Cachorro adorava cumprimentar sua vizinha de 94 anos pela cerca - até que certo dia ela não apareceu

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Todas as manhãs, a cachorrinha Honey corria até a cerca do jardim para encontrar sua melhor amiga: uma senhora de 94 anos que o esperava do outro lado com petiscos e carinho.

No entanto, essa rotina encantadora virou uma história de partir o coração quando, certo dia, a vizinha não apareceu mais. E desde então, Honey ainda espera por ela.

A história foi compartilhada pela tutora de Honey, Abigail Morrow, no TikTok, e deixou milhões de internautas secando as lágrimas.

Nas imagens, Honey aparece olhando pela cerca e latindo, como se chamasse por alguém. Alguém que, agora, não pode mais responder.

Na legenda do vídeo, Abigail completou:

“Eu sei que ela está no céu agora. Ela foi a vizinha mais doce que já tivemos.”

O vídeo original, postado em 31 de julho, acumula mais de 34 milhões de visualizações e 9 milhões de curtidas.

A amizade mais pura

A idosa, identificada como Edna, era uma vizinha carinhosa, que criou com Honey um ritual diário. A cada manhã, ela se aproximava da cerca com petiscos e carinho, e a cachorrinha, sempre à espera, a recebia com alegria e latidos empolgados.

Juntas, formavam um pequeno ritual de amizade, daquelas que não precisam de palavras, apenas de presença.

Quando Edna adoeceu gravemente, sua família enviou uma mensagem à de Abigail. Eles sabiam da importância daquele laço. Pediram, então, que levassem Honey para se despedir.

“A Honey conseguiu cheirá-la várias vezes, dar muitos beijinhos na mão dela e se despedir da amiga. Então, elas realmente tinham um vínculo muito especial”, contou Abigail, de acordo com uma publicação no X.

A neta de Edna, Susan, respondeu emocionada:

“Obrigada por registrar isso. Estou chorando agora, mas minha avó amava muito seu bebê peludo.”

Uma despedida que comoveu o mundo

Além da história comovente, algo que também chamou atenção dos internautas foram os detalhes quase cinematográficos.

“Eles eram do mesmo tamanho, da mesma cor, com o mesmo ‘corte de cabelo’. Feitos um para o outro”, escreveu um usuário.

Outro comentou:

“A maneira como a grama está gasta no lugar exato onde ele a esperava... Isso partiu meu coração.”

A seção de comentários foi inundada por comoções:

“Isso arruinou minha vida. Estou chorando”, escreveu uma pessoa.
“Alguém cortou cebolas por aqui?”, brincou outro.

Cães sentem luto?

Segundo o American Kennel Club (AKC), sim, cães sentem luto. Embora não possam compreender a morte como nós, os cães percebem a ausência de alguém querido e sofrem com isso.

Dr. Marc Bekoff, professor emérito da Universidade do Colorado, explicou ao AKC que os sinais de luto em cães podem incluir:

  • Letargia
  • Perda de apetite
  • Vocalizações incomuns (como uivos ou latidos repetitivos)
  • Isolamento social
  • Busca pelo amigo ausente
  • Comportamentos destrutivos ou ansiedade
“Os cães podem não entender o conceito da morte, mas sentem que alguém importante desapareceu de sua rotina e do seu mundo afetivo”, explica Bekoff.

O tempo do luto canino

Assim como com os humanos, o processo de luto nos cães não tem tempo certo para passar.

De acordo com um estudo publicado na revista Animals, o luto canino pode durar de algumas semanas até seis meses, variando conforme o vínculo, idade, saúde e até o comportamento dos tutores em casa.

A Dra. Mary Burch, especialista em comportamento animal, reforça que a melhor forma de ajudar um cão enlutado é com presença e paciência:

“Dê tempo, carinho e atenção. Não puna comportamentos incomuns. Em vez disso, ofereça amor e atividades que mantenham o cão mentalmente e fisicamente ativo.”

Se o cão é sociável, introduzir gradualmente outro animal de estimação ou promover encontros com outros cães pode ajudar. Mas é importante que isso seja feito no tempo certo e com muito respeito ao processo de luto individual de cada pet.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.