Prestes a ser eutanasiada, cadelinha idosa se levanta e transforma lágrimas em milagre

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em Cães

Há um ano, Taina Brown e Melo-Jean Yap se preparavam para algo que todo tutor sabe que um dia vai acontecer, mas para o qual ninguém está realmente pronto: a despedida de seu pet.

O casal, que vive em Baltimore, Maryland, nos Estados Unidos, é tutor de Luna, uma adorável mistura de poodle que, devido à idade avançada, começou a enfrentar sérias complicações de saúde.

Após muitas consultas e tentativas de tratamento, os veterinários chegaram à triste conclusão de que a eutanásia seria o caminho mais humano, poupando-a do sofrimento.

Só que Luna, contrariando todas as expectativas médicas, mostrou que ainda havia muita vida e amor dentro daquele pequeno corpo cansado.

Mesmo fragilizada, ela surpreendeu a todos ao levantar a cabeça, abanar o rabinho e olhar para seus tutores com a mesma doçura de sempre - como se dissesse que ainda não era hora de se despedir.

E assim, Luna provou que o amor tem poder de cura e que milagres acontecem!

'Mamãe', não chegou a minha hora

Taina Brown e Melo-Jean Yap estavam sentadas na sala da clínica veterinária, com as lágrimas escorrendo pelo rosto.

O veterinário do pronto-socorro havia recomendado a eutanásia de Luna, explicando que, depois de dias sem comer e sem conseguir se levantar, e mesmo após passar uma noite inteira internada no Veterinary Emergency Group, seu corpo já mostrava sinais de esgotamento.

A notícia devastou Taina e Melo-Jean, que, com o coração partido, começaram a se preparar para a despedida.

"Nós finalmente concordamos e até escolhemos sua urna", escreveu as tutoras em uma publicação no TikTok.

Foi então que, enquanto aguardavam a aplicação da injeção de eutanásia, um verdadeiro milagre aconteceu!

De repente, Luna se levantou com esforço, olhou em volta e começou a procurar comida, como se nada tivesse acontecido.

“Era hora do jantar dela!”, contaram emocionadas as tutoras.

O momento deixou todos na sala em silêncio, e o olhar cansado de Luna agora refletia vontade de viver. Diante daquela cena inesperada, Taina e Melo-Jean souberam que não podiam desistir dela.

"Então, cancelamos a eutanásia e prometemos ao veterinário que a levaríamos de volta caso sua saúde piorasse. Levamos Luna para casa — e ela foi direto comer o jantar", disseram.

Em entrevista à People, Taina contou que, na época, estava viajando quando Melo precisou levar Luna às pressas ao veterinário.

“Eles olharam para ela e disseram: ‘Garota, precisamos levá-la para o pronto-socorro, porque não conseguimos reanimá-la aqui’”, contou Melo à PEOPLE. “Achamos que era apenas um problema estomacal comum de cachorros idosos, mas a temperatura dela estava muito baixa e ela mal se movia.”

Assim que soube do ocorrido, Taina voltou imediatamente para casa e se encontrou com Melo no pronto-socorro, onde ela acompanhava Luna, que já havia passado a noite sob cobertores quentes e recebendo soro intravenoso.

Como Luna não estava respondendo ao tratamento, as tutoras ouviram dos médicos: “Vocês podem mantê-la aqui por mais tempo, mas ela não consegue viver sozinha assim.” Ela mal conseguia ficar em pé por três segundos antes de cair.

Foi então que, entre lágrimas e abraços, elas assinaram a papelada e tomaram a mais difícil decisão de suas vidas: permitir que Luna partisse em paz. O coração parecia pesado demais, e o silêncio na sala dizia tudo o que as palavras não conseguiam expressar.

"Estávamos em um quartinho privativo, abraçados a ela, chorando muito", lembra Taina. "Um dos técnicos veterinários tirou nossas últimas fotos de família juntos — nossos olhos estavam inchados, estávamos exaustos e parecia o fim."

Bom, mas Luna não estava disposta a partir, e mostrou isso da maneira mais inesperada e emocionante possível.

Enquanto todos acreditavam que seria seu último instante, ela reuniu forças, se levantou e começou a caminhar, com o olhar determinado de quem ainda tinha amor para viver.

"Como ela não andava há dias, ficamos chocados. Contamos para a técnica veterinária, e ela perguntou se queríamos oferecer comida a ela."

Assista:

Taina conta que, depois desse episódio, parecia que a cachorrinha havia dado uma virada de 180 graus na vida. Luna, que antes mal conseguia se mover, agora estava mais animada, alerta e cheia de energia.

"Ela estava tão diferente do que era antes, e nós ficamos tipo: 'Que diabos está acontecendo? O que aconteceu?'", acrescenta Melo. "Eles verificaram os sinais vitais dela novamente e ela tinha melhorado. Aparentemente, ela estava apenas motivada pela comida!"

Diante do milagre, com Luna recuperando os sinais vitais e demonstrando fome e energia, as tutoras não tiveram dúvidas: decidiram levá-la de volta para casa. Lá, ela poderia descansar cercada pelo amor e conforto que sempre conheceu.

"Nós a levamos para casa e ela estava bem. A primeira coisa que ela fez foi ir direto para a tigela de jantar."

Pronta para viver

Conforme os dias passavam, Luna se mostrava cada vez mais forte e alegre. Recuperou o brilho nos olhos, o apetite e até voltou a caminhar pelo quintal, com passos lentos, mas cheios de determinação.

"Ela começou a pular como um coelhinho", conta Melo. "Não só de vez em quando, mas sempre que eu a levava para o quintal." Taina acrescenta: "Ela parecia um coelhinho correndo pela grama. Nunca a tinha visto tão ativa nos oito anos em que a tivemos."

Os médicos ficaram satisfeitos e até surpresos com a melhora de Luna, mas não deixaram de alertar as tutoras de que, em muitos casos, essas explosões de energia podem representar apenas um último impulso antes do declínio. Ainda assim, Luna fez questão de provar que eles estavam errados.

"Pensamos que talvez fosse isso, mas depois de alguns meses, ela ainda estava correndo por aí", diz Taina. "Ela simplesmente não estava pronta para ir."

Enfim, a despedida

Luna foi adotada pelo casal já idosinha, com cerca de 10 anos, e desde então se tornou o coração da família.

Com seu jeitinho doce, olhar expressivo e personalidade encantadora, conquistou não apenas as tutoras, mas todos que cruzaram seu caminho.

Com o cuidado e a dedicação de Taina e Melo-Jean, Luna teve meses de paz, carinho e alegria, aproveitando cada dia como se fosse um presente.

"Você sempre será o nosso bebê milagre! Obrigado por nos dar quase um ano a mais de amor."

Até que, cercada por amor, ela se despediu, deixando uma saudade imensa e lembranças que jamais se apagarão.

"Ela gostava de ser segurada como um bebê e de conversar com ela como um bebê. Ela comandava a casa com suas patinhas." Melo acrescenta: "Se o jantar não fosse rápido o suficiente, ela latia para a gente tipo: 'Vamos lá, estou sentindo o cheiro!'"

As tutoras desejam que a história de Luna inspire mais pessoas a adotarem pets idosos, mostrando que a idade nunca deve ser um obstáculo para o amor.

"Adotamos a Luna quando ela tinha 10 anos, através da @Best Friends, e nunca imaginamos que ela viveria até os 18 anos e meio. Por favor, adotem pets idosos".

Redatora e apresentadora do Canal Amo Meu Pet.

Com formação em Design de Produtos e especialização em Design de Interiores pela Universidade de Passo Fundo, a Ana encontrou sua verdadeira paixão ao unir criatividade, comunicação e o amor pelos animais.

Apaixonada por contar histórias que tocam o coração, ela estudou Escrita Criativa com o escritor Samer Agi e participa do programa JournalismAI Discovery, organizado pela Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres e a Iniciativa de Notícias do Google, buscando se aprofundar no universo digital.

Hoje, dedica-se a produção de conteúdos que informam, emocionam, conscientizam e arrancam sorrisos.