do esquilo:
“O esquilo fica tipo: eu sou incrível?”
“As meninas: é um esquilo bebê! O esquilo: meu Deus, humanos bebês.”
Um retrato puro da fofura
Aquele esquilinho mexeu com algo profundamente enraizado no cérebro humano: um instinto evolutivo que faz com que cuidemos e nos derretamos diante de criaturas pequenas, de olhos grandes e movimentos desajeitados.
De acordo com o professor Morten Kringelbach, neurocientista das universidades de Oxford e Aarhus, nossa resposta à fofura é uma adaptação essencial para a sobrevivência da espécie.
“Os seres humanos basicamente têm uma reação ao que chamamos de ‘fofura’, pois chegamos ao mundo muito cedo. Precisamos de muitos cuidados — e precisamos garantir que nossos filhotes sejam atraentes o suficiente para recebê-los”, explicou à BBC Science Focus.
Quando olhamos para algo fofo, seja um bebê humano, um filhote de cachorro ou um esquilo minúsculo, o cérebro ativa áreas ligadas às emoções e ao prazer, como o córtex orbitofrontal, responsável por despertar sentimentos de empatia e carinho.
É uma reação tão rápida que acontece antes mesmo de termos consciência disso. Em menos de um segundo, já sentimos vontade de sorrir, proteger e gravar um vídeo dizendo “olha isso, que coisa mais linda!”.
Por que não resistimos aos filhotes?
Os cientistas descobriram que o que chamamos de “fofura” tem até uma espécie de fórmula visual.
Proporções corporais típicas de bebês, como olhos grandes em relação ao rosto, bochechas cheias e cabeças desproporcionalmente grandes, acionam automaticamente nossos instintos de cuidado.
E, curiosamente, filhotes de cachorro e gatinhos costumam pontuar ainda mais alto nessa ‘escala de fofura’ do que bebês humanos.
Isso porque, ao longo de gerações, os animais domesticados foram moldados para exibir essas características “infantis” que tanto nos encantam.
“Animais como cães e gatos foram essencialmente criados para se parecerem com bebês”, explica Kringelbach. “Eles têm olhos grandes e orelhas grandes. Quando você os vê, seu cérebro pensa: ‘isso pode ser um bebê’ — e só depois percebe que não é.”
Ou seja, a mesma engrenagem que faz as meninas se derreterem por um esquilo é a que nos faz suspirar diante de um filhote de golden retriever ou rir ao ver um vídeo de um gatinho tropeçando nas próprias patas.
Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.