'Ai, tá me mordendo!': Jovem se assusta após cão farejador perceber algo suspeito na sua cobertinha

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Na escuridão de uma rodovia na fronteira do Paraná, a monótona viagem de 26 horas de uma jovem foi abruptamente interrompida. As luzes do ônibus em que Isabela Dantas viajava foram ofuscadas pelos sinais de uma viatura policial.

O veículo parou, e para os passageiros sonolentos, o motivo logo ficou claro: uma inspeção de rotina, mas com um elemento de alta precisão, um cão farejador.

O que ninguém esperava era que o foco do animal não seria uma mala escondida ou um pacote suspeito, mas sim a simples coberta que aquecia uma passageira.

O episódio ocorreu na noite de 8 de outubro.

“Acredito que deve ter sido em torno ali de Abelardo Luz, no Paraná, mas eu não sei exatamente, porque não foi, tipo assim, em uma parada de rodoviária, nem nada. Foi, tipo, inesperado mesmo”, relatou Isabela em entrevista ao Amo Meu Pet.

Policiais de uma unidade de fronteira subiram a bordo e um dos agentes explicou o procedimento, instruindo os passageiros a não interagirem com o cão de trabalho.

O animal iniciou sua varredura pelo corredor, mas ao se aproximar da poltrona de Isabela, seu comportamento profissional se alterou, fixando-se com intensidade na coberta dela.

A cena, que começou como um procedimento padrão, escalou para um momento de tensão. O cão não apenas farejou, mas começou a puxar e morder o tecido com uma insistência que surpreendeu a todos.

No meio da agitação, o animal acabou abocanhando a perna de Isabela.

“O cachorro, ele mordeu, mas ele não me machucou, assim, de sangrar nem nada”, contou ela, “mas até agora eu sinto um pouquinho de dor, né, na perna, quando eu passo a mão”.

A reação de Isabela foi um riso de surpresa, algo que ela mesma confirma.

"O pessoal fica rindo, falando que eu estava rindo de nervoso, e realmente estava rindo de nervoso", admitiu.

Apesar da cena, a policial que acompanhava o cão apenas comentou que o animal "gostava da cobertinha" e prosseguiu com a fiscalização, sem pedir que Isabela descesse ou que seus pertences fossem revistados.

Para quem assistia, a situação era ambígua, mas para Isabela, a razão era clara e completamente inocente. A explicação estava no cheiro que sua coberta exalava.

Em casa, ela tem uma cachorra de estimação que costuma dormir sobre a mesma coberta.

“Eu tenho certeza que o que chamou a atenção dele foi o cheiro da cachorra, porque ele cheira a coberta inteira, entendeu, e não foi só uma parte”, explicou.

Essa teoria é reforçada pelo protocolo de cães farejadores, que Isabela já havia observado em outras viagens.

“Quando tem droga, quando tem alguma coisa, ele parece que senta, e fica olhando para a pessoa”, detalhou.

Ela ressalta que o comportamento do animal foi o oposto do esperado.

“Minha bolsa estava inclusive em cima da poltrona [...] e ele nem tchum pra minha bolsa, ele realmente foi na coberta”.

A falta de uma abordagem subsequente pelos policiais sugere que eles também entenderam que a reação do cão foi mais instintiva do que um alerta treinado.

A história, no entanto, não terminou quando o ônibus seguiu viagem. Isabela gravou a cena e decidiu postar o vídeo em sua conta no TikTok.

Confira o vídeo:

Foi então que o episódio se transformou em um fenômeno. Com a visibilidade, vieram as acusações nos comentários.

“Muita gente quis me acusar também nos comentários, falando que eu estava com droga e tudo mais”, lamentou Isabela, rebatendo as suspeitas.
“Mas eu não estava, realmente eu não estava, jamais postaria um vídeo onde eu estaria me incriminando, né”.

Agora, ela encara o episódio como uma história singular que tomou proporções inesperadas.

“A memória que me causa agora é só um vídeo mesmo que explodiu e eu não esperava”, reflete Isabela sobre a fama repentina.
“Mas foi uma explosão muito grande em poucos dias, já tem mais de um milhão de visualizações”.

O que começou com uma parada policial na estrada terminou como um viral que a fez esclarecer, para uma audiência de milhões, a história por trás da coberta que confundiu um cão farejador.

Beatriz é jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Escrita Criativa e Editoração pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera. Apaixonada por narrativas envolventes e pelo universo pet, ela também possui certificação em Storytelling para Marketing Digital pela Santander Open Academy, o que complementa sua habilidade de transformar histórias reais em conteúdos informativos e inspiradores. Dedica-se à produção de reportagens que valorizam a convivência ética e afetiva entre humanos e animais de estimação, promovendo empatia, informação de qualidade e o respeito aos animais.