Cães de terapia fazem companhia a idosos que não podem receber visita de familiares em asilo

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O distanciamento social causado pelo novo coronavírus tem sido devastador para muitas pessoas que estão longe dos seus familiares e, consequentemente, longe de abraços. Felizmente, a presença de cães de terapia na casa de repouso The Hebrew Home, em Riverdale, Nova Iorque, Estados Unidos, tem devolvido esse carinho aos idosos que lá vivem.

Moradora do local, Eileen Nagle, de 79 anos, é uma das beneficiárias do carinho e da dedicação dos cães Zeus e Marley, um dogue alemão, que são os dois principais responsáveis em levar alegria e carinho aos idosos.

Como os moradores estão vetados de receber visitas desde o início da pandemia, Zeus e Marley se encarregam de entreter e fazer companhia para eles.

“Acariciar e brincar com os cachorros interrompe o dia e faz com que você se esqueça de si mesmo por um tempo”, diz Eileen.

Segundo o portal de notícias Hindustan Times, o programa de terapia com animais de estimação existe há 20 anos, mas foi suspenso no início do coronavírus. Com o passar do tempo, no entanto, o fundador do programa de terapia para animais de estimação e presidente e CEO da RiverSpring Health, operadora sem fins lucrativos do Hebrew Home, Daniel Reingold, decidiu reativá-lo para suprir a falta dos familiares.

“Decidi que precisávamos reenergizar o programa de visita de animais de estimação, já que não é permitida a visitação externa. Eles estiveram no asilo trazendo felicidade e amor incondicional aos residentes e funcionários”, disse Daniel.

Além de Eileen, Jeff Philipson, de 80 anos, também recebe a visita diária dos cães de terapia que pertencem aos funcionários da residência.

“É edificante ter Zeus vindo me visitar, especialmente com COVID e estando restrito ao meu quarto. Falo ao telefone todos os dias com minha filha e meu filho, mas isso é o melhor que posso conseguir por agora”, conta Jeff.

Embora a presença canina seja um suspiro em tempos difíceis e isolados, há uma série de regras que foram estabelecidas para permitir o contato entre os idosos e os cães.

“Os cães têm que ser avaliados, seguir comandos básicos e ser capazes de lidar com cadeiras de rodas, elevadores, carrinhos de medicamentos e todas as outras coisas que encontrarão no chão”, explica Daniel.

Há ainda, gatinhos no local, mas esses são robóticos. O Lar Hebraico tem vários gatos animatrônicos semelhantes à vida que ronronam e miam enquanto os residentes os seguram no colo e acariciam seu pelo. “Os gatos são especialmente calmantes para pessoas com demência”, disse Catherine Farrell, diretora de atividades terapêuticas, principal adestradora de cães e proprietária da Marley.

Os animais, além de serem excelentes companheiros, produzem endorfinas, reduzem a pressão arterial e a ansiedade. Além de melhorar a convivência, o humor e a comunicação entre os moradores e funcionários. Ou seja, só há coisas boas, nessa relação, né?

Cães de terapia

A terapia assistida por animais é um campo em crescimento que usa cães ou outros animais para ajudar as pessoas a se recuperar ou lidar melhor com problemas de saúde, como doenças cardíacas, câncer e distúrbios mentais. As visitas do cão de terapia pode reduzir significativamente a dor, ansiedade, depressão e fadiga em pessoas com uma variedade de problemas de saúde:

  • Crianças fazendo procedimentos odontológicos
  • Pessoas recebendo tratamento de câncer
  • Pessoas em instituições de cuidados de longa duração
  • Pessoas com doenças cardiovasculares
  • Pessoas com demência
  • Veteranos com transtorno de estresse pós-traumático
  • Pessoas com ansiedade

E não são apenas as pessoas com problemas de saúde que colhem os benefícios. Membros da família e amigos que recebem junto com o paciente a visita do cão dizem que também se sentem melhor.