Tutora é alertada que seu cão talvez nunca mais tivesse pelos, mas após meses de amor ele fica irreconhecível
Por Larissa Soares em Proteção Animal
Quando Jane conheceu Mogli, uma cadela da raça pastor alemão que foi deixada amarrada na frente de um abrigo, ela não fazia ideia da transformação que estava prestes a testemunhar.
O encontro aconteceu logo em um momento delicado, pois Jane havia acabado de perder seu cachorro e buscava preencher o vazio deixado por ele.
“Foi emocionante ter um novo cão”, contou ela ao canal GeoBeats Animals. “Mas logo percebi que havia algo acontecendo com ela.”
Pouco tempo depois de levá-la para casa, Mogli começou a perder pelos de forma acelerada.
No início, parecia ser apenas uma alergia. Mas logo o quadro se transformou em um quebra-cabeça.
“Muitos achavam que era alergia a frango ou carne bovina. Diziam que bastava cortar essas coisas que tudo melhoraria”, explicou Jane.
Mas, na prática, a situação só piorava. “Meu Deus, achei que fosse perder outro cachorro”. Os veterinários se mostravam confusos, e o diagnóstico definitivo nunca veio.

Tudo o que se sabia era que Mogli estava extremamente fragilizada, provavelmente em decorrência da negligência e da má nutrição que sofreu antes de ser resgatada.
“Achamos que era apenas falta de cuidados e de alimentação adequada”, diz Jane.
Mesmo sem respostas concretas, a tutora se recusou a desistir. Com paciência, boa comida e muito carinho, iniciou uma rotina de cuidados que, ao longo de seis a sete meses, mudaria completamente a aparência e a vida da cadela.

“Os veterinários me disseram que talvez ela nunca mais tivesse pelos. Portanto, o fato de ela ter se recuperado completamente é muito mais do que eu esperava”, comemora.
A transformação (por dentro e por fora)
Hoje, Mogli está irreconhecível, e não apenas por fora. A cadela, que antes pesava cerca de 12 quilos, agora está com 47 kg e exala saúde e alegria.
A pelagem, antes praticamente inexistente, é descrita como “tão bonita que o pessoal do pet shop até elogia”.
Jane brinca que sempre mostra a foto do “antes” para provar que é o mesmo cão. “Eles dizem: ‘Ah, é um cachorro totalmente diferente!’”. A dupla se tornou inseparável.
“Adoramos começar a manhã juntos em caminhadas e terminar o dia nos abraçando”, conta Jane. “Todas as noites, ela deita a cabeça no meu peito, e eu ainda me emociono com isso.”
Mogli, segundo a tutora, é uma cadela incrivelmente sociável.
“Acho que essa é a parte mais difícil, dizer a ela que nem todo mundo gosta de cachorros. Ela só quer dizer oi pra todo mundo.”
O contraste entre o que ela sofreu e a doçura que demonstra hoje é o que mais impressiona Jane. “Ela é tão amorosa… e acho que isso vem do fato de finalmente se sentir segura.”
No fim, Jane acredita que foi Mogli quem realmente a salvou.
“Quando perdi meu cachorro anterior, foi uma das dores mais profundas que já senti. Eu estava com medo de nunca superar. E ela simplesmente curou tudo. Eu digo todos os dias o quanto a amo e o quanto ela me salvou.”
A história comoveu os internautas, que lotaram os comentários com mensagens de carinho.
“Que linda história de amor. Vocês se escolheram. Acho que foi o estresse emocional que fez com que ela perdesse o cabelo. O amor cura”, escreveu uma seguidora.
Outra comentou: “Você salvou a vida dela. Que bom que ela se recuperou tanto. Bênçãos!”
Mas Mogli não é a única que provou o poder transformador do amor.
Outra transformação incrível
Em 2023, uma história parecida emocionou o Brasil. Durante as férias em Ilhéus (BA), a pequena Angelina, filha de Rosanna Britto, avistou um cachorro em situação crítica perto de uma cachoeira.
O animal estava magro, coberto de feridas e praticamente sem pelos. Chorando, a menina implorou para que a família o resgatasse.

Sem espaço no carro, eles prometeram que voltariam… e cumpriram.
Dias depois, Rosanna mobilizou as redes sociais para arrecadar fundos e garantir o tratamento do cão, que recebeu o nome de Max.
O diagnóstico não foi nada animador, já que o cão estava com sarna negra, doença do carrapato, vermes no coração e desnutrição severa.
Mesmo assim, a família não desistiu. Max recebeu cuidados intensivos e muito amor. E, pouco a pouco, começou a se transformar.
“Conforme os pelos cresciam, percebemos algo incrível: o cachorro preto e sem pelos, na verdade, era um vira-lata caramelo!”, contou Rosanna.
Dois anos depois, Max vive com o avô da família em Ilhéus e está saudável, peludo e feliz. Suas antigas feridas deram lugar a uma pelagem dourada e a um ‘sorriso’ que irradia gratidão.
Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.












