Morador de rua cego é internado e sua vira-lata caramelo o acompanha em hospital; vídeo

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Uma cadela vira-latinha caramelo comoveu funcionários do hospital Santa Casa de São Paulo, localizado em São Paulo, capital, ao ficar esperando do lado de fora o seu dono, um morador de rua que estava internado.

A pequena se chama Lucimara e se negou a sair do local sem a presença do seu tutor.

O caso aconteceu entre o domingo, 6, e a segunda-feira, 7, quando o homem com deficiência visual em situação de rua, foi atropelado e chegou ao pronto-socorro com traumatismo craniano e uma dor no tórax.

A cadelinha foi flagrada cheirando a porta de entrada na esperança de rastrear o cheiro do tutor, além de latir insistentemente.

Os colaboradores ao perceberem que a peludinha pertencia ao paciente, logo trataram de oferecer-lhe um cobertor e comida, porém, com tamanha tristeza não comia, só foi se acalmar quando puseram uma camiseta do homem junto ao cobertor.

"Chegou um paciente vítima de um trauma e a dificuldade é que ele é deficiente visual, mas veio junto com ele uma cachorrinha. Aí foi uma comoção entre todos da equipe", disse Fábio Agostini do Amaral Gomes, gestor-médico dos prontos-socorros da Santa Casa de São Paulo, em entrevista ao G1.

A demonstração de lealdade da Lucimara foi tamanha que o administrativo resolveu identificar a cachorrinha como pertencente ao paciente, e então colocaram uma pulseira no seu pescoço. Por sua insistência, a caramelo ganhou o direito de entrar no hospital para acompanhar o dono até a alta.

"Existem outras pessoas e pacientes no pronto-socorro. A gente tentou de uma maneira que não atrapalhasse ninguém e que ela ficasse menos assustada, porque a Lucimara teria que entrar num setor movimentado. Tinha uma dificuldade: será que ela vai avançar no técnico de enfermagem quando chegar perto do dono? Só que no final, quando eles se encontraram, foi algo muito emocionante".

Confira:

Lucimara recebeu o direito de visita pois como o dono é deficiente visual, o hospital a considerou como cão de apoio.

"Não existe a menor dúvida de que nesse caso em questão, de um deficiente visual, que está em um local barulhento, que ter a companheira ao lado dele diminuiu a ansiedade, tirou a tensão, e ainda gerou uma preocupação em toda a equipe, que gerou muita felicidade. A gente sabe, quem tem cachorro gato, você tem o afeto e sua família acaba sendo o animal", explicou Gomes.

A cadelinha permaneceu com o dono até o final da tarde de segunda-feira, quando o mesmo recebeu alta.

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