Tutor relata como é cuidar de um cãozinho com Alzheimer

Josue descreve a atenção constante que o cão exige, comparando-a ao cuidado de um bebê que não pode ser deixado desatendido.

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Josue Moreira Neres, o tutor de um cachorro da raça Shiba Inu, chamado Max, compartilha diariamente como é conviver e cuidar de um cachorro diagnosticado com Alzheimer Canino.

Inteligente e amoroso, Max que foi trazido pela família do Arizona, nos EUA, sempre respondeu bem aos comandos até que mudou totalmente seu comportamento.

Há dois anos, Max passou a não responder quando chamado, perdeu a excitação habitual e mostrou sinais de desorientação, como latir espontaneamente e andar em círculos.

Em entrevista ao Amo Meu Pet, Josue descreveu que no início a família chegou a pensar que era por conta da idade avançada do cão.

“Mas quando esses comportamentos começaram a mudar, foi que nos preocupamos. Já não respondia bem pelo nome, não tinha muita entusiasmo para nos receber quando chegávamos em casa, perdeu o interesse pela bolinha”, relembrou.

Diante dessas mudanças preocupantes, o filho de Josue, que é médico, sugeriu uma consulta com um veterinário neurologista.

Após relatar os sintomas, a família recebeu a possibilidade de um diagnóstico doloroso: a "Síndrome da Disfunção Cognitiva" ou "Alzheimer Canino".

Os exames foram necessários para confirmar o Alzheimer Canino.

Com o tempo, a doença progrediu, e Max, agora com 15 anos, enfrenta desafios significativos.

Fraqueza muscular, dificuldades para beber água, e perda da capacidade de realização de funções básicas fazem parte do cotidiano da família.

Josue descreve a atenção constante que Max exige, comparando-a ao cuidado de um bebê que não pode ser deixado desatendido.

“Ele não sabe se quer fazer xixi ou coco. Escorrega e cai no piso liso, tem gritos espontâneos, fica preso nos cantos da casa ou entre as cadeiras. Reclama com rosnados quando ‘algo’ o incomoda. Dá volta em círculos, não responde aos comandos e se assusta facilmente quando tocamos nele”, citou alguns dos sintomas.

Tratamento paliativo

Para enfrentar os desafios do Alzheimer canino, a família experimentou diversos tratamentos. Inicialmente, a amitriptilina foi recomendada, mas, infelizmente, agravou as crises.

“Optamos então por abordagens mais naturais, como os Bio Florais para ansiedade. Ajudou bastante na época, mas mesmo assim ele teve crises de latido à noite”, contou.

Entretanto, a resposta mais positiva foi com a ajuda do filho de Josue, Dr. Erick Neres, que sugeriu um tratamento através de reposição de vitaminas, minerais e nutrientes.

“Ele começou a investigar a possibilidade de aplicar a mesma estratégia que faz com os pacientes dele para caninos. Novamente Max melhorou bastante, as crises que aconteciam diariamente passavam de 2 a 3 vezes por semana. Depois ele investigou a possibilidade do Canabidiol (CBD) para cães e com o uso desse, as crises caíram para no máximo uma vez na semana”, contou.

Rotina dedicada

Josue destaca a importância de uma rotina dedicada, compartilhando que a família cria um ambiente adequado para Max, proporcionando-lhe conforto e segurança.

O tutor enfatiza a necessidade de atenção constante, compreensão e amor, aprendendo a decifrar os sinais de Max para atender às suas necessidades.

“O tempo todo tem alguém com ele durante o dia e a noite também. Criamos uma rotina para ele que inclui os horários de dar água, comida, remédios e fazer as necessidades. A noite [Josue e a esposa Rosires] revezamos para dormir no sofá da sala que é onde ele se sente mais confortável e não tem crises”, detalhou.

Ao compartilhar a rotina no Instagram, Josué espera inspirar outros tutores que enfrentam desafios semelhantes e destaca a importância de consultar veterinários especializados para orientação adequada. “Hoje estamos investigando novos alimentos que possam nutri-lo e melhorar a qualidade de vida dele”, finalizou.

Assista um vídeo compartilhado por Josue:

Veja mais dessa família e sua rotina, aqui!

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