Homem faz amizade com camelo - agora animal não quer mais sair de dentro de sua casa
Por Beatriz Menezes em Mundo Animal
A amizade improvável entre um homem e um camelo está encantando os internautas nas redes sociais.
Alex, responsável pelo perfil @ranchogrande_ojai no Instagram, compartilhou com o portal The Dodo como sua convivência com Albert, um camelo que resgatou ainda filhote, transformou para sempre sua rotina no Rancho Grande, localizado em Ojai, Califórnia.
Albert chegou ao rancho com cerca de 1,20 metro de altura. Frágil e dependente, precisava ser alimentado com mamadeira até 10 vezes por dia. Desde então, criou-se entre os dois um vínculo inquebrável.
“Ele gritava por mim como um bebê grita pela mãe. Ele está colado em mim o tempo todo”, contou Alex.
Hoje, já adulto e com grande porte, Albert desenvolveu o hábito curioso de entrar na casa do tutor. Mesmo sendo um camelo, animal naturalmente adaptado ao ambiente externo, ele insiste em permanecer dentro de casa ao lado do amigo humano.
“Eu gostava da companhia dele, e agora ele não vê mais o interior como um local proibido”, brinca Alex. “Não consigo imaginar minha vida sem ele.”
O Rancho Grande possui aproximadamente 200 hectares e funciona como um santuário para diversos animais resgatados, além de atuar como hospedagem estilo AirBnb.
A proposta do espaço é promover a convivência harmoniosa entre seres humanos e animais, incluindo espécies exóticas como Albert.
A história de Albert viralizou nas redes, obtendo mais de 400 mil curtidas e milhares de comentários.
“Algumas pessoas simplesmente têm as vidas mais legais”, comentou um internauta.
“Que raça de cachorro é essa? Preciso de um”, brincou um segundo.
“Sem desrespeito, mas vocês são muito parecidos kkk”, acrescentou um terceiro
Você pode estar se perguntando como os camelos chegaram à Califórnia?
Bom, de acordo com o site Aventuras na História, a presença de camelos nos Estados Unidos tem raízes históricas.
Em meados do século 19, o então senador Jefferson Davis, que mais tarde se tornaria presidente da Confederação durante a Guerra Civil, propôs a importação de camelos africanos e asiáticos para uso militar no sudoeste americano.
Em 1855, já como Secretário da Guerra, ele conseguiu financiamento federal e trouxe dezenas de camelos para o Texas e a Califórnia.
A justificativa era que esses animais, apelidados de “navios do deserto”, seriam ideais para o transporte em regiões áridas, graças à sua resistência e capacidade de carregar grandes cargas.
No entanto, os camelos também foram envolvidos em projetos controversos ligados à expansão territorial e à escravidão.
Apesar do entusiasmo inicial, os camelos não se adaptaram bem ao convívio militar: espirravam, tinham mau cheiro e comportamento imprevisível.
O projeto perdeu apoio e, com o tempo, os animais foram abandonados ou vendidos a civis. Muitos acabaram em fazendas, feiras e ranchos, como o Rancho Grande, na Califórnia, onde hoje vivem em santuários e propriedades privadas.
Assista abaixo:
