Gato de rua protege gatinhos que encontrou abandonados como se fossem seus

Por
em Notícias
Ele não tinha condições físicas ou favoráveis de acolher, mas deu o que tinha de mais precioso a eles: o seu amor.

Não precisa ser de sangue para amar e esse gatinho de rua mostrou isso ao acolher seis filhotes abandonados como se fossem seus. O fato, ocorrido em Bloomfield, Nova Jersey (EUA), mostrou como é grande o amor dos animais uns aos outros.

A ninhada estava abandonada em um cesto e foi encontrada por uma pessoa que contatou o abrigo de animais Homeless Animal Adoption League (HAAL) para resgatá-los.

O abrigo não costuma realizar resgate de rua, mas como o tempo estava fechado e poderia chover a qualquer momento, a equipe compareceu ao local e socorreu os filhotes.

Enquanto a equipe estava a caminho, o inesperado aconteceu. Um gato macho se aproximou e acolheu os gatinhos na tentativa de mantê-los aquecidos e seguros como se fossem seus.

Com os voluntários já presentes, ele ficou na defensiva, mas felizmente ele e os filhotes foram resgatados, levados para o abrigo e alimentados.

“No dia seguinte, tivemos mais tempo e fomos conhecer melhor a doce família. Ficamos orgulhosos do gatinho macho, especialmente porque os filhotes não são dele. Estava agindo como um protetor e um pai adotivo da ninhada […]”, escreveu o abrigo no Facebook.

Não por acaso, o felino foi batizado de 'Sra. Doubtfire', em referência ao filme estrelado pelo falecido ator Robin Williams, em que ele se disfarça de dona de casa para passar um tempo com os filhos após se divorciar.

A grandeza do amor animal é profundamente tocante, né?

Comportamento afetivo dos gatos

Naturalmente, histórias como essa chamam a atenção pela sensibilidade que os animais possuem, no entanto, isso é mais comum do que imaginamos.

Um estudo promovido pela Universidade de Ohio explica que o apego dos animais é um comportamento biologicamente relevante. A doutora Kristyn Vitale, pesquisadora do Laboratório de Interação Humano-Animal da Faculdade de Ciências Agrícolas, uma das mentoras do estudo, fala sobre a afetividade dos felinos em relação aos donos.

“Nosso estudo indica que, quando os gatos vivem em um estado de dependência humana, esse comportamento de apego é flexível e a maioria deles usa o humano como fonte de conforto”.

Os pesquisadores selecionaram 70 gatinhos que passaram por três processos: primeiro eles foram colocados individualmente em uma sala com seus respectivos donos por dois minutos. Depois desse período, eles ficariam outros dois minutos sozinhos e por último eles ficaram mais dois minutos novamente com seus cuidadores.

Observando todas as reações em outra sala, os especialistas relataram que 64,3% dos bichanos mostraram sinais de apego e segurança. Quando seus donos retornavam para o local, eles ficavam mais relaxados e dividiam seu tempo entre buscar carinho e explorar os arredores.

Os outros 35,7% foram categorizados como apegados, mas inseguros. Esses apresentavam sinais de estresse, como lamber os próprios lábios e torcerem o rabo. Quando seus donos retornavam, ou eles ficavam um tempo afastados ou pulavam no colo sem se mover.

Para meio de comparação, pesquisas anteriores mostraram que o nível de apego e segurança na presença de algum familiar é de 65% para crianças e 58% para cães. Krystin explica que a maioria dos gatos usa. o dono como fonte de segurança:

“Seu gato depende de você para se sentir seguro quando está estressado”.