Caixa de gatos é jogada dentro de pátio com pitbull e reação de cão impressiona

Nevasca é uma pitbull de pelagem branca que impõe respeito logo no primeiro olhar. Sua presença marcante e postura confiante fazem qualquer um parar para admirá-la.

Mas, bastam alguns instantes ao seu lado para que a imagem de força dê lugar a uma ternura imensa. Por trás da aparência imponente, há uma cadela doce, leal e cheia de amor.

Ela é apaixonada por sua família e tem uma rotina que revela seu coração gentil: adora colher amoras com seu pequeno irmão humano.

O momento favorito dos dois é quando ele oferece as frutinhas para ela, que aceita com toda delicadeza. Essa cena simples, mas cheia de significado, mostra que a verdadeira força de Nevasca está na bondade e na conexão que ela compartilha com quem ama.

Confira:

O pitbull é frequentemente visto como um cão agressivo, mas Nevasca é a prova de que essa fama não passa de um grande equívoco.

Com seu coração generoso e temperamento equilibrado, ela mostra que tudo depende de amor, cuidado e criação responsável.

Forte por fora e doce por dentro, Nevasca encanta a todos com seu jeito protetor e afetuoso, lembrando que a verdadeira natureza de um cão reflete o carinho que ele recebe.

A prova do coração gentil de Nevasca vai muito além do amor que ela demonstra pela própria família.

Essa pitbull, de aparência imponente e alma doce, parece ter um dom natural para acolher qualquer ser que cruze seu caminho.

Um exemplo comovente aconteceu em meados de outubro, quando filhotes de gato foram abandonados no quintal de sua casa.

A pitbull que desafiou estereótipos com um gesto de puro afeto

A tutora acredita que a pessoa responsável pelo ato cruel — que, inclusive, é crime previsto por lei — imaginava que a cadela reagiria com agressividade. Afinal, muitos ainda carregam o preconceito de que pitbulls são animais perigosos e imprevisíveis.

Mas Nevasca provou exatamente o oposto. Ao encontrar a caixa, ela não rosnou nem se afastou. Aproximou-se com cuidado, cheirou os gatinhos e, em poucos instantes, estava ao lado deles, calma e atenta, como se soubesse que precisava protegê-los.

Quando a tutora chegou em casa e viu a cena, ficou sem palavras. Lá estava Nevasca, vigiando os filhotes com a ternura de uma verdadeira mãe. Desde então, passou a cuidar deles com um carinho impressionante, lambendo-os e garantindo que estivessem seguros.

A tutora registrou a cena emocionante e compartilhou o vídeo no perfil do TikTok da pet, @nevascapit, no dia 10 de outubro. Na legenda, escreveu como se fosse a própria Nevasca narrando a história:

“Agora são meus filhotes.”

Em poucas horas, o vídeo conquistou a internet, ultrapassando 266 mil visualizações e gerando milhares de comentários cheios de carinho e admiração.

Entre eles, muitos usuários destacaram o amor e a sensibilidade da pitbull:

“Ainda tem gente que fala mal do pitbull. Raça muito amorosa, sabendo criar com amor e carinho.”

Outro brincou: “Ela tipo ‘não fui eu que fiz, mãe, mas eu cuido, tá?’”

E teve quem se emocionasse com a lição:

“Mais uma vez, os humanos levando uma lição de moral com os animais. Cada dia precisamos aprender com eles.”

A reação do público mostrou que a atitude de Nevasca tocou corações e quebrou preconceitos, revelando o lado mais doce e protetor de uma raça que, quando criada com amor, é puro afeto e lealdade.

Assista:

O que explica o instinto materno dos cães diante de animais indefesos

Há explicações para a reação “maternona” de Nevasca aos gatinhos.

Em cadelas, comportamento materno é fortemente modulado por hormônios como oxitocina, prolactina e progesterona; esses sistemas de cuidado podem ser acionados mesmo sem gestação, o que ajuda a explicar adoções “de outras espécies”.

Revisões científicas sobre comportamento materno em cães descrevem esse papel hormonal e a facilitação de cuidados e afiliação pelo circuito da oxitocina.

Além disso, há registro de aloparentalidade (adultos cuidando de filhotes que não são seus) em cães de companhia, algo observado por criadores e descrito em estudo revisado, o que torna natural uma cadela acolher filhotes “estranhos” quando ouve seus miados e vê seus sinais de necessidade.

Em paralelo, pesquisas mostram que a oxitocina também sustenta vínculos sociais cão–humano, aumentando a motivação para aproximar-se e cuidar; esse mesmo sistema pró-afiliação pode transbordar para cuidados com outros animais vulneráveis.

Por fim, cadelas podem apresentar pseudogestação (pseudociese), um estado clínico e comportamental que inclui condutas maternas mesmo sem filhotes, reforçando a predisposição ao cuidado quando encontram neonatos.

Veja abaixo mais momentos de Nevasca cuidando dos filhotes, em cenas cheias de ternura e instinto maternal.

* Texto revisado pela médica veterinária Letícia Fhynbeen.

Quem é Letícia FhynbeenLetícia Fhynbeen é médica veterinária dedicada, principalmente, à nefrologia e urologia de cães e gatos. Seu propósito é oferecer um cuidado acolhedor, especializado e atualizado para melhorar a qualidade de vida dos pets e de suas famílias. Acompanhe dicas e conteúdos no Instagram: @renalcarenefrologia.

Um novo começo para os gatinhos

Se a real intenção da pessoa que jogou os filhotes no quintal era vê-los sofrer, o plano teve o efeito completamente oposto.

Em vez de uma tragédia, o que se formou ali foi uma cena de ternura e compaixão. Nevasca, com seu instinto protetor, acolheu os gatinhos como se fossem dela.

O que poderia ter sido um ato cruel transformou-se em uma lição de amor, mostrando que até mesmo os gestos mais maldosos podem ser superados pela força da bondade.

Agora, os filhotes têm um lar acolhedor e o amor de uma família, além dos cuidados de uma mamãe superespecial. Sob a proteção de Nevasca, eles crescerão fortes, saudáveis e cheios de energia.

Confira:

Acompanhe de perto a evolução dessa família nada tradicional, cheia de amor e carinho, seguindo Nevasca no TikTok @nevascapit.

Lá, você vai se encantar com cada momento dessa pitbull amorosa e seus filhotes felinos, uma convivência que prova que o amor não tem raça nem espécie.

Abandono de animais no Brasil

No Brasil, abandonar ou maltratar animais é crime, conforme previsto no artigo 32 da Lei nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais).

Desde 2020, com a sanção da Lei nº 14.064, as penas ficaram mais severas: quem for flagrado cometendo maus-tratos contra cães ou gatos pode receber de 2 a 5 anos de prisão, além de multa e proibição de ter outro animal.

O abandono é considerado uma forma de maus-tratos, pois expõe o animal ao sofrimento, à fome e ao risco de morte.

Ao presenciar uma situação assim, a pessoa deve denunciar imediatamente. É possível registrar ocorrência na delegacia mais próxima (preferencialmente na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente) ou pela internet, no site da Polícia Civil do seu estado.

Também é possível acionar a Secretaria do Meio Ambiente, a Prefeitura, ou denunciar anonimamente pelo Disque 190 (em caso de flagrante) ou Disque 181 (denúncia anônima).

Cada denúncia faz diferença, é através dela que mais animais têm a chance de serem resgatados, tratados e protegidos pela lei.