Vira-lata caramelo faz sinal para viatura e leva autoridades até sua avó de 86 anos desaparecida

Era uma daquelas noites tranquilas e silenciosas na Flórida, EUA, quando uma idosa de 86 anos saiu para passear com o cachorro do filho, um vira-lata caramelo chamado Bisonho.

Até então, tudo estava dentro da rotina. Mas os minutos foram passando e o sossego foi dando lugar à angústia.

O marido, preocupado, ligou para o Gabinete do Xerife do Condado de Okaloosa. “Ela leva aquele cachorro, mas nunca demora mais do que 10 ou 15 minutos”, disse ele, aflito. O tempo já passava de uma hora.

Uma policial foi enviada para o local. De lanterna em mãos, começou a busca pelas ruas escuras, guiada apenas pela descrição do cachorro e pela esperança de encontrá-los bem.

E foi quando, de repente, uma sombra marrom cruzou o caminho da viatura.

Era ele. O próprio Bisonho.

Coleira frouxa balançando, o cão parou diante do carro e, com um olhar insistente, parecia dizer: “Venha comigo”.

Felizmente, a policial entendeu o recado e seguiu o cão pela vizinhança. Até que, alguns metros adiante, encontrou a idosa caída no chão, ferida, mas consciente.

O corpo dela estava frágil, mas o coração mais cheio do que nunca.

No vídeo da câmera corporal da policial, é possível ouvir a voz trêmula da mulher chamando por ele:

“Ah, Bisonho, você é um bom menino. A vovó te ama.”

O Gabinete do Xerife compartilhou o resgate nas redes sociais com orgulho: “O vídeo mostra como o amor e os instintos de Eeyore trouxeram à idosa a ajuda de que ela precisava”.

Veja o vídeo:

Outros cães heróis

De tempos em tempos, heróis de quatro patas aparecem para lembrar que a lealdade canina é capaz de vencer o medo, o escuro e até o impossível.

Na Espanha, uma cena parecida aconteceu em plena madrugada. Policiais da Guarda Civil de Zaragoza patrulhavam uma estrada quase deserta quando viram um pequeno Yorkshire parado no meio da pista, latindo sem parar.

O cachorro, chamado Lucas, não fugiu com a aproximação dos faróis, mas fez justamente o contrário: chamou atenção, como quem tem pressa.

Intrigados, os agentes resolveram segui-lo. E foi graças a essa decisão que encontraram o tutor de Lucas, um homem de 78 anos que havia caído em um barranco e estava preso entre as plantas, invisível para quem passava.

Se não fosse por ele, talvez a madrugada tivesse outro desfecho.

Do outro lado do mundo, nos Estados Unidos, uma vira-lata chamada Gita também decidiu que não deixaria seu tutor para trás. Aos 13 anos, ela já era uma senhora de quatro patas, acostumada à calmaria da vida rural. Mas, num fim de tarde em Washington, quando seu tutor de 84 anos caiu e ficou impossibilitado de se levantar, Gita assumiu o papel de mensageira.

O delegado Wright a encontrou sentada sozinha no meio de uma estrada, imóvel. Tentou colocá-la na viatura, mas ela se recusou. Em vez disso, correu, olhando para trás, como se pedisse que ele a seguisse. E foi o que ele fez.

A poucos metros dali, o delegado encontrou o tutor ferido.

“Atribuímos a Gita o mérito por salvar a vida dele naquele dia”, escreveu o escritório do xerife. “A lealdade e o heroísmo de nossos amigos peludos nunca deixam de nos surpreender.”