Filha filma reação de mãe após descobrir qual animal de estimação diferente adotou sem avisar qual era
Por Larissa Soares em Aqueça o coração
Há algumas semanas, Maria Eduarda chegou à casa dos pais com um novo pet em mãos, escondido debaixo de uma cobertinha para fazer um suspense.
“Oi! Vem conhecer o Virgulino”, anunciou, enquanto a mãe, curiosa, se aproximava.
“Meu Deus do céu”, respondeu a mulher, com a voz doce de quem já imagina um filhote de cachorro ou gato esperando para ser apresentado. Mas não era nada disso.
“Rato? Passarinho? Hamster?”, ela arrisca, tentando adivinhar.
A filha, com um sorriso contido, diz para a mãe puxar a cobertinha. “Coelho?”, pergunta a mãe, animada.
O suspense dura poucos segundos. Assim que ela levanta a coberta e vê que Virgulino é um porquinho, coloca a coberta de volta e solta, incrédula:
“Charlene, isso não é verdade não, Charlene”, relembrando um antigo meme da internet.
Mas o choque durou pouco. Horas depois, a mesma mãe que “não queria um porco em casa” estava com Virgulino no colo, embalando ele.
O 'poder' do Virgulino
A cena foi publicada no TikTok dedicado ao porquinho (@virgulinominipig) e rapidamente viralizou.
Já são mais de 1,4 milhão de visualizações e 120 mil curtidas, com milhares de comentários de internautas se divertindo com a mudança repentina de postura da mãe.
“Ela cobrindo ele de volta KKKKKKK”, comentou um seguidor.
“Minha mãe faz a mesma reação quando trago animais novos em casa”, disse outro.
“No começo é assim, depois faz até camiseta com a foto do porquinho”, riu mais uma.
Pois é, Virgulino não só conquistou a casa, como também os corações da internet. O mini porco já acumula mais de 42 mil seguidores, e cada vídeo novo é uma dose de fofura.
Mas, junto com o encanto e centenas de comentários do tipo “eu quero um”, vieram também as dúvidas: “Porcos de estimação ficam grandes?”, “Dá pra criar dentro de casa?”, “O que eles comem?”
A resposta é que, embora sejam adoráveis e extremamente inteligentes, os mini porcos exigem cuidados bem específicos e não são exatamente o pet ideal para qualquer tipo de lar.
O que é importante saber antes de adotar um mini porco
De acordo com a Sociedade da Colúmbia Britânica para a Prevenção da Crueldade contra os Animais (BC SPCA), os chamados mini pigs, ou mini porcos, não pertencem a uma raça específica.
Na verdade, eles são uma categoria criada a partir do cruzamento de diferentes raças menores, como o vietnamita barrigudo, o Juliana e o Kune Kune.
O problema é que o termo “mini” pode ser um tanto enganoso. Mesmo os porcos considerados pequenos costumam pesar entre 34 e 68 kg, podendo chegar a 90 kg na fase adulta.
E o crescimento não é rápido: eles continuam se desenvolvendo até os quatro ou cinco anos de idade.
Na prática, é importante se preparar para um animal de médio porte e com necessidades bem diferentes das de um cachorro ou gato.
Cuidados, espaço e alimentação
Os mini porcos são extremamente inteligentes, aprendem truques com facilidade e podem até ser treinados com reforço positivo, especialmente quando há petiscos envolvidos.
No entanto, eles têm uma natureza curiosa e precisam de muito espaço para explorar.
Em casa, podem se tornar destrutivos se não tiverem onde fuçar ou cavar. Por isso, o ideal é que tenham acesso a uma área externa com solo, brinquedos e sombra.
Em dias quentes, eles gostam de se refrescar em locais úmidos ou “poças de lama”, que ajudam a regular a temperatura corporal e protegem a pele contra queimaduras solares.
Outra questão importante é o clima. Porcos sentem frio facilmente, então precisam de abrigo seco e aquecido à noite e durante o inverno.
Além disso, a cerca do quintal precisa ser bem reforçada, pois eles são fortes, curiosos e excelentes escavadores.
A alimentação deve ser baseada em ração própria para porcos, complementada com frutas, verduras e feno. E, assim como qualquer outro pet, necessitam de acompanhamento veterinário regular, com vacinação, controle de parasitas, cuidados com dentes e cascos.
Um pet adorável, mas que exige comprometimento
Outro ponto que muitas pessoas desconhecem é que nem todos os municípios permitem a criação de porcos em áreas residenciais.
Antes de adotar, é essencial verificar as leis locais para evitar problemas e até a necessidade de realocação do animal.
Os mini porcos também podem viver até 15 anos, o que significa que adotá-los é um compromisso de longo prazo.
E, apesar do tamanho compacto, eles podem ser barulhentos e têm fezes com odor intenso, algo que deve ser levado em consideração, especialmente para quem vive em áreas urbanas.
Infelizmente, muitos porcos acabam sendo abandonados quando crescem mais do que o esperado ou se tornam difíceis de manejar.
Abrigos e santuários relatam que é cada vez mais comum receber porquinhos que foram “devolvidos” porque os tutores não estavam preparados para os desafios.
Por isso, especialistas reforçam: antes de trazer um mini porco para casa, é importante estudar muito sobre a espécie, preparar o ambiente e garantir que há tempo, espaço e recursos para cuidar dele adequadamente.
Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.









