'Agora ele é feliz': Cão dachshund com obesidade extrema é resgatado, entra em forma e transformação enche os olhos

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Hoje, Frank é um cachorro feliz e amoroso, daqueles que abanam o rabo para qualquer pessoa. Mas, antes de viver tudo isso de forma plena, ele enfrentou uma fase crítica que quase custou sua vida.

O dachshund, apelidado carinhosamente de “o tanque”, tem aproximadamente 10 anos e foi resgatado depois de viver por anos em um cenário de negligência alimentar.

Seu antigo tutor o alimentava tanto que a barriga já arrastava no chão. Frank estava tão pesado que mal conseguia andar. Se ninguém interviesse, ele simplesmente não resistiria.

Felizmente, Frank foi resgatado e ganhou uma nova chance.

A transformação do salsicha, compartilhada na página dotsfarm, no TikTok, emocionou milhões de pessoas.

Em um vídeo recente, que ultrapassou os 2,4 milhões de visualizações, o tutor compartilhou imagens de quando Frank chegou. Era um cão ofegante, lento e com o corpo completamente sobrecarregado.

Na sequência, o mesmo cachorro, só que agora magro, leve, correndo pelo gramado como se estivesse recuperando anos de vida perdida.

“Olá, sou o Frank, deixe-me me reapresentar”, escreveu o tutor na legenda.

Frank chegou à fazenda na metade do ano. Ele se arrastava mais do que andava.

A primeira suspeita foi de que ele pudesse ter alguma condição clínica associada ao sobrepeso, como hipotireoidismo ou síndrome de Cushing. Mas os testes deram todos normais.

“Simplesmente seu dono o alimentou em excesso”, contou o tutor.

Ainda assim, mesmo carregando tanto peso, Frank continuava sendo um cão doce. Ele amava pessoas, gostava de carinho e parecia determinado a aproveitar sua nova chance.

A rotina de reabilitação foi construída aos poucos. Caminhadas pelo quintal para farejar, ração em comedouros lentos, dieta equilibrada e muito amor. E funcionou.

Em outubro, o tutor compartilhou mais um marco emocionante:

“Primeiro passeio do Frank! Ele andou atrás ou ao nosso lado. Acho que ele nunca tinha usado coleira. Ele freia bruscamente quando alguém coloca uma. O Frank parece ser um cachorro muito divertido!”

No final daquele mês, o dachshund já havia perdido impressionantes 6,8 quilos.

Hoje, Frank é outro cachorro. Além de correr, ele brinca, explora, participa da rotina da fazenda.

“Você salvou a vida dele”, escreveu uma internauta.
“É ISSO AÍ, FRANK!!!”, comemorou outra.
“Estou genuinamente muito feliz por ele, obrigada por cuidarem dele”, disse uma seguidora.
“O grito que eu dei. Olha como ele está mais feliz e saudável”, reagiu outra pessoa.

O que a obesidade faz com um cachorro

De acordo com informações da VCA, a obesidade é hoje a doença evitável mais comum em cães.

Na pesquisa mais recente da Association for Pet Obesity Prevention, 59% dos cães avaliados estavam com sobrepeso ou obesidade.

A condição acontece quando o animal está 10% a 20% acima do peso ideal (sobrepeso) ou mais de 20% acima (obesidade). E os riscos são sérios.

Estudos recentes mostram que o tecido adiposo, ou seja, a gordura, é biologicamente ativo e produz substâncias inflamatórias que prejudicam o corpo. Por isso, a obesidade é tratada hoje como uma condição inflamatória crônica.

Entre os problemas relacionados ao excesso de peso estão:

  • diabetes mellitus
  • doenças cardíacas
  • hipertensão
  • problemas ortopédicos, incluindo osteoartrite
  • maior risco de certos tipos de câncer
  • pedras na bexiga
  • complicações anestésicas

Além disso, os cães com sobrepeso moderado podem viver até dois anos a menos do que cães com peso saudável.

Como os tutores podem identificar e prevenir a obesidade

O primeiro passo é reconhecer que existe um problema. Mas isso nem sempre é fácil. Como estamos acostumados a ver cães acima do peso na internet e nas ruas, muitos tutores acreditam que esse é o “normal”.

Uma forma simples de avaliar a condição corporal é apalpar as costelas.

  • Se as costelas parecem como o dorso da mão, o cão está no peso ideal.

  • Se lembram os nós dos dedos, está magro demais.

  • Se lembram a parte carnuda da palma da mão, há excesso de gordura.

A VCA reforça que não basta reduzir a quantidade da ração atual. Isso pode gerar deficiências nutricionais. A melhor abordagem é fazer o processo acompanhado por um veterinário, com porções controladas, dieta adequada e pesagens mensais.

E há outro ponto importante: petiscos não devem ultrapassar 10% das calorias do dia. Muitas vezes, o excesso está justamente nas recompensas.

Além da alimentação, o exercício físico é indispensável.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.