Em posição estranha, animal é visto por casal em lago e logo se percebe que algo estava errado

Por
em Proteção Animal

No City Lake Park, no Texas, Estados Unidos, um casal caminhava tranquilamente pelas trilhas do parque. Até que eles avistaram algo estranho pendurado sobre o lago.

À primeira vista, pensaram que fosse apenas um galho ou até mesmo um animal já sem vida. Mas, ao se aproximarem, perceberam que se tratava de um pato preso por uma linha de pesca.

A cena era angustiante. O animal pendurado por um fio invisível, balançava com o vento, completamente vulnerável.

A movimentação discreta do pato indicava que ele ainda estava vivo, e o casal não pensou duas vezes antes de ligar para a emergência.

Corrida contra o tempo

A situação rapidamente mobilizou agentes do Controle de Animais de Royse City, a polícia local e, mais tarde, o Corpo de Bombeiros.

“Quando vi o pato pendurado acima da água, fiquei preocupado. Ela parecia exausta, mas ainda lutava para se soltar da linha de pesca e do anzol”, contou a agente Alejandra Gutierrez ao The Dodo.

Com a água muito funda para uma abordagem segura, os bombeiros entraram no lago com água até os ombros para alcançar a ave.

A pata foi cuidadosamente retirada da árvore e entregue à agente Gutierrez, que, com a ajuda da equipe, removeu o anzol do bico e examinou possíveis ferimentos.

Apesar do sufoco, a pata estava surpreendentemente bem. Após o susto e os primeiros cuidados, ela foi solta de volta à natureza, onde rapidamente reencontrou seu grupo no lago.

“A pata agora está de volta ao seu bando. Seu futuro parece ótimo”, comemorou Gutierrez.

Trabalho em equipe que salva vidas

O Controle de Animais de Royse City compartilhou o caso no Facebook com um agradecimento especial à ação conjunta dos serviços de emergência.

“Trabalho em equipe em ação! Graças à resposta rápida, compaixão e união de todos os envolvidos, o pato foi libertado em segurança”, escreveram.

Mas a publicação também fez um alerta importante: linhas e equipamentos de pesca descartados incorretamente são perigosos e podem ser fatais.

"Vamos todos fazer a nossa parte para manter nosso meio ambiente seguro para todas as criaturas.”

Não é um caso isolado

Infelizmente, essa história tem paralelos em outras partes do mundo. Em maio do ano passado, um professor chamado John, morador de Toronto, no Canadá, viveu uma situação parecida. Mas, desta vez, com uma coruja.

Durante uma de suas caminhadas frequentes por uma floresta que conhece há mais de 25 anos, John avistou uma coruja-de-orelhas-compridas pendurada por uma asa, presa em uma linha de pesca.

A imagem era de partir o coração.

“Meu primeiro pensamento foi: ‘Número um, o que eu faço? Número dois, como eu faço? Número três, quanto tempo temos?’”, contou ele ao Toronto Wildlife Centre.

Sem esperar o resgate, John usou uma lâmina que carregava para cortar cuidadosamente as linhas e libertar a coruja, que estava visivelmente machucada e incapaz de voar. A ajuda especializada chegou logo em seguida, e a ave foi levada ao centro de reabilitação.

O episódio marcou tanto o professor que ele resolveu compartilhar a história com seus alunos e dar início a um clube de ecologia na escola.

“Temos um bom exemplo de por que devemos ser conscientes sobre o que estamos usando, consumindo e como descartamos isso”, refletiu.

Armadilhas invisíveis

O que essas duas histórias têm em comum, além da linha de pesca? O impacto de um descuido humano.

Linhas e anzóis deixados na natureza podem se transformar em armadilhas invisíveis e perigosas para a vida selvagem.

Animais que ficam presos a esses resíduos sofrem não apenas fisicamente, mas também emocionalmente, presos, assustados e longe de seus grupos.

Felizmente, nesses casos, os animais foram resgatados a tempo. Mas muitos não têm a mesma sorte.

Por isso, descartar corretamente os resíduos é tão importante.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.