'Você merecia muito mais': Cãozinho doce ganha triste fim em abrigo nos EUA e caso comove internautas

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em Proteção Animal

Enquanto alguns cães têm a sorte de encontrar lares amorosos, outros, infelizmente, enfrentam um destino muito mais cruel — mesmo quando são amorosos e doces, como Koko.

O cãozinho, um vira-lata caramelo de apenas um ano, era descrito como gentil e carinhoso. Tudo o que ele queria era um abraço.

Mas, apesar dos esforços de Bri, uma voluntária que atua nos abrigos de Houston, Texas, Koko não foi salvo a tempo.

Ele, assim como muitos outros cães, estava na temida "lista da eutanásia", e foi sacrificado no dia 28 de maio.

“Atualização do abrigo 15h20: Koko foi sacrificado. Estou feliz que tentamos e que ele está recebendo tanto amor nas redes sociais”, escreveu Bri nas redes.

O vídeo do Koko, deitado no canil com o olhar perdido, sensibilizou milhares de pessoas.

Ele era um cão resgatável, precisava apenas de um lar temporário para que pudesse ser acolhido por algum grupo de resgate. Mas o tempo foi implacável.

“Descanse em paz, querido garoto, você merecia muito mais”, lamentou uma seguidora.
“Isso parte meu coração. Um bebê tão amoroso e doce... e saber que ele já foi sacrificado. Como é possível que tantos cães perfeitos sejam mortos todos os dias sem motivo?”, comentou outra.

Por que cães como Koko são sacrificados?

Nos Estados Unidos, os abrigos públicos são legalmente obrigados a aceitar qualquer animal que chegue até eles — doente, saudável, agressivo ou dócil.

O problema é que a quantidade de animais é muito maior do que o número de lares disponíveis.

Segundo o banco de dados Shelter Animals Count, em 2024, 5,8 milhões de animais entraram em abrigos. Desses, 4,1 milhões foram adotados. Mas outros 607 mil — assim como Koko — foram sacrificados.

É um número alarmante, mas que felizmente tem diminuído: foram 12,3 mil animais a menos que em 2023, graças ao trabalho incansável de voluntários como Bri.

É possível trazer um cão dos EUA para o Brasil?

O processo é burocrático, demorado e caro. Mas sim, é possível!

Para começar, é preciso que alguém retire o animal presencialmente no abrigo. Os abrigos, como o BARC, em Houston, não enviam animais para fora do estado ou país.

E os voluntários locais, muitas vezes, não têm como manter os cães em casa por muito tempo.

Segundo a Carga Viva Export – Animal International Transportation, os principais requisitos para trazer um cão ao Brasil são:

  • Certificado de saúde emitido por um veterinário licenciado;
  • Carteira de vacinação atualizada, incluindo vacina contra a raiva;
  • Tratamento antiparasitário feito ao menos 15 dias antes da viagem.
  • Embora o microchip não seja obrigatório, é recomendado.

Já os custos são significativos: se o animal viajar como carga, o processo pode custar até R$ 5 mil, considerando transporte, taxas alfandegárias e documentação.

Para quem vive fora há mais de um ano, é possível tentar isenção de impostos.

Se o animal vier como excesso de bagagem, pode embarcar com o tutor na mesma viagem. Mas, se for como carga, será necessário contratar um despachante aduaneiro para lidar com a liberação no Brasil.

Não há raças proibidas para entrar no país, mas algumas companhias aéreas podem ter restrições para braquicefálicos, por exemplo.

E lembre-se: você não precisa trazer um animal dos EUA para salvar uma vida.

Você pode ajudar de outras formas, seja doando para voluntários, divulgando publicações ou mesmo oferecendo lar temporário para os cães da sua cidade.

Redatora.