Idosa de 77 anos encanta ao ser vista passeando com nove cães resgatados: “Se você tem animais, tem que cuidar”

Certa noite, o comediante e criador de conteúdo Damián Cervantes avistou uma cena na rua difícil de ignorar.

Uma senhora passeava tranquilamente com nove cachorrinhos, todos bem cuidados, usando roupinhas e caminhando educadamente, com os rabinhos abanando em perfeita sintonia.

“Sinceramente, eu gostaria de ser ela”, comentou Damián, antes mesmo de se aproximar.

A senhora se chama Mari Carmen, tem 77 anos recém-completados e dedica boa parte da vida a resgatar cachorrinhos abandonados.

Curioso e encantado, o criador de conteúdo puxou conversa enquanto observava os cães tranquilos ao redor dela.

“Quantos bebês a senhora tem?”, perguntou. “São nove. Eu tinha mais, mas como são resgatados”, respondeu com tranquilidade.

Todos os cães permitiam carinho sem qualquer sinal de agressividade. “Eles não mordem”, garantiu ela, enquanto Damián se abaixava para interagir com o grupo.

Um dos cachorrinhos, no entanto, chamou atenção por ficar mais afastado.

“Aquele ali no canto é muito medroso, porque a mãe dele está muito machucada”, explicou.

Segundo Mari Carmen, cada um tem uma história diferente. Alguns foram resgatados do lixo, outros separados das mães, outros encontrados em situações de abandono.

Ainda assim, todos ganharam o mesmo destino: cuidado, respeito e uma rotina de amor.

“Se você tem animais, tem que cuidar deles”, disse ela. “As pessoas compram animais por gosto, mas tem tanto cachorro na rua… eles morrem, são mortos.”

Um exemplo que emocionou milhares

Damián confessou que, à primeira vista, achou que todos os cães fossem da mesma ninhada, tamanha a harmonia entre eles. Mari Carmen explicou que não. O segredo estava no cuidado diário e no vínculo construído com paciência.

Ela também falou sobre o Parque México, onde costuma passear com seus cães e onde, aos fins de semana, fundações de proteção animal levam cães para adoção.

“A vantagem dessas fundações é que elas te emprestam o cachorro para dar uma volta”, explicou. “Você vê se há comunicação, se o cachorrinho gosta de você.”

Veja o vídeo:

Essa simples conversa emocionou milhares de internautas. O vídeo foi visto mais de 770 mil vezes e curtido por 67,9 mil pessoas.

“Que ótimo exemplo! Como são lindos e adoráveis os seus amiguinhos peludos!”, escreveu um seguidor.

“Ah, que fofa! Quando eu crescer, quero ser igual a ela”, disse outra.

“Que trabalho maravilhoso e que coração bondoso, cuidando de tantas crianças sem-teto”, escreveu mais alguém.

Pets e idosos: uma relação que transforma vidas

Trazer um pet para a rotina de um idoso pode ser benéfico das mais diversas formas. Desde brincadeiras, afeto, companhia, segurança, até propósito, rotina e saúde.

“Para os idosos que se sentem isolados, um animal de estimação pode ser transformador, oferecendo conexão e propósito”, afirma a Dra. Lisa Gibbs, geriatra da UCI Health.

Estudos mostram que idosos que convivem com animais de estimação apresentam melhora da saúde cardiovascular, redução da pressão arterial, diminuição da solidão e níveis mais baixos de estresse.

Além disso, há aumento das interações sociais e melhora significativa do humor e da saúde emocional.

Uma pesquisa com quase 8 mil idosos que moravam sozinhos revelou que aqueles que tinham pets apresentaram um declínio cognitivo mais lento, especialmente em áreas como memória, fluência verbal e cognição geral.

Movimento, propósito e afeto diário

Os cães, em especial, incentivam caminhadas diárias e contato com outras pessoas, algo essencial na terceira idade.

O simples ato de alimentar, escovar, dar banho ou passear já promove movimento e sensação de utilidade.

“Cuidar de animais de estimação demonstrou promover uma sensação de calma, reduzir a ansiedade e, para alguns idosos, proporciona um senso de propósito”, destaca Gibbs.

Ela ressalta, no entanto, que a decisão deve ser consciente e responsável. É importante considerar mobilidade, energia, custos e até planos futuros para o cuidado do animal caso o tutor adoeça.