Ao abrir porta de casa, morador se depara com invasor gordinho que ficou preso no teto da varanda
Por Larissa Soares em Humor
Imagine abrir a porta de casa de manhã e dar de cara com um guaxinim pendurado no teto da varanda, com metade do corpo do lado de fora e a outra metade, bem… entalada.
Foi exatamente o que aconteceu com um morador de Ontário, no Canadá. Na tentativa de sair do sótão, um guaxinim gordinho acabou preso em um buraco.
O “atalho” que não deu certo
De acordo com informações compartilhadas com o The Dodo, o animal provavelmente passou a noite explorando o sótão do imóvel quando decidiu pegar um “atalho” para voltar ao lado de fora.
O problema é que o atalho em questão era o buraco deixado por uma luminária suspensa.
“O guaxinim estava meio que pendurado ali. Eles normalmente conseguem se arrastar por buracos pequenos como aquele, mas este não tinha onde se segurar”, contou Max McVety, funcionário do Forest City Wildlife Control, responsável pelo resgate.
'Definitivamente, não foi um resgate comum'
McVety colocou uma escada sob o animal e tentou puxá-lo com uma corda. E foi então que o guaxinim, mostrando toda a inteligência típica da espécie, decidiu colaborar.
Assim que sentiu firmeza, agarrou-se à escada, passou pelo buraco e completou o “nascimento” mais desajeitado.
Poucos segundos depois, estava no chão e correu em disparada para o quintal, como quem promete nunca mais se meter em confusão.

“Foi definitivamente uma sorte”, disse McVety, acrescentando que o buraco foi selado para evitar novas visitas.
"Já vimos algumas situações interessantes, mas isso provavelmente foi a ponta do iceberg. Definitivamente, definitivamente não foi um resgate comum", brincou.
O episódio foi compartilhado pelo perfil da Humane Wildlife Control no TikTok e acumulou mais de 16 milhões de visualizações e 3,1 milhões de curtidas.
Na legenda, a equipe brincou: “O gordinho ficou preso haha”.
Nos comentários do vídeo, internautas se encantaram com o jeitinho cooperativo do guaxinim.
“Adoro como eles se tornam colaborativos quando sabem que precisam de ajuda”, escreveu um usuário.
“Não entendo por que as pessoas odeiam guaxinins. Eles são inteligentes e fofos também”, completou outro.
Pequenos gênios mascarados
E eles são mesmo. Segundo a World Animal Protection, os guaxinins estão entre os mamíferos mais inteligentes do planeta, com habilidades cognitivas comparáveis às de uma criança pequena.
Eles conseguem se lembrar de soluções para tarefas por até três anos e usam essa memória para resolver quebra-cabeças e abrir fechaduras.
Suas patas dianteiras são ferramentas multifuncionais: possuem receptores de toque hipersensíveis, permitindo que manipulem objetos com extrema destreza.
Os guaxinins são capazes de girar maçanetas, desatar nós e até “pescar” alimentos na água.
Outro traço curioso é o hábito de “lavar” os alimentos antes de comer. Apesar de parecer uma mania de limpeza, o comportamento serve para aprimorar o tato e compreender melhor a textura do que estão prestes a ingerir.
Esses mamíferos também são excelentes nadadores e são de hábitos noturnos, embora possam ser vistos durante o dia em ambientes urbanos, onde predadores são raros.
Além disso, são animais familiares e protetores: as fêmeas criam sozinhas seus filhotes, ensinando-os a escalar e procurar comida, e não hesitam em enfrentar machos que se aproximem do ninho.
Quando o físico não ajuda no plano
Essa não foi a primeira vez que um animal um pouco “acima do peso” precisou de uma ajudinha.
No início do ano, um gambá de cauda de escova chamado Bob passou por algo semelhante na Austrália.
Durante um passeio noturno, Bob encontrou uma charmosa casinha de pássaros e achou que seria o lugar perfeito para uma soneca.
O problema veio na hora de ir embora: ao tentar sair, o corpinho rechonchudo não passou mais pela portinha.
A equipe da ACT Wildlife precisou intervir. “Bob teve que ser retirado ainda preso no painel de madeira, sedado por um veterinário e cuidadosamente extraído”, contou a organização no Facebook.
Felizmente, ele saiu ileso e foi devolvido à natureza, provavelmente decidido a escolher acomodações mais espaçosas no futuro.
Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.